HEALTH SURVEILLANCE OF CHLC PROFESSIONALS, EPE: AN INTEGRATED AND MULTIDISCIPLINARY VISION FOR THE PROMOTION OF HEALTH AND SAFETY IN A HOSPITAL CONTEXT
TIPO DE ARTIGO: Resumo de trabalho divulgado noutro contexto
AUTORES: Rodrigues C(1), Tolentino D(2), Rodrigues M(3), Armeiro S(4), Gomes S(5), Pinote S(6), Nunes R(7), Ramos I(8), Diogo A(9), Coimbra M(10), Fonseca S(11), Diogo H(12), Carvalho J (13), Rosa P(14), Faustino I(15), Manzano M(16).
INTRODUÇÃO
A Área de Saúde Ocupacional (ASO) do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC), EPE promove a vigilância da saúde dos trabalhadores através de uma intervenção integrada e multidisciplinar. A equipa é constituída por quatro médicos do trabalho, quatro internos da especialidade de medicina do trabalho, sete enfermeiros, dois ergonomistas, um técnico superior de higiene e segurança, uma engenheira biomédica, uma psicóloga clínica, uma técnica de higiene oral e quatro assistentes técnicos, que desenvolvem uma abordagem holística e personalizada junto do profissional de saúde. Esta intervenção assenta no cumprimento do enquadramento legal estabelecido pelas orientações nacionais e internacionais existentes, que concorrem para a garantia da qualidade, da acessibilidade e da equidade na promoção da saúde e na proteção contra os riscos profissionais[1][2][3][4].
A intervenção pretende incentivar ações de mudança, através da disponibilização de uma rede de recursos multidisciplinar estruturada e totalmente direcionada para o contexto de trabalho, com indubitável tradução no aumento da satisfação, melhoria da qualidade de vida e motivação dos profissionais. A qualidade de vida no trabalho, conducente à realização pessoal e profissional, tem de se inserir numa matriz de desenvolvimento que integra como pilar fundamental as adequadas condições de higiene e segurança e de saúde nos locais de trabalho[5].
É respeitando estas premissas que as diferentes áreas do saber constituintes da ASO (Medicina do Trabalho, Enfermagem do Trabalho, Higiene e Segurança, Ergonomia, Proteção Radiológica, Saúde Oral e Psicologia Ocupacional), interagem e atuam num processo dinâmico, desenvolvendo uma cultura de prevenção dos riscos profissionais, para que de um modo integrado efetuar o diagnóstico, a prevenção e o controlo/gestão das situações de risco em Saúde e Segurança do Trabalho e intervir na proteção e promoção da saúde e da segurança dos trabalhadores.
A ligação da ASO com os outros serviços é de primordial importância para atingir os seus objetivos, elegendo o contacto mais estreito com o Grupo de Coordenação Local – Programa de Prevenção Contra a Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) e a Área da Gestão da Qualidade, existentes no CHLC, EPE.
O CHLC, EPE é composto por seis polos hospitalares e abrangia no final de 2015, um total de 7212 profissionais distribuídos por áreas clínicas e não clínicas, o que resulta em atividades diferenciadas realizadas por vários grupos profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes operacionais, assistentes técnicos, entre outros), estando expostos a fatores de risco profissional de natureza diversa, que no CHLC estão relacionados com os riscos físicos (radiações ionizantes, ruido sonotraumático – Central Térmica e Oficinas) e riscos biomecânicos (lesões músculo-esqueléticas), com os riscos químicos (exposição a gases anestésicos, formaldeído, xileno e citotóxicos), com os riscos biológicos (comum a todos os profissionais de saúde) e os riscos psicossociais (o trabalho por turnos/noturno, violência, stress e o contacto direto com o sofrimento e a morte)[5]. Todos estes riscos podem ter uma influência negativa sobre a saúde dos profissionais, interferindo na etiologia ou na história natural das denominadas “doenças ligadas ao trabalho”, de que se destacam as doenças profissionais, as doenças relacionadas e/ou agravadas pelo trabalho, bem como os acidentes de trabalho[6][7][8]. As consequências destas patologias representam um peso económico e social na organização, cuja importância não pode ser negligenciada.
