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Estatuto editorial

Burnout em Enfermeiros Portugueses: uma Revisão Integrativa

19 Dezembro, 2017Artigos de Revisão

BURNOUT IN PORTUGUESE NURSES: AN INTEGRATIVE REVIEW

 

TIPO DE ARTIGO: Revisão Bibliográfica Integrativa

 

Autores:, Meira C(1), Botas T(2), Mendes A(3)
 

RESUMO

Introdução

O Burnout, uma síndrome de esgotamento relacionado com o trabalho, caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e falta de realização pessoal, afeta de forma significativa a saúde do trabalhador, a sua qualidade de vida e bem-estar psicológico, bem como o seu desempenho profissional.

Objetivo

Este estudo tem como objetivo reunir e sintetizar os resultados publicados sobre este tema em enfermeiros portugueses, nos últimos dez anos.

Metodologia

Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, com pesquisa realizada na b-on, utilizando os descritores “burnout”, “enferm*” e “port*”.

Resultados

Os resultados encontrados mostram uma discrepância muito grande na prevalência de Burnout, podendo variar entre 5 a 50%. O único estudo de âmbito nacional incluído nesta análise, com uma amostra de 1262 enfermeiros, revelou uma percentagem de 49,4%. As diferenças encontradas podem estar relacionadas não só com as características amostrais, mas também com o facto de se verificar que, apesar de todos os estudos utilizarem o Maslach Burnout Inventory (MBI), foram utilizadas diferentes versões e critérios de medida. Os resultados parecem corroborar a relação negativa entre a idade e experiência profissional com o Burnout, ou seja, os mais jovens apresentam maior prevalência desta síndrome.

Conclusão

Apesar de este ser um fenómeno já muito estudado em enfermeiros portugueses, bem como as principais variáveis individuais e organizacionais associadas, os estudos disponíveis são geralmente de caracter descritivo e correlacional, sendo importante o desenvolvimento de estudos de intervenção. Para o desenvolvimento do conhecimento e para que esta síndrome não afete nem os profissionais nem os utentes por eles cuidados, são essenciais estudos focados quer na prevenção, quer no seu tratamento precoce.

Palavras chave: Burnout; Enfermeiros; Enfermagem; Portugueses; Saúde Ocupacional; Revisão integrativa

ABSTRACT

Introduction

Burnout, a work-related exhaustion syndrome, characterized by emotional exhaustion, depersonalization, and reduced personal accomplishment, significantly affects the worker’s health, quality of life and psychological well-being, as well as his/ her professional performance.

Objectives

This study aims to gather and synthesize published results on Burnout in Portuguese nurses in the last ten years.

Methodology

It is an integrative review, with research carried out in b-on, using the descriptors “burnout”, “enferm *” and “port *”.

Results

The results show a very large discrepancy in the prevalence of burnout identified, ranging from 5 to 50%. The only national study included in this analysis, with a sample of 1262 nurses, revealed a percentage of 49.4%. The differences found may be related not only to the sample reasons, but also to the fact that, despite all the studies using the Maslach Burnout Inventory (MBI), different versions and measurement criteria of this inventory were used. The results seem to corroborate the negative relationship between age and professional experience with Burnout, in which the younger ones present a higher prevalence of this syndrome.

Conclusions

Although this is a well-studied phenomenon in Portuguese nurses, and the main individual and organizational variables are identified, the available studies are still descriptive and correlational. In the future it is very important to develop intervention studies with analysis of the results. For the development of knowledge and for this syndrome does not affect either the professionals or the users they care for, studies focused on prevention and its early treatment are essential.

Key words: Burnout; Nurses; Nursing; Portuguese; Occupational Health; Integrative Review

INTRODUÇÃO

Uma das questões que apresenta maiores desafios na área da segurança e saúde no trabalho é a área dos riscos psicossociais e do stresse ocupacional, pois esta tem um impacto muito significativo na saúde das pessoas, das organizações e na economia. Contudo, e apesar de sabermos que estes podem ser evitados e controlados do mesmo modo que todos os outros riscos de saúde e segurança no trabalho, a existência de programas de gestão de riscos psicossociais é relatada por menos de 30% das empresas a nível europeu e menos de 5% de empresas em Portugal1.

