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Estatuto editorial

Burnout e Fatores de Risco para Doenças Crónicas não transmissíveis em Enfermeiros de um Serviço de Transplante de Medula Óssea

5 Abril, 2017Artigos Originais

BURNOUT AND RISK FACTORS FOR NON COMMUNICABLE CHRONIC DISEASES IN NURSES OF A BONE MARROW TRANSPLANT SERVICE IN BRAZIL

TIPO DE ARTIGO: Observacional Analítico Transversal
AUTORES: Costa E(1), Hyeda A(2), Maluf  E(3).

RESUMO

Introdução

O stress ocupacional crónico pode resultar num estado de exaustão emocional, mental e físico, conhecido como Burnout, assim como pode estar associado ao surgimento ou agravamento de algumas doenças cardiovasculares. Estudar a relação de ambas pode contribuir para uma melhor estruturação de ações de prevenção e promoção para a saúde dos trabalhadores.

Objetivo

Avaliar a relação entre o Burnout e os fatores de risco para as doenças crónicas não transmissíveis em enfermeiros de um serviço de transplante de medula óssea do Brasil.

Metodologia

Estudo transversal, observacional e descritivo, com delineamento correlacional e abordagem quantitativa, através da pesquisa sistemática de dados de um questionário de autopreenchimento.

Resultados

Na amostra do estudo foram identificados 32,3% indivíduos com nível alto de exaustão emocional, 18,5% com nível alto de despersonalização e 26,2% com nível baixo de realização profissional. Além disso, 55,4% dos indivíduos apresentaram alteração em pelo menos uma das dimensões do Burnout, 15,40% em duas e 3,00% apresentou alteração nas três dimensões. Quanto aos fatores de risco para as doenças crónicas não transmissíveis os mais prevalentes foram a hipertensão arterial sistêmica (29,2%), o tabagismo (13,8%), o sedentarismo (73,8%), a dislipidemia (29,2%) e com mais de um fator de risco associado estava 61,6% da amostra. Não se encontrou correlação com significância estatística entre o Burnout e os fatores de risco (isolados ou associados entre si) para as doenças crónicas não transmissíveis.

Conclusão

O risco de Burnout em enfermeiros do transplante de medula óssea não foi diferente de outros estudos, com maior prevalência de exaustão emocional que outros setores da enfermagem, provavelmente relacionado ao tipo específico de atividade laboral. O fato de não haver relação do Burnout com os fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis pode estar associado à amostra relativamente jovem e com pouco tempo de trabalho no serviço.

Palavras-chave: Burnout, Riscos Ocupacionais, Doença Crónica, Doenças Cardiovasculares.

ABSTRACT

Introduction

Chronic occupational stress can result in a state of emotional, mental, and physical exhaustion known as Burnout as well as it can increase the risk for cardiovascular disease. The study of the relationship between Burnout and risk factors for cardiovascular diseases can contribute to the planning of prevention and promotion actions for workers’ health.

Objective

The main objective was to evaluate the relationship between Burnout and risk factors for chronic noncommunicable diseases in nurses of a bone marrow transplantation service from Brazil

Method

It is a cross-section study, descriptive, with correlational-quantitative design, through the systematic collection data from a self-reporting questionnaire.

Results

In the study sample, 32.3% were individuals with a high level of emotional exhaustion, 18.5% with a high level of depersonalization and 26.2% with a low level of professional accomplishment. Furthermore, 55.4% of the individuals had alterations in at least one of the dimensions of Burnout, 15.40% in two dimensions and 3.00% had alterations in three dimensions. Considering the risk factors for chronic noncommunicable diseases, the most prevalent were systemic arterial hypertension (29.2%), smoking (13.8%), sedentary lifestyle (73.8%), Dyslipidemia (29.2%) and more than one associated risk factor (61.6%). There was no correlation with statistical significance between Burnout and risk factors (isolated or associated) for the chronic noncommunicable diseases.

Conclusion

The Burnout´s risk in nurses of bone marrow transplantation service was not different from other studies, however, with a higher prevalence of emotional exhaustion that other nursing activities, probably related to the specific type of work activity. There was no relationship between Burnout and the risk factors for chronic noncommunicable diseases, probably because the sample was relatively young and had little working time in the service.