Neste sentido, a medicina do trabalho, em articulação com a enfermagem do trabalho, promove a realização de exames de saúde a todos os colaboradores do CHLC, no âmbito da admissão, do exame periódico ou do exame ocasional adequados a comprovar, avaliar e atestar a aptidão física e psíquica do trabalhador para o exercício da atividade, bem como a repercussão desta e das condições em que é desenvolvida na saúde do mesmo.
A ASO convoca os trabalhadores de acordo com seu programa de vigilância de saúde tendo em conta a avaliação, vigilância e monitorização do ambiente, a identificação dos fatores de risco e a exigência das funções que desempenham[9]. Não obstante, preconiza a prevenção e acompanhamento dos acidentes de trabalho (através da caracterização epidemiológica e de follow-up)[10][11], bem como a prevenção das doenças evitáveis pela vacinação (tétano/difteria, hepatite B, sarampo e gripe sazonal) através das orientações do Programa Nacional de Vacinação, emanadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS)[12][13].
No que diz respeito à prevenção e controlo da tuberculose pulmonar[14][15], é efetuado o rastreio ativo dos profissionais, de acordo com o exame de saúde e em caso de contactos com doente Tuberculose Pulmonar (TP) identificado (sem utilização de EPI adequado) com a realização da Prova Tuberculínica e/ou Teste IGRA (Interferon Gamma Release Assay). A utilização sequencial da Prova Tuberculínica e do Teste IGRA está de acordo com as diretrizes da DGS[14]. O Teste IGRA só é pedido quando se obtém uma Prova Tuberculínica positiva, para confirmação do resultado, uma vez que este teste é mais dispendioso. Uma Prova Tuberculínica positiva confirmada por IGRA positivo é encaminhado para tratamento de infeção tuberculosa latente, sendo essa articulação efetuada pela ASO, através de correio eletrónico, com o Centro Diagnóstico Pneumológico do Lumiar (CDP). A tuberculose latente é uma situação clínica de infeção por M. Tuberculosis, sem sinais ou sintomas de doença ativa, não existindo risco de transmissão de doença.
Os fatores de risco psicossociais têm constituído uma preocupação cada vez maior no âmbito da vigilância da saúde, sendo de extrema importância o papel do psicólogo ao nível da ASO, nomeadamente no que se refere à saúde mental dos trabalhadores, perspetivando uma melhor avaliação de situações nesta área[16].
A consulta de psicologia abrange os seis polos hospitalares permitindo uma equidade de resposta para qualquer trabalhador do CHLC, no qual este pode solicitar consulta direta ou indiretamente, sendo encaminhado através do médico do trabalho ou mesmo por um colega e/ou chefias. São consultas individuais de apoio, avaliação e intervenção psicológica de curta duração (de três meses ou no máximo seis sessões), onde se avaliam sintomas e psicopatologia associada, podendo o trabalhador ser encaminhado para tratamento especializado. Estas consultas confidenciais e voluntárias, procuram responder à identificação e avaliação de fatores de risco psicossociais, como as exigências e sobrecarga cognitiva no trabalho ou mesmo problemas pessoais, entre os quais: problemas de saúde física, alterações familiares, abuso de álcool e/ou drogas, distúrbios legais, questões emocionais (stress ou outras), que possam afetar o desempenho profissional, para além de acompanhar a reintegração e adaptação dos profissionais ao posto de trabalho.
No CHLC, EPE existem alguns riscos psicossociais emergentes, ou seja, exigências laborais que o trabalhador não consegue satisfazer, entrando em perda das suas capacidades físicas, cognitivas, comportamentais e relacionais, os quais tomamos conhecimentos pelos próprios profissionais, tais como a crescente dificuldade a fazer horários por turnos e a necessidade de mobilidade, por vezes diária, perante a escassez de recursos humanos; o encerramento e/ ou junção de serviços como consequência formação de novas equipas; a existência de programas informáticos e tecnologias cada vez mais sofisticadas que exigem do profissional formação e atualização de conhecimentos e, por outro lado, a diminuição do tempo dedicado ao doente devido a estas mesmas solicitações; trabalhar em equipas multidisciplinares onde por vezes o exercício e as relações de liderança não são fáceis ou adequadas; aumento de conflitos interpessoais; diminuição de recompensas e falta de reconhecimento profissional.