A exposição a riscos psicossociais pode gerar stresse entre os trabalhadores, afetando negativamente o seu desempenho e, quando prolongada, pode dar origem a problemas de saúde graves, tais como doenças cardiovasculares, musculo-esqueléticas ou depressão2.

No que diz respeito aos profissionais de saúde, e em particular à enfermagem, uma das consequências mais estudadas refere-se ao Burnout, podendo ser encontrados mais de 100.000 títulos sobre esta problemática na literatura mundial, quando realizada uma pesquisa livre em bases de dados como a B-on.

Inicialmente o termo Burnout, apenas se aplicava a profissionais que trabalhavam com pessoas, estabelecendo com estas relações de ajuda. Atualmente, esta assume-se com uma dimensão mais abrangente, sendo redefinido como uma crise nas relações com o trabalho e não com as pessoas do trabalho. Surge de uma interligação entre diversos fatores e inevitavelmente afeta o trabalhador na sua esfera pessoal, sociocultural, profissional e no contexto de trabalho3.

Em Portugal, são conhecidos estudos pelo menos desde 1996 com enfermeiros portugueses4, constituindo, de igual modo, um dos assuntos mais analisados. Apesar disso, os resultados estão dispersos, não se conhecendo revisão sistemática ou integrativa de estudos sobre a realidade portuguesa que permitam identificar o estado da arte no que diz respeito ao conhecimento sobre Burnout em enfermeiros portugueses. Assim, o objetivo principal deste estudo é reunir e sintetizar os resultados publicados sobre este tema em enfermeiros portugueses, nos últimos 10 anos.

METODOLOGIA

A pesquisa foi efetuada na B-on (Biblioteca do Conhecimento online), que “disponibiliza acesso ilimitado e permanente às instituições de investigação e do ensino superior aos textos integrais de milhares periódicos científicos e e-books online de alguns dos mais importantes fornecedores de conteúdos, através de assinaturas negociadas a nível nacional” (in b-on.pt).

Foram utilizados como critérios de inclusão: estudos em enfermeiros portugueses, realizados nos últimos 10 anos, estando disponíveis em texto integral e revistos por pares. Utilizados os descritores “burnout”, “enferm*” e “port*” em conjunto. Com o propósito de focar a pesquisa no objetivo de análise e, uma vez que no título e no resumo é expectável se encontre o tema central do artigo científico, o descritor “burnout” foi pesquisado no título e o descritor “enferm*” no resumo. Por sua vez, o descritor “port*” foi pesquisado em todo o texto, pois este poderia não ser aspeto central nos artigos publicados. A utilização de palavra abreviada seguida de asterisco permitiu pesquisar simultaneamente enfermeiro/enfermagem ou português/portugueses/Portugal. Foram incluídos estudos com outros profissionais de saúde desde que apresentassem dados individualizados para o grupo dos enfermeiros. Na primeira fase de pesquisa (pesquisa básica na B-on com utilização de “burnout enfermeiros portugueses”) foram identificadas 902 entradas. Aplicados os critérios de inclusão (últimos 10 anos e disponíveis em texto integral e revistos por pares) foram retidos 425 artigos. Realizada pesquisa avançada com “burnout” em título, “enferm*” no resumo e “port*” em todo o texto foram identificados 49 artigos. A leitura integral destes artigos permitiu excluir todos aqueles que estando escritos em português não se referiam a enfermeiros portugueses, aqueles cujas amostras de estudo não diferenciavam os enfermeiros de outros profissionais de saúde, e os que se encontravam duplicados, tendo resultado numa amostra final de 10 artigos, tal como se pode ver no quadro de apresentação das fases do processo de investigação (Quadro 1).

Para realizar esta análise foi construída uma tabela com as seguintes entradas: referencia bibliográfica, questão/ objetivo, tipo de estudo, metodologia (população e amostra), metodologia (variáveis e instrumentos de medida) e resultados.

Na análise dos artigos utilizaram-se as seguintes questões orientadoras: Qual a prevalência de Burnout em enfermeiros portugueses?; Em que áreas de trabalho se encontram os enfermeiros estudados?; Quais os fatores relacionados estudados?; Quais os instrumentos de medida utilizados?; Que tipo de estudos têm sido realizados?; Estão descritos estudos de intervenção?; Que resultados reportaram?