Keywords: Burnout, Professional, Occupational Risks, Non-communicable Disease, Cardiovascular Diseases

 

INTRODUÇÃO

As doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) são um conjunto de enfermidades que se caracterizam, de forma geral, por um tempo prolongado de evolução, causa multifatorial, habitualmente irreversível e que resultam em graus variáveis de incapacidade ou óbito prematuro1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como DCNT as patologias cerebrovasculares, cardiovasculares e renovasculares, neoplasias, doenças respiratórias e diabetes mellitus que, em conjunto, são responsáveis por 82% das causas de morte por doenças crónicas. Aproximadamente 42% de todas as mortes por DCNT são prematuras (antes dos 70 anos) e evitáveis e há estimativa de aumento no número de óbitos no mundo de 38 milhões em 2012 para 52 milhões em 20301.

Em relação ao trabalho, as DCNT impactam no aumento de faltas não programadas do empregado (absenteísmo), perda da produtividade durante a jornada de trabalho (presenteísmo) e reforma precoce (aposentadoria)2-3. No Brasil, por exemplo, estima-se que até 2030 o índice de envelhecimento da população e a alta incidência de DCNT alcançarão 39% da população economicamente ativa, representando uma perda de 8,7% do produto interno bruto, ou seja, US$ 184 bilhões2-3. Esses dados são preocupantes e colocam o governo, empresas e sociedade em estado de atenção e de necessidade de medidas urgentes para as implicações económicas geradas pelo processo de envelhecimento da força de trabalho e a mudança de perfil de saúde, relacionadas ao aumento das DCNT.

A globalização da economia e a reestruturação produtiva estão relacionadas com as transformações frequentes nos processos produtivos e no modelo de gestão das empresas, com o objetivo de manter a competitividade. Como consequência houve um aumento nas exigências mentais, incluindo os aspectos cognitivos, emocionais e psicossociais, nas diversas ocupações. Muitas dessas mudanças podem contribuir para o desenvolvimento das organizações, contudo se forem mal gerenciadas podem aumentar os riscos psicossociais e o stress, influenciando negativamente na saúde dos indivíduos4-6.

De forma geral, qualquer atividade pode vir a desencadear um processo de stress ocupacional e Burnout, no entanto, as ocupações que estão dirigidas a pessoas e que envolvam contato muito próximo, preferentemente de cunho emocional, são tidas de maior risco, como é o caso dos trabalhadores de enfermagem7-8.  Situações de stress mental ocorrem habitualmente no ambiente de trabalho e não são, necessariamente, causadores de adoecimento mental. Pelo contrário, podem motivar o trabalhador a enfrentar e superar os desafios, inovar, desenvolver as competências e alcançar um ótimo estado de saúde mental. Sendo assim, o limiar entre o adoecimento e a saúde mental depende do equilíbrio entre as referidas dimensões, as características individuais do trabalhador e a sua capacidade de enfrentamento às situações de sofrimento mental e tensão (copping)6. Uma ruptura neste equilíbrio pode resultar num estado de exaustão emocional, mental e físico do trabalhador conhecido como Burnout5,8-9. Classicamente, resulta em três problemas principais: a exaustão emocional, caracterizada por uma falta ou carência de energia, entusiasmo e um sentimento de esgotamento de recursos; a despersonalização, que se caracteriza por tratar os clientes, colegas e a organização como objetos; e redução da realização pessoal no trabalho, tendência do trabalhador a se auto-avaliar de forma negativa. As pessoas sentem-se infelizes consigo próprias e insatisfeitas com seu desenvolvimento profissional5,7,8,10.

Acredita-se que o Burnout esteja associado a um aumento da incidência das doenças cardiovasculares. Estudos mostram uma relação da síndrome com marcadores de risco de aterosclerose, por exemplo, citocinas inflamatórias, cortisol, agregação leucocitária, entre outros, com hipertensão, obesidade, distúrbios do sono, dislipidemia e alterações na glicemia11-12. Contudo, não se encontrou bibliografia específica que associasse o Burnout em trabalhadores do serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) e com a relação deste com fatores de risco para DCNT nesta população específica.