Como consequência destes fatores podem surgir casos de violência no local de trabalho, um dos motivos da procura de apoio[17]. Os trabalhadores têm oportunidade de uma avaliação e intervenção após análise da situação, tendo como parceria o Gabinete de Gestão do Risco do CHLC, através de plataforma informática de relato de incidentes. Em 2015, foram relatados e avaliados na saúde ocupacional 115 casos de violência.
Pretende-se que a intervenção individual esteja centrada na resolução do problema e no desenvolvimento de competências, informando o trabalhador acerca dos fatores de risco psicossociais, encorajando a encontrar soluções, permitindo desta forma, uma maior resiliência, compromisso e responsabilidade.
Integrado nas atividades de promoção da saúde, a ASO, através do Programa de Saúde Oral, disponibiliza cuidados de saúde oral no local de trabalho com vista à redução das patologias orais e dos custos sociais, económicos e psicológicos subjacentes às mesmas[18]. O Programa de Saúde Oral contempla a caracterização epidemiológica dos hábitos e estilos de vida e dos riscos: doença periodontal e dentária, das lesões pré-malignas e cancro oral através de aplicação de questionário, bem como a contextualização das necessidades individuais e comunitárias. Engloba ainda, a realização de exames complementares de diagnóstico, em colaboração com o Serviço de Imagiologia na realização de ortopantomografia; bem como atividades de prevenção, tratamento e reabilitação oral, em parceria com o Serviço de Estomatologia, em vigilância periódica. Integra um sistema de informação para a saúde, que visa o envolvimento e a participação dos interessados nos objetivos de ação, que reforça os conhecimentos existentes para a obtenção, otimização e preservação de uma boa condição saúde oral e da promoção de hábitos e estilos de vida saudáveis.
No que concerne à área técnica, esta integra a ergonomia, higiene e segurança no trabalho e a área da proteção radiológica. A avaliação das condições de trabalho é realizada de forma sistemática para caracterização da situação real de trabalho e verificação da implementação das medidas preventivas e corretivas propostas pela ASO[2][19]. A metodologia de identificação e avaliação do risco ocupacional permite proceder à classificação do nível de risco, com vista ao seu controlo e gestão. É da responsabilidade da ASO estabelecer, implementar e manter procedimentos para a identificação contínua dos fatores de risco ocupacional, a apreciação do risco e a definição dos controlos necessários. Esta metodologia é aplicada em todas as Áreas/ Unidades/ Especialidades do CHLC, com vista à deteção precoce de riscos ocupacionais[19].É um processo dinâmico dirigido a estimar a magnitude do risco para a segurança e saúde dos trabalhadores, decorrente das circunstâncias em que o fator de risco pode ocorrer no local de trabalho, tendo em vista obter a informação necessária para que seja possível uma tomada de decisão apropriada sobre a necessidade de adotar medidas preventivas e/ou corretivas[19][20][21].
Para este efeito, existe um instrumento próprio designado de Matriz de Avaliação de Fatores de Risco Ocupacional, em suporte informático. Este instrumento permite identificar os fatores de risco existentes, planear as medidas de melhoria, a nível local, permitindo uma monitorização sistemática das medidas preventivas e corretivas propostas. São utilizados também métodos qualitativos e quantitativos do risco biomecânico das tarefas realizadas pelos trabalhadores, nomeadamente RULA (Rapid Upper Limb Body Assessment), REBA (Rapid Entire Body Assessment), KIM, OSHA Checklist, Strain Index, Questionário Nórdico de Sintomatologia músculo-esquelética autoreferida e MAPO Index[22][23][24][25][26][27][28][29][30].
A identificação dos fatores de risco e avaliação dos riscos ocupacionais é realizada por técnicos devidamente certificados, em estreita colaboração com os responsáveis e trabalhadores das diversas unidades que compõem o CHLC. Implica visitas aos locais de trabalho pelos profissionais da ASO, bem como de entrevistas e contatos com os trabalhadores e chefias e análise dos requisitos legais e normativos aplicáveis, verificação do histórico de incidentes e/ou acidentes de trabalho, análise de relatórios elaborados no âmbito de intervenções anteriores e outra documentação que sustente a intervenção.
Para realização de avaliações de risco ocupacional que contemplem a medição de parâmetros específicos, a ASO dispõe de equipamentos adequados para o efeito (Multigás, dosímetro de ruído, luxímetro, equipamento para avaliação do ambiente térmico, dinamómetro e os de avaliação às radiações ionizantes[31].