RESULTADOS

Para o horizonte temporal de 2007-2017, conseguimos identificar para análise 10 artigos, todos eles referentes a estudos descritivos, transversais e, em alguns casos, com análise de variáveis relacionadas. Os estudos foram efetuados maioritariamente com enfermeiros a trabalhar em meio hospitalar (5 em hospitais públicos, 1 em hospital S.A., 2 com amostras de hospitais e de cuidados de saúde primários, 1 com enfermeiros a trabalhar em cuidados paliativos e 1 exclusivamente com enfermeiros de cuidados de saúde primários), sendo de realçar a existência de um estudo com uma amostra nacional que englobou Hospitais, Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados e Unidades de Saúde Familiares.

Os principais resultados encontram-se sintetizados na tabela 1.

Todos os estudos utilizaram o Maslach Burnout Inventory para medir o Burnout. Quanto às outras variáveis estudadas constata-se que em todos os estudos se utilizou um questionário de caracterização sociodemográfica que incluiu sempre a idade e o género/ sexo. Outras variáveis inquiridas foram o estado civil (8), a existência de filhos (8), o regime de trabalho (6), o tempo de exercício profissional (6), as habilitações académicas (5), o tipo de vínculo contratual (5), o tempo de serviço no serviço atual (3), o tempo de serviço na instituição (3), a formação especializada (2), a categoria profissional (2) e, ainda, a prática de exercício físico, a toma de medicação ansiolítica e/ ou estimulante e a prática de “duplo emprego”, todas estas com uma referência.

Dois estudos só referem a avaliação de Burnout e características sociodemográficas. No entanto, nos outros oito, para além das variáveis sociodemográficas, incluíram a avaliação de depressão (1), ansiedade e depressão (1) de engagement ou vinculação (1), de hardiness ou resiliência (2), de satisfação com o trabalho (2) e de interação trabalho-família (2), sendo que estas três últimas variáveis estão incluídas cada uma em três estudos diferentes e as três num mesmo estudo.

DISCUSSÃO

Com os critérios de inclusão estabelecidos o primeiro artigo identificado data de 2009 e o último de 2016, tendo-se verificado uma publicação regular ao longo dos anos, com maior incidência em 2014 e 2016, anos em que foram publicados 3 artigos em cada um. Este é um fenómeno que mantém o interesse dos investigadores sendo de realçar que numa primeira pesquisa aberta a primeira referência detetada sobre Burnout em enfermeiros portugueses data de 1996. Desde então, numerosos estudos foram já realizados. No entanto, continua-se a verificar que, cerca de 20 anos após a primeira publicação, todos os estudos incluídos nesta análise são descritivos, transversais e, por vezes, com análise de variáveis relacionadas, mas sem uma orientação para o desenvolvimento e estudo de implementação de programas de prevenção e tratamento precoce deste tipo de sofrimento. Apesar disso, os estudos atuais, principalmente aqueles que utilizam amostras grandes, de um nível regional mais alargado ou mesmo de âmbito nacional e incluindo diferentes contextos de trabalho permitem um diagnóstico mais acurado da situação.

Os artigos analisados mostram uma prevalência de Burnout muito díspar, com variações entre os 5 e os 50%. Estas diferenças podem, pelo menos em parte, ser explicadas pelas diferenças metodológicas dos estudos realizados. Apesar de em todos se utilizar a escala Maslach Burnout Inventory (MBI) para medir o fenómeno, só em metade destes se explicitava a utilização da versão utilizada – a Human Services Survey (HSS) -, enquanto nos outros cinco a identificação da versão utilizada estava omissa. Mais ainda, verificou-se a utilização desta escala a partir de diferentes estudos de validação para português e, também, se verificou a utilização de diferentes formas ou critérios de medida, tais como: em nove estudos utilizou-se a escala de 22 itens pontuada de 0 a 6, um dos estudos usou uma versão de 22 itens, mas reduzida a 5 proposições para cada dimensão, e um usou a escala de 22 itens pontuada de 1 a 5. Para estudarem a prevalência de Burnout os autores, em seis estudos, usaram pontos de corte para qualificar níveis baixos, médios e altos em cada uma das dimensões – exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal – ou para qualificarem como tendo ou não Burnout, mas, também aqui, os pontos de corte utilizados não foram consensuais, tal como se pode observar na tabela 1, de apresentação dos artigos analisados. Estas diferenças na utilização do instrumento de medida, aparentemente o mesmo em todas as investigações, mesmo considerando o ajustamento realizado por cada um para a decisão final sobre a prevalência de Burnout, aliado ao facto de em muitos destes estudos não se encontrar completamente descrito as técnicas de procedimento amostral nem a análise dos não respondentes, pode explicar a discrepância dos valores encontrados. Estas diferenças não são explicadas por evolução no tempo, nem por diferença regional uma vez que a maior discrepância verificada se encontra em dois estudos do mesmo ano (2016) e em que, para a mesma região, o Burnout elevado é verificado num dos estudos em cerca de 50% dos casos10 e no outro em 5% dos casos14. Apesar destas considerações importantes sobre o rigor metodológico das investigações relatadas é inegável a existência de uma percentagem não despiciente de enfermeiros a trabalhar sofrendo desta situação.