O objetivo principal deste estudo é avaliar a relação entre os fatores de risco para as DCNT e o estado de Burnout numa população de enfermeiros do serviço de TMO.

MÉTODOS

Este foi um estudo transversal, observacional e descritivo, com delineamento correlacional e abordagem quantitativa, através da pesquisa sistemática de dados a partir de um questionário de autopreenchimento.

A pesquisa foi realizada com trabalhadores da área de enfermagem de um serviço de TMO, de um hospital público do Estado do Paraná, Brasil. Considerando que cada serviço do hospital estudado tinha um suporte organizacional específico (por exemplo, estilo de chefia, suporte material, salários, sobrecarga), no qual os trabalhadores estavam submetidos a estressores próprios do setor, com objetivo de evitar um viés nos resultados, foi optado por centralizar a pesquisa na população do TMO, excluindo aqueles de outros serviços.

O serviço de TMO apresentava no período do estudo uma unidade de TMO composta por 20 camas (dez adultos e dez pediátricos) e outra unidade de quimioterapia de alto risco com dez camas para adultos. No total, havia 81 trabalhadores em atividade no período da pesquisa, distribuídos entre os turnos da manhã, tarde e noite. Algumas peculiaridades do serviço de TMO que diferem de outros ambientes de trabalho são: a preparação e administração de quimioterapias em altas doses, o atendimento de pacientes com doenças críticas com risco eminente de morte, internamentos prolongados, envolvimento emocional com os pacientes, pressão dos familiares, exposição frequente ao óbito7,13-14.

A pesquisa sistemática dos dados ocorreu após a aprovação desta pesquisa pelo Comité de Ética em Pesquisa com Humanos do Hospital de Clínicas (CEP/HC), através do parecer número 2353.247/2010-10, no período de abril a julho de 2011. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi aplicado a todos os indivíduos que concordaram em participar do estudo, estando em conformidade com a resolução de Conselho Nacional de Saúde 196/96.

Neste estudo foi utilizado um questionário de autopreenchimento composto por dois instrumentos de pesquisa: o Maslach Burnout Inventory (MBI) e o questionário de avaliação de risco para DCNT. Para fins de conhecimento do perfil sociodemográficos foram incluídas perguntas sobre o sexo, idade, tempo de trabalho no serviço, outros vínculos laborais, tipo contratação (temporária ou não) e turno de trabalho.

Para assegurar o anonimato das respostas, os questionários foram entregues pela equipa da pesquisa, em envelope lacrado. O desenvolvimento do estudo procurou não interferir na rotina do serviço e no atendimento dos pacientes internados. Os dados obtidos foram usados exclusivamente para este estudo, de acordo com os preceitos éticos e legais da resolução 196/1996.

Como método de investigação do Burnout, foi utilizado o MBI ou Inventário da Síndrome de Burnout de Maslach, elaborado por Cristina Maslach e adaptado para a língua portuguesa do Brasil15-16.  Consiste de vinte e duas questões para serem respondidas numa escala de amplitude de sete pontos, que varia de zero (nunca) a seis (todos os dias). A exaustão emocional refere-se ao esgotamento tanto físico como mental, ao senti­mento de haver chegado ao limite das possibilidades. Já a redução da realização profissional refere-se à percepção da influência dos outros, o bem-estar com o trabalho bem como a relação dos enfermeiros com seus problemas, evidenciando o sentimento de insatisfação. Por fim, a despersonalização consiste em alterações das ati­tudes do indivíduo ao entrar em contato com os usuários de seu serviço, passando a demonstrar um contato frio e impessoal ao sofrimento. Utilizando a mesma metodologia estabelecida por outros estudos no Brasil, foi considerado como padrão médio para exaustão emocional o score de 16 a 25 pontos, para despersonalização entre 3 a 8 e para a realização profissional entre 34 a 42, conforme demonstrado na tabela 115-16.  O risco para o desenvolvimento do Burnout foi determinado nos indivíduos com alteração em uma das dimensões da síndrome, ou seja, nível alto para as dimensões de exaustão emocional ou despersonalização, ou nível baixo para a realização profissional17.