Os resultados das avaliações de risco ocupacional são comunicados ao Conselho de Administração, Chefias envolvidas, Gabinete de Segurança do Doente, Unidade de Segurança Contra Incêndios, Área de Gestão de Instalações e Equipamentos e GCL-PPCIRA, para que em parceria possam ser tomadas as decisões adequadas à implementação das medidas preventivas e/ou corretivas para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores nos vários locais de trabalho do CHLC[19].
Os profissionais de saúde expostos a radiações ionizantes do CHLC contam com inúmeras horas de trabalho com equipamentos emissores de radiação, pelo que é essencial que disponham de um programa de proteção radiológica e a vigilância médica adequado[32]. O Programa de Proteção Radiológica do CHLC tem permitido implementar práticas e medidas específicas que visam proteger os profissionais de saúde expostos a radiações ionizantes (no seu contexto laboral) e assegurar que a sua exposição segue o critério ALARA (As Low As Reasonably Achievable). Este programa passa pela operacionalização de mecanismos de avaliação e controlo da radiação, que permitem uma estimativa realista das doses de exposição do trabalhador e respetivas probabilidades de ocorrência. Os resultados destas avaliações servem de fundamentação para a classificação das zonas nos locais de trabalho e dos profissionais em categoria A e B, que se baseia nas funções que os trabalhadores desempenham e nos tempos de permanência nas diferentes áreas, e que irá definir a necessidade e o tipo de monitorização dosimétrica[33][34]. Esta quantificação do risco determina ainda a adequação das barreiras de proteção existentes nas instalações radiológicas, assim como dos equipamentos de proteção coletiva e individual[35].
O controlo dosimétrico tem como objetivo estimar os níveis de radiação a que os trabalhadores estão expostos e prevenir que os limites de exposição ocupacional estabelecidos por lei sejam ultrapassados[33]. Estas funções são atribuídas ao perito em proteção radiológica da Área de Saúde Ocupacional do CHLC, que também realiza o controlo de qualidade dos equipamentos emissores de radiação e trata do licenciamento das instalações radiológicas junto da DGS. O método de avaliação utilizado nas avaliações de proteção radiológica é sistemático e consiste na medição contínua da taxa de dose de exposição externa à radiação ionizante, recorrendo a diferentes tipos de monitores de radiação fixados nos trabalhadores expostos e/ou fixados em locais específicos no interior da sala de exames. Este método permite-nos observar a variação da taxa de dose de exposição à radiação dispersa no decorrer de exames radiológicos de intervenção e classificar as zonas de exposição. O nível de exposição do trabalhador é então estimado com base na análise da carga de funcionamento do equipamento e na dose dos pacientes registados no período de avaliação, entre outros fatores.
A intervenção da ASO enquadra também nos seus objetivos um plano de formação que enfatiza e privilegia ações de formação/informação em contexto ocupacional, tendo sido realizadas em 2015 um total de 71 ações de formação sobre várias temáticas, com uma duração de 312 horas, abrangendo 2519 profissionais do CHLC[5].
Os dados descritos neste artigo foram apresentados sob a forma de comunicação poster no Encontro Nacional de Saúde Ocupacional, organizado pela Direção-Geral da Saúde, em Novembro de 2016.
METODOLOGIA
O presente trabalho apresenta uma metodologia descritiva e decorreu no ano 2015. Os dados apresentados foram obtidos através da aplicação informática da ASO Utilsst durante o período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2015, referente aos itens: exames médicos, vacinação, Prova Tuberculínica e IGRA. Os restantes dados referentes à vigilância da saúde mental, à vigilância da saúde oral, às avaliações das condições de trabalho e às avaliações dosimétricas, foram obtidos através de informação nos processos clínicos dos profissionais de saúde, aplicação de questionário epidemiológico, bases de dados Access e Excel existentes na ASO, aplicação SClínico e SONHO.
RESULTADOS
Em 2015 foram realizados 7095 exames no âmbito da vigilância da saúde que abrangeram 3207 (44%) trabalhadores, correspondendo a 397 admissões, 1728 periódicos, 4964 ocasionais e 6 cessação de contrato de trabalho, conforme figura 1.