A controvérsia sobre a relação com as variáveis idade e experiência profissional tem-se mantido com resultados não conclusivos, com alguns autores a defenderem o modelo de Edlwich and Brodsky de quatro estádios (entusiasmo, estagnação, frustração e apatia) e outros a defenderem que a fase crítica é o início da carreira e o seu choque com a realidade15. Dois dos estudos analisados6,10 mostraram a existência de correlações negativas com o tempo de exercício profissional e a idade, mostrando que os mais jovens e com menos experiência profissional se encontram mais expostos a esta síndrome. Estes dados corroboram os encontrados no estudo RN4CAST de Portugal, que se debruçou sobre uma amostra de 2.235 enfermeiros portugueses a trabalhar em unidades medico cirúrgicas de adultos de 31 Hospitais nacionais16 bem como os resultados de um estudo de metanálise que incluiu 51 estudos de vários pontos do globo – europeus, americanos e asiáticos -, o que que envolveu 23.176 enfermeiras17. Esta realidade chama a atenção para que, durante o período de graduação e os primeiros anos de desenvolvimento profissional, se invista na construção de expetativas realistas e no desenvolvimento de estratégias de coping eficazes para lidar com os complexos problemas organizacionais e funcionais que a enfermagem enfrenta. Por outro lado, é igualmente importante considerar que os mais jovens são aqueles que mais afetados têm sido com as alterações no mercado de trabalho, a instabilidade decorrente com as alterações de carreira e expetativas de desenvolvimento futuro, o que os poderá colocar numa posição de maior susceptibilidade ao desenvolvimento de Burnout.

Consistentemente com outros estudos18-20 a perceção negativa sobre as condições de trabalho ou sobre o ambiente de trabalho foram encontradas em dois dos estudos10,13. A perceção sobre as condições de trabalho, nomeadamente a perceção acerca da autonomia, das relações interpessoais e do reconhecimento profissional são frequentemente apontadas como sendo importantes fatores para o recrutamento e retenção de enfermeiros nos seus locais de trabalho21-22, uma vez que estes influenciam positivamente a satisfação com o trabalho e a realização pessoal e profissional, levando a uma situação de maior compromisso com a organização23.

Por último, cabe referir a existência de estudos em diferentes contextos de trabalho (hospitalares ou cuidados de saúde primários, bem como em diferentes especialidades tais como, cuidados paliativos, medicinas ou cirurgias, entre outros) e que os resultados encontrados mostram que este é um fenómeno existente em todos eles. Os resultados dos estudos parecem indicar que as diferenças encontradas poderão ser melhor explicadas pelos ambientes de prática de cuidados encontrados em cada um deles, tal como sugerem os estudos sobre os hospitais íman24, assim denominados pelo reconhecimento da sua capacidade para recrutar e reter os profissionais de saúde.

CONCLUSÕES

A revisão integrativa realizada mostra que numa percentagem variável os enfermeiros desenvolvem Burnout, que pode ser observado em diferentes contextos de trabalho e que se encontra correlacionado negativamente com a idade e a experiência profissional. A perceção sobe o ambiente de prática, nas suas diferentes componentes, pode ser importante para uma compreensão mais aprofundada deste fenómeno. A principal limitação deste estudo é o ter utilizado um número limitado de fontes bibliográficas, nomeadamente com a exclusão das dissertações e teses realizadas. Recomenda-se a realização de estudos sobre o impacto de intervenções preventivas e de recuperação deste tipo de sofrimento.