Nesta intervenção inclui-se a vigilância da saúde mental dos trabalhadores (figura 2) onde foram efetuadas 756 consultas de Psicologia Ocupacional num total de 214 profissionais, relacionadas com a análise de fatores de risco psicossociais, stress laboral e episódios de violência no local de trabalho, tendo sido identificados 45 casos de psicopatologia (psicoses, neuroses e borderline).
Em adição, no programa de saúde oral foram efetuadas 635 consultas e observados 402 profissionais no âmbito da vigilância e da prevenção da doença periodontal, cárie dentária e lesões orais (figura 3). Foram realizadas 67 consultas de primeira vez, sendo a sua maioria consultas de admissões e a pedido do profissional.
No que se refere à cobertura vacinal, foram administradas 462 vacinas contra o Tétano e Dfteria, 165 contra a Hepatite B e 1254 contra a Gripe sazonal, conforme a figura 4 registando-se uma cobertura vacinal para a Gripe sazonal de 18% e para a Hepatite B de 54%.
Integrada na prevenção da tuberculose pulmonar (figura 5), foram realizados 559 testes tuberculina e solicitados 816 testes IGRA (259 com resultado positivo onde 33 realizaram tratamento para a tuberculose latente), de acordo com a figura 6.
A proteção radiológica tem incidido sobre todas as áreas clínicas com risco radiológico (figura 7), existindo 705 trabalhadores expostos a radiações ionizantes (122 Categoria A e 583 Categoria B), sobre os quais foram realizadas 3078 avaliações de controlo dosimétrico, 20 avaliações dos locais de trabalho e 2 avaliações na determinação da dose recebida pelos doentes (figura 8).
Foram efetuadas também 163 avaliações das condições de trabalho, sendo 115 avaliações de risco ocupacional (com a aplicação da Matriz de Avaliação de Fatores de Risco Ocupacional), 24 de gases anestésicos e 24 outras avaliações, conforme figura 9.
DISCUSSÃO
Os dados apresentados evidenciam a importância da vigilância da saúde enquanto intervenção especializada e de proximidade com os profissionais, refletindo-se num maior conhecimento dos fatores de risco a que estão expostos no seu local de trabalho, na mudança de práticas relacionadas com a sua proteção e segurança e na implementação das medidas preventivas e corretivas através do envolvimento dos profissionais e responsáveis das várias áreas do CHLC.
Verificamos uma fraca adesão dos profissionais de saúde à vacinação contra a Gripe sazonal, com cobertura vacinal (18%), inferior ao preconizado. No que se refere ao tratamento da tuberculose latente, apenas foi realizado tratamento a 33 profissionais dos 259 com resultado de IGRA positivo, estando esta situação relacionada com o facto de um considerável número de profissionais de saúde (215) não comparecerem em consulta de Medicina do Trabalho (após convocatória), nem se dirigirem ao CDP após encaminhamento. Este fato poderá estar associado à não obrigatoriedade da realização do tratamento para a Tuberculose Latente, visto que é efetuada após consentimento informado, ficando a decisão de tratamento à responsabilidade do utente. O CDP informa a ASO, via correio eletrónico, sobre os profissionais que recusaram o mesmo ficando essa informação no processo do profissional. No que refere aos profissionais que não comparecerem em consulta de Medicina do Trabalho, a ASO realiza novas convocatórias (por carta e contato telefónico) para que sejam encaminhados para o CDP. Também são realizadas ações de formação em serviço e auditório (em colaboração com a DGS, CDP, GCL-PPCIRA e Área de Gestão de Instalações e Equipamentos) para todos os profissionais no âmbito do programa de Prevenção da Tuberculose Pulmonar e Tratamento da Tuberculose Latente.
Relativamente à vigilância de saúde mental é de salientar que foram identificados 45 casos de psicopatologia, alguns dos quais já acompanhados no exterior e outros referenciados para a consulta de especialidade pela psicologia ocupacional.
A elevada adesão ao programa de saúde oral pelos profissionais (n=402) justifica a necessidade de aumentar e melhorar a promoção da saúde e a perceção para a prevenção das doenças orais, induzindo assim a redução dos fatores de risco que condicionam a saúde geral. Neste sentido, os registos da consulta de higiene oral passaram a ser efetuados na aplicação informática da ASO (UTILsst) permitindo uma melhor quantificação e caracterização da situação individual de saúde dos profissionais.
A implementação de um Programa de Proteção Radiológica torna possível o controle e a gestão do risco de exposição dos profissionais à radiação ionizante, dando assim cumprimento ao que é legalmente exigido. Como resultado das avaliações radiológicas realizadas pela ASO há agora uma melhor classificação dos profissionais do CHLC, tendo havido um ajuste da monitorização dosimétrica. Com base nas avaliações radiológicas foram implementadas nos seis polos hospitalares medidas corretivas no sentido de reforçar a segurança das áreas de trabalho; por exemplo, realizaram-se intervenções para alterar ou reforçar barreiras estruturais existentes, especialmente portas e zonas de comando. Para além do referido, estas avaliações também permitiram que vários serviços adquirissem novos equipamentos de proteção individual contra as radiações ionizantes (aventais de chumbo, colares protetores de tiroide e óculos de proteção).
No que se refere às avaliações de risco ocupacional, realizadas anualmente, têm contribuído para a implementação de medidas preventivas e corretivas nas várias áreas clínicas e não clínicas do CHLC, mais especificamente ao nível da reparação/manutenção das estruturas físicas (tetos, paredes, pavimentos e escadas/rampas) e equipamentos (sistemas de insuflação/extração), aquisição de equipamento adequado – ajudas técnicas, mobiliário e outros (por exemplo headsets para a central telefónica), reconcepção e reorganização dos locais de trabalho (quarto de Isolamento do SU do HSJ, bancadas de trabalho, postos de trabalho informatizados).
CONCLUSÃO
A análise e reflexão crítica sobre os resultados apresentados contribuíram para a melhoria contínua da qualidade das intervenções realizadas pela Área de Saúde Ocupacional e na redefinição de metodologias e estratégias a implementar na prática diária.
A relação de proximidade com a instituição e os profissionais de saúde, no que se refere às suas necessidades coletivas e individuais, tem constituído um desafio constante para a equipa multidisciplinar na procura de soluções mais adequadas, que garantam a melhoria das condições do local de trabalho e consequentemente a saúde e o bem-estar, motivação, aumento da produtividade e diminuição do absentismo.
Consideramos que a procura da excelência é um eixo norteador das práticas desenvolvidas pela ASO, fundamentadas em conhecimento científico de referência e na qualificação e especialização da equipa, elementos indispensáveis para o atingir dos objetivos propostos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] MINISTÉRIO DA SAÚDE. DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE. Norma nº 26/2013, Programa Nacional de Saúde Ocupacional (PNSOC) – 2º ciclo 2013-2017. Lisboa. DGS; 2013.
[2] Lei nº 102/2009 de 10 de Setembro, alterada pela Lei nº 3/2014 de 28 de Janeiro – Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho.
[3] Instituto Português da Qualidade. NP ISO 31000/2012 – Gestão do risco. Princípios e linhas de orientação. Versão Portuguesa da ISO 31000/2009. IPQ; 2012.
[4] MINISTÉRIO DA SAÚDE, ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA E VALE DO TEJO. Orientação Técnica nº 1 – DSP – Gestão dos Riscos Profissionais em estabelecimentos de saúde, ARS, IP. Lisboa. ARSLVT; 2010.
[5] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Plano de Ação da Área de Saúde Ocupacional do CHLC,EPE para 2015-2017.
[6] Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 7 de julho – Altera o Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 e maio, que aprova a lista das doenças profissionais e o respetivo índice codificado.
[7] Decreto-Lei n.º 503/99 de 20 de novembro – Estabelece o regime jurídico dos acidentes em serviço e das doenças profissionais ocorridas no âmbito da Administração Pública.
[8] Decreto-Lei n.º 2/82, de 5 de maio – Estabelece a participação obrigatória dos médicos do CNPRP.
[9] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 104 – Vigilância da Saúde. CHLC; 2014.
[10] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 107 – Acidentes de Trabalho Sem Risco Biológico. CHLC; 2014.
[11] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 106 – Acidentes de Trabalho Com Risco Biológico. CHLC; 2014.
[12] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 105 – Programas de Imunização dos Trabalhadores. CHLC; 2014.