CONFLITOS DE INTERESSE, QUESTÕES ÉTICAS E/OU LEGAIS

Nada a declarar.

AGRADECIMENTOS

Nada a declarar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Quadro 1. Fases do processo de investigação

Elaboração da questão de investigação “Qual a evidência científica sobre o Burnout em Enfermeiros Portugueses?”
Delimitação do projeto de pesquisa Definição: palavras-chave, bases de dados e critérios de inclusão/ exclusão
Pesquisa aberta de artigos (burnout em enfermeiros portugueses) Total de 902 artigos
Aplicação dos critérios: disponível na íntegra, do espaço temporal últimos 10 anos, revistas académicas Total de 425 artigos
Aplicação dos critérios: “burnout” (título), “enferm*” (resumo), port* (todo o texto) Total de 49 artigos
Exclusão de duplicados Total de 20 artigos
Exclusão de amostras com enfermeiros não portugueses Total de 10 artigos

 

 

Tabela 1. Apresentação dos estudos analisados

Referência completa Questão /

Objetivo

Tipo de estudo Metodologia: população/amostra Metodologia: Variáveis e Instrumentos Resultados
Murcho, N., Jesus, S. e Pacheco J. A relação entre a depressão em contexto laboral e o burnout: um estudo empírico com enfermeiros. Psicologia, saúde & doenças. 2009; 10(1): 57-68 Investigar a relação existente entre a depressão e a síndroma de burnout Estudo quantitativo, exploratório, descritivo, transversal

 

Enfermeiros que trabalham nas Unidades

Hospitalares de maior dimensão do Algarve

N= 499

 

– 80% feminino

– Idade média: 32,99

– Médio tempo exercício profissional: 9,73 anos variando entre menos de 1 ano e 37 anos;

– Médio tempo de permanência no serviço: 4,49 anos variando entre menos de 1 ano e 34 anos

Burnout:

MBI (Maslach e Jackson, 1981; versão portuguesa Parreira e Sousa, 2000)

22 itens de 0 a 6

 

Critérios

(Maslach & Jackson, 1997; Parreira

& Sousa, 2000; Borges, Argolo, Pereira, Machado, & Silva, 2002).

 

Depressão:

EADS-21

Burnout:

EE alta: 20%

DP alta: 12%

RP baixa: 32,9%

 

Correlações moderadas entre a depressão e as dimensões do burnout: exaustão emocional

(r = 0,53, p <0,001); despersonalização (r = 0,41, p <0,001); e realização pessoal (r = -0,26, p <0,001)

Oliveira, V. e Telmo Pereira. Ansiedade, depressão e burnout em enfermeiros-Impacto do trabalho por turnos. Revista de Enfermagem Referência. 2012; 3(7): 43-54 Conhecer os níveis de ansiedade, depressão e burnout em enfermeiros que trabalham por turnos Estudo quantitativo, descritivo, transversal Enfermeiros de Unidade de Saúde de Coimbra (SA)

N= 25

Avaliação em 2 momentos

– Idade média: 28,32 amplitude de idades dos 22 aos 59 anos

– Feminino (76%, n=19).

– Tempo de experiência

Profissional: 24% (n=6) menos de meio ano de exercício profissional, 32%

(n=8) entre meio ano e dois anos e 44% (n=11)

mais de dois anos

 

 

 

MBI (Maslach e Jackson e Leiter, 1996; versão portuguesa Manita, 2003)

22 itens de 0 a 6

 

Critério:

EE: ≤16 baixo; de 17 a 27 médio

≥ 28 alto.