[13] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Sectorial, SST 1007 – Vacinação dos Profissionais. CHLC; 2009.
[14] MINISTÉRIO DA SAÚDE. DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE. Orientação Técnica nº 10/2014, Vigilância da tuberculose nos profissionais de saúde. Lisboa. DGS; 2014.
[15] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Sectorial, SST 1027 – Prevenção da Tuberculose nos Profissionais de Saúde do CHLC. CHLC; 2016.
[16] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Sectorial, SST 1026 – Avaliação dos Fatores de Risco Psicossociais e Gestão do Stress no Local de Trabalho. CHLC; 2014.
[17] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 116 – Apoio ao Profissional em Situação de Crise. CHLC; 2014.
[18] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Sectorial, SST 1006 – Promoção da Saúde Oral e Prevenção e Controlo das Doenças Orais. CHLC; 2014.
[19] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 108 – Avaliação Qualitativa e Quantitativa do Risco Ocupacional. CHLC; 2014.
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[22] Khroemer K.H.E.. Cumulative Trauma Disorders: their recognition and ergonomic measures to avoid them, Applied Ergonomics. 1989; Vol. 20, Number 4, 274-280.
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[29] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 101 – Mobilização de Doentes Dependentes. CHLC; 2014.
[30] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 110 – Movimentação Manual de Cargas. CHLC; 2015.
[31] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 111 – Remoção de Agentes Anestésicos Inalatórios Residuais. CHLC; 2015.
[32] CHLC, EPE – Área de Saúde Ocupacional, Procedimento Multissectorial, SST 103 – Programa de Proteção Radiológica do CHLC. CHLC; 2015.
[33] Decreto-Lei nº 180/2002 de 8 de Agosto – Estabelece as normas relativas à proteção da saúde das pessoas contra os perigos resultantes das radiações ionizantes em exposições radiológicas médicas;
[34] MINISTÉRIO DA SAÚDE. DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE. Guia Técnico Nº 1 – Vigilância da saúde dos trabalhadores expostos a radiação Ionizante. Lisboa. DGS; 2015.
[35] National Council on Radiation Protection and Measurements (NCRP). Structural Shielding Design for Medical x-ray Imaging Facilities. NCRP Report No. 147; 2004.
(1) Cristina Maria Martins Rodrigues
Mestre em Enfermagem e Especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa; Licenciada em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (Universidade de Lisboa); Enfermeira do Trabalho da ASO- HSJ, CHLC, EPE, Lisboa. Av. Marginal 4566 1º Esq, 2765-582 S. Pedro do Estoril. E-mail: cristina.rodrigues@chlc.min-saude.pt
(2) Daniela Alcídia da Conceição Miranda Tolentino
Licenciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Medicas de Lisboa; Frequência do atual Plano transitório – formação para obtenção do título de especialista em Medicina do Trabalho. Médica do Trabalho da ASOCHLC, EPE (responsabilidade do HSJ e HSAC), Lisboa. E-mail: daniela.tolentino@chlc.min-saude.pt
(3) Maria José Pereira Rodrigues
Mestre em Engenharia Biomédica e Biofísica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, aluna do Mestrado em Proteção e Segurança Radiológica do Instituto Superior Técnico. Responsável Técnica pela Proteção Radiológica da ASO, CHLC, EPE, Lisboa. mjose.rodrigues@chlc.min-saude.pt
(4) Sandra Maria Oliveira da Cruz Vale de Armeiro
Licenciada em Higiene Oral pelo Instituto Superior do Alto Ave; Mestre em Comunicação em Saúde pela Universidade Aberta de Lisboa; Técnica de Higiene Oral da ASO-HSJ, CHLC, EPE, Lisboa. E-mail: sandra.armeiro@chlc.min-saude.pt
(5) Sofia Alexandra Mourato Gomes
Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Enfermeira do Trabalho da ASO- HSJ, CHLC, EPE, Lisboa. E-mail: sofia.alexandra.gomes@chlc.min-saude.pt
(6) Sónia Alexandra Pinote Bernardes