DP: ≤ 5 baixo

6 a 10 médio

≥11 alto

RP: ≥ 40 baixo

34 a 39 médio

≤ 33 alto

(Manita, 2003)

 

Depressão e Ansiedade:

Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS)

 

 

 Burnout:

1º momento

EE alta: 20%

DP alta: 24%

RP alta: 20%

2º momento

Burnout:

EE alta: 20%

DP alta: 12%

RP alta: 16%

 

– mais velhos com valores mais baixos de EE e de DP e altos de RP

– em full-time

EE e de RP mais altos e

inferiores de DP, comparativamente aos

enfermeiros em part-time

Silva, M., Queirós, C., Cameira, M., Vara, N., & Galvão, A.. Burnout e Engagement em profissionais de saúde do interior: norte de Portugal. Psicologia, Saúde & Doenças. 2015; 16(3): 286-299 Conhecer os níveis de engagement e burnout Estudo quantitativo, transversal, descritivo, correlacional – Profissionais de saúde de 3 Hospitais e 13 Centros de saúde do Interior Norte

N=185 (258 Profissionais de saúde; 73% enfermeiros (185)

 

– Idade média 39,99 [25-59]

– 81% Feminino

– 67% Casado ou união de facto

– 67% Com filhos

– 75% Trabalho por tempo indeterminado

– Média de tempo de serviço 16 anos

– Médio tempo na instituição 12 anos

 

 

 

 

Burnout:

MBI (Maslach & Jackson, 1997; versão Marques-Pinto & Picado, 2011;

22 itens de 0 a 6

 

Critério:

Frequência semanal de sintomas: > 4

(Shiron, 1989, Carlotto et al, 2012)

 

 

Engagement:

Utrecht Work Enthusiasm Scale (Marques-Pinto & Picado, 2011; Schaufeli & Bakker, 2003

 

 

Burnout (resultados de amostra total, sem separação dos enfermeiros)

EE alta: 7%

DP alta: 2%

RP alta: 76%

 

EE média 1,78

DP média 0,73

RP média 4,55

 

Enfermeiros menor EE e DP do que médicos e outros

Pereira, A., Queirós, C., Gonçalves, S., Carlotto, M., e Borges, E. Burnout e interação trabalho-família em enfermeiros: Estudo exploratório com o Survey Work-Home Interaction Nijmegen (SWING). Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Menta. 2014; 11: 24-30 Explorar as propriedades psicométricas do SWING numa amostra de enfermeiros e conhecer a prevalência da interação trabalho-família e sua relação com o burnout Estudo quantitativo, transversal, descritivo, correlacional e psicométrico Enfermeiros de hospitais públicos e centro de saúde do litoral norte de Portugal

N=307

 

-83% Femininos

– 70% Casados

– 67% com filhos

– Médias idades 38.1

– 78% licenciados

– 14% mestrados

– 7% bacharelato

 

– 72% Hospitais

– 28% CS

– 57% trabalham por turnos

– 91% fazem 35h semanais

 

Maslach Burnout Inventory (Maslach

& Jackson, 1997)

22 itens de 0 a 6

 

 

 

 

Questionário de Interação Trabalho-Família Survey

Work-Home Interaction Nijmen (SWING, Geurts

et al., 2005)

 

 

Médias

EE: 2,27

DP: 0,80

RP: 4,74

 

Níveis de realização profissional elevados e baixos níveis de exaustão emocional e despersonalização

 

Reportam maior interação trabalho-família negativa do que interação família-trabalho negativa, e maior interação família-trabalho positiva do que interação trabalho-família positiva.

Pereira, S, Teixeira, C., Ribeiro, O., Hernández-Marrero, P., Fonseca, A., e Carvalho, A. Burnout em médicos e enfermeiros: estudo quantitativo e multicêntrico em unidades de cuidados paliativos em Portugal. Revista de Enfermagem Referência. 2014; IV(3): 55-64 (i) caracterizar a síndrome de burnout em médicos e enfermeiros de cuidados paliativos, em Portugal; (ii) saber quais os fatores associados com esta síndrome nestes profissionais. Estudo quantitativo, transversal, descritivo, analítico. Equipas de Cuidados Paliativos registadas na página web da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos

N=70 (subamostra)

Amostra total de 88: Médicos 18 e 70 enfermeiros

 

 

 

– 88% Feminino

– Mediana de idade de 32 anos

– 42% Casados

– 80% manifestava professar

alguma religião

– Mediana de experiência profissional 10 anos, em cuidados paliativos 3

– 33% com formação pós graduada em cuidados paliativos

 

 

MBI (sem indicação de versão)

 

Critério:

EE baixo: ≤14

EE médio: 15-24

EE alto: ≥ 25

DP baixo: ≤ 3

DP médio: 4-9

DP alto: ≥ 10

RP baixo: ≤ 32

RP médio: 33-39

RP alto: ≥ 40

(Benevides-Pereira, 2008)

Burnout se:

Alto em EE e DP e Baixo em RP

 

Questionário de caracterização de experiências

vivenciadas em contexto de trabalho – baseado em

Embriaco et al. (2007)

Enfermeiros com burnout 20%

EE – Mediana 28

DP – Mediana 10

RP – 30

 

 

Maroco, J., Maroco, A., Leite, E., Bastos, C., Vazão, M. J., e Campos, J. Burnout em profissionais da saúde portugueses: Uma análise a nível nacional. Acta Médica Portuguesa. 2016; 29: 24-30 Estudar a prevalência do burnout em profissionais de saúde Portugueses. Estudo quantitativo, transversal, descritivo Enfermeiros e médicos de Hospitais e CSP de todo o país

N=1 262 (sub amostra)

Total: 1728 (1 262 enfermeiros e 466 médicos)

 

– 83% Feminino

– Média de idade 39 anos

– Média tempo de serviço 12 anos

 

 

Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey

Versão reduzida a 5 itens por dimensão (15 itens de 0 a 6)

 

 

Sem burnout/

burnout reduzido’ para scores médios inferiores a 2; ‘burnout moderado’ para scores médios entre

2 e 3 e ‘burnout elevado’ para scores médios superiores ou

iguais a 3.

Média e dp de burnout: 3,0 ± 1,68

Burnout baixo: 29,9%

Moderado: 20,8%

Elevado: 49,4%

 

Correlação negativa entre tempo na função e burnout (r= -0,142, p= 0,01)

 

Mais jovens apresentaram maiores níveis de burnout

 

Associação negativa entre a perceção das condições de trabalho e burnout (r= -0,34, p= 0,01)

Mata, C, et al. “Estudo PreSBurn: prevalência de síndroma de burnout nos profissionais dos cuidados de saúde primários.” Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2016;32:179-86 Determinar a prevalência de burnout entre médicos, enfermeiros e secretários clínicos do Agrupamento de Centros de Saúde

(ACeS) Pinhal Litoral.

Estudo transversal, descritivo com componente analítica Profissionais de ACeS Pinhal Litoral

N= 81

Total: 261 (41% médicos, 31% enfermeiros e 26,8% secretários clínicos)

 

– Média idade 43,3 anos

 

 

 

Inventário de Burnout de Maslach (MBI-HSS)

22 itens de 0 a 6

 

Critério:

EE baixa: ≤13

EE médio: 14-26

EE alta: ≥ 27

DP baixa: ≤ 5

DP médio: 6-9

DP alta: ≥ 10

RP baixa: ≤ 33

RP média: 34-39

RP alta: ≥ 40

Com burnout: alto EE e DP e baixo RP

 

EE alta: 45,7%

DP alta: 21,0%

RP baixa: 28,4%

73 (90,1%) sem burnout

8 (9,9%) com burnout

Carlotto, M, Dias, C., e Kaiseler. M. Hardiness and Burnout Syndrome: a cross-cultural study among portuguese and brazilian nurses. Temas em Psicologia. 2014; 22(1): 121-132 Explorar a influência do hardiness nas dimensões da síndrome de burnout em enfermeiros portugueses e brasileiros Estudo quantitativo, transversal, correlacional Enfermeiros de 4 grandes Hospitais da região do Porto (PT) e de Porto Alegre (BR)

N= 394 (subamostra)

Total: 630 (236 brasileiras e 394 portugueses)

 

– Idade média: 34.3 anos

– 77.2% Feminina

– 56.0% Casadas

– 61.0% com filhos

– 68.4% com vínculo permanente

– Média de tempo de serviço no hospital: 10.2 anos

 

Maslach Burnout Inventory- Human Service Survey (MBI-HSS)

22 itens de 1 a 5

 

 

Personal Views Survey (PVS)

EE 2.68; DP 2.68; RP 3,79

 

Correlações negativas entre dimensões de burnout e de hardiness

Queiros, C., Carlotto, M. S., Kaiseler, M., Dias, S., e Pereira, A. M. Predictors of burnout among nurses: An interactionist approach. Psicothema. 2013; 25(3): 330-335 Identificar preditores de burnout entre enfermeiros que trabalham em hospitais Estudo descritivo, correlacional Enfermeiros de 4 Hospitais da região do Porto