Licenciada em Psicologia Clinica; mestre em Psicologia da Saúde pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Psicóloga do Trabalho da ASO, CHLC, EPE. Lisboa. E-mail: soniapinote@chlc.min-saude.pt
(7) Rui Miguel Pereira Nunes
Licenciado em Ergonomia e Mestre em Ergonomia Hospitalar pela Faculdade de Motricidade Humana (Universidade de Lisboa). Ergonomista/Técnico Superior de Segurança do Trabalho na Área de Saúde Ocupacional do CHLC, EPE, Lisboa. E-mail: rui.nunes@chlc.min-saude.pt
(8) Maria Isabel Ramos
Assistente Hospitalar de Medicina Interna pelo Hospital de Santa Marta, Assistente Hospitalar Graduada em Medicina do Trabalho, Médica do Trabalho da ASO, CHLC, EPE (responsabilidade da MAC e HDE).Pós Graduação em Medicina Legal Social e Trabalho pela Faculdade de Medicina/ Universidade de Coimbra. Lisboa.E-mail: isabel.ramos@chlc.min-saude.pt
(9) Angelina Maria Pereira Alves Diogo
Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Maria Fernanda Resende, Enfermeira especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária pela Universidade Atlântica, Licenciada em Gestão de Saúde pela Universidade Atlântica, Enfermeira do Trabalho na ASO- HCC, CHLC, EPE, Lisboa. E-mail: angelina.diogo@chlc.min-saude.pt
(10) Maria da Luz Dias Coimbra
Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Artur Ravara, Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica pela Escola Superior de Enfermagem Maria Fernanda Resende, Mestre em Comportamento Organizacional pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Lisboa. Enfermeira do Trabalho da ASO- MAC, CHLC, EPE, Lisboa. Lisboa. E-mail: luz.dias@chlc.min-saude.pt
(11) Sandra Fagundes Fonseca
Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco; Mestre e Especialista em Enfermagem Comunitária pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Enfermeira do Trabalho da ASO- HDE, CHLC, EPE, Lisboa.
(12) Maria Helena Rodrigues Diogo
Licenciada em Enfermagem. Enfermeira do Trabalho da ASO- HCC, CHLC, EPE, Lisboa.
(13) João Filipe Fidalgo Calado Pinto de Carvalho
Licenciado em Ergonomia pela Faculdade de Motricidade Humana (Universidade de Lisboa). Ergonomista / Técnico Superior de Segurança do Trabalho na Área de Saúde Ocupacional do CHLC, EPE, Lisboa. E-mail: joaofilipe.carvalho@chlc.min-saude.pt
(14) Pedro Miguel Saraiva Rosa
Licenciado em Saúde Ambiental pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Mestre em Saúde Tropical pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Universidade Nova de Lisboa) e Doutorando em Saúde Ambiental pela Faculdade de Medicina de Lisboa (Universidade de Lisboa). Técnico de Saúde Ambiental/Técnico Superior de Segurança do Trabalho da Saúde Ocupacional do CHLC, EPE, Lisboa. E-mail: pedro.rosa@chlc.min-saude.pt
(15) Isidro Francisco Lutas Faustino
Licenciatura em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem São João de Deus (Universidade de Évora); Especialista em Enfermagem de Reabilitação pela Escola Superior de Enfermagem Maria Fernanda Resende; Enfermeiro Diretor Adjunto para o Hospital de Santa Marta do CHLC, EPE; Coordenador da equipa de enfermagem da Área de Saúde Ocupacional do CHLC, EPE. Lisboa E- mail: isidro.faustino@chlc.min-saude.pt
(16) Maria João Manzano
Assistente Graduada Sénior de Medicina do Trabalho; Diretora da ASO – CHLC, EPE, Lisboa; Consultora da DGS para a Saúde Ocupacional; Doutorada pela Faculdade de Medicina de Budapeste sobre o papel dos fotorecetores não visuais na regulação dos ritmos circadianos e circanuais. E-mail: mjmanzano@chlc.min-saude.pt
Rodrigues C, Tolentino D, Rodrigues M, Armeiro S, Gomes S, Pinote S, Nunes R, Ramos I, Diogo A, Coimbra M, Fonseca S, Diogo H, Carvalho J, Rosa P, Faustino I, Manzano M. Vigilância da Saúde dos Profissionais do CHLC, EPE: uma visão integrada e multidisciplinar para a promoção da Saúde e Segurança em contexto Hospitalar. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, 2017, volume 3, 16-28. DOI:10.31252/RPSO.12.04.2017