N= 1157

 

Surgery, Internal

Medicine, and Emergency

 

– Média de idade: 34,76 anos

– 77,5% Feminina

– 57,5% Casada ou união de facto

– 52,9% com filhos

– 58,1% com duplo emprego

– 54,7% trabalha 35h/semana

– Média de tempo na instituição: 10,46 anos

Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey (MBIHSS) de Maslach e Jackson (1986), versão  Carlotto and Câmara (2007)

22 itens de 0 a 6

 

Personal Views Survey (PVS) de Kobasa (1982), adaptada por Mallar e Capitão (2004)

 

Job Satisfaction Scale (S20/23) de Meliá and Peiró (1989), adaptada por Pocinho & Garcia (2008)

 

Survey Work-Home Interaction NijmeGen (SWING) de Geurts,

Taris, Kompier, Dikkers, Hoof, e Kinnunnen (2005)

 

EE média: 2,51

DP média: 1,19

RP média: 4,27

 

Valores moderados de EE, baixo de DP e altos de RP

 

– Correlações negativas entre Hardiness e EE e DP e positive com RP

– Correlações negativas entre satisfação com o trabalho e EE e DP e positiva com RP

– Correlações negativas entre idade e EE e DP e positiva com RP

–

 

Silva, S., Borges, E., Abreu, M., Queirós, C., Baptista, P., e Felli, V. Relação entre resiliência e burnout: Promoção da saúde mental e ocupacional dos enfermeiros. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental. 2016; 16: 41-48 Conhecer os níveis de Resiliência e Burnout de enfermeiros Estudo quantitativo, transversal, descritivo Enfermeiros de hospitais públicos da área metropolitana do Porto

N= 200

 

– Idade média 33,8 anos

– 70% feminino

– 43% casados ou união de facto

– 36% com filhos

 

– 82% licenciados

– 18% pós graduadas

– 76% com vinculo definitivo

– 80% trabalha por turnos

 

– Tempo médio de experiencia profissional: 10,6 anos

– Tempo médio na instituição: 6,6 anos

 

 

Maslach Burnout Inventory (HSS) de Maslach & Jackson (1986)

Versão portuguesa de Marques-Pinto & Picado (2011)

22 itens de 0 a 6

 

Critério Burnout

EE e DP alta e RP baixa

Sem burnout/burnout reduzido’ para scores médios inferiores a 2; ‘burnout moderado’ para scores médios entre

2 e 3 e ‘burnout elevado’ para scores médios superiores ou

iguais a 3.

 

 

Escala de Resiliência de Wagnild & Young (1993), adaptado de Pesce et al., (2005)

EE média: 2,90

DP média: 1,17

RP média: 4,46

Sem burnout ou reduzido: 70%

Burnout moderado: 25%

Burnout elevado: 5%

 

Idade, tempo de experiência na profissão e tempo de experiência na instituição sem correlações significativas com as dimensões do Burnout e da Resiliência

 

Variáveis individuais (habilitações, sexo, estado civil, idade e existência de filhos) e profissionais (vinculo, turno, anos de experiência e anos na instituição) não são preditoras do Burnout

 

Resiliência explica

negativamente 8% da exaustão emocional e positivamente

26% da realização pessoal

 

Variável “turno” apresentou resultado estatisticamente significativo na despersonalização, e valores mais elevados nos profissionais de turno rotativo em relação

ao de turno fixo

 

 

 

(1)Carina Meira

Licenciatura em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Pombal. E-mail: carinassmeira@gmail.com. Morada para correspondência dos leitores: Avenida Bissaia Barreto Apartado 7001 3046-851 Coimbra.

(2)Tânia Botas

Licenciatura em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Pombal. E-mail: taniacbotas@gmail.com.

(3)Aida Mendes

Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Enfermeira Especialista em Saúde Mental, Doutora em Educação: ramo Psicologia da Educação. E-mail: acmendes@esenfc.pt.


Carina M, Botas T, Mendes A. Bournout em Enfermeiros Portugueses: uma Revisão Integrativa. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2017, volume 4, 37-49. DOI:10.31252/RPSO.19.12.2017

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