Os fatores de risco para as DCNT foram avaliados a partir de um questionário de autopreenchimento desenvolvido pelos autores. Foram avaliados seis principais fatores de risco, conforme demonstrado a seguir:

  • A presença de hipertensão arterial sistémica (HAS) foi avaliada através de três perguntas do questionário “Você apresenta ou apresentou tensão arterial elevada?”, “Usa ou usou alguma medicação para tensão arterial elevada?” e “Você já apresentou alguma vez tensão arterial igual ou maior que: 140/90, 160/100, ou nunca mediu”. Foram considerados hipertensos aqueles que referiram ter tensão arterial elevada ou uso de anti-hipertensivo18.
  • O índice de massa corporal (IMC) foi avaliado através de duas perguntas “Qual o seu último peso?” e “Qual a sua última altura?”. Assim foi possível calcular o IMC através divisão entre o peso (medido em quilogramas) e o quadrado da altura (medida em metros) para avaliação da obesidade. O excesso de peso foi caracterizado quando o IMC alcançou valor igual ou superior a 25 kg/m2, enquanto que a obesidade foi caracterizada a partir do IMC de 30 kg/m2,19.
  • A dislipidemia foi avaliada através de duas questões: “Na sua última avaliação de colesterol, você apresentou: (pode marcar mais de uma alternativa) colesterol total maior que 200; triglicerídeos maior que 150; nunca vez exame de sangue para avaliar colesterol/ triglicerídeos” e “Usa medicação para colesterol/ triglicerídeos?”. Foram considerados dislipidémicos aqueles que referiram colesterol total acima de 200mg/dl e/ou valor de triglicerídeos sérico superior a 150mg/dl ou quando já utilizavam medicação para este fim20.
  • A alteração da glicemia foi avaliada através de duas perguntas: “Você apresenta diabetes?” e “No seu último exame quanto foi a sua glicemia? menos que 100; entre 100 e 125; maior ou igual a 126; nunca fez exame para ver a glicemia/ diabetes”. Foi considerado como alteração da glicemia aqueles que referiram pelo menos um resultado de glicemia sérica em jejum superior a 100mg/dl e/ou diagnóstico de diabetes21.
  • O tabagismo foi avaliado através de uma pergunta: “Quantos cigarros fuma por dia? Nunca; menos de 10; 11-20; 21-30; mais de 30; Há quanto tempo?”. Os indivíduos foram classificados em duas categorias: fumantes e não fumantes18-19,21.
  • A presença de sedentarismo foi avaliada através de uma pergunta “Pratica alguma atividade física regular?”. Foram classificados como sedentários aqueles que não praticavam regularmente atividade física ou faziam atividade semanal leve, inferior a 150 minutos18,21,22.

Os fatores de risco para DCNT também foram analisados através de um score de aglomeração de riscos para retratar a presença de qualquer combinação entre esses fatores. O score variou de 0 a 3 (0= nenhum fator, 1= presença de um fator; 2= presença de dois fatores; e 3= presença de três ou mais fatores de risco)23.

Para descrever o perfil da amostra, foram realizadas estatísticas descritivas (média, desvio padrão, mediana e frequências) e, para analisar a relação entre as variáveis categóricas, foram utilizados o teste qui-quadrado e o teste de Fisher, de acordo com cada situação. As correlações entre as variáveis independentes (Burnout e suas dimensões) e as variáveis dependentes (fatores de risco para DCNT) foram verificadas por meio do coeficiente de correlação de Pearson e Spearman, de acordo com cada situação, seguidas pela análise de regressão linear padrão. Em todos os testes adotou-se o nível de significância em 5% (p<0,05).

RESULTADOS

Dos oitenta e um enfermeiros e técnicos de Enfermagem do TMO, 65 entregaram o questionário, ou seja, a taxa de resposta foi de 80,24%. Com relação ao perfil sociodemográfico da amostra, houve um predomínio de indivíduos do sexo feminino (95,39%), com idade média de 36,78 anos (variação entre 21 e 57 anos, com mediana de 35 anos e DP±11,3). Foi identificado que a faixa etária mais prevalente na amostra do estudo foi entre 20 e 29 anos (41,53% dos indivíduos) e a distribuição entre as demais faixas etárias variou de 18,46% a 21,53% dos indivíduos. Quanto ao estado civil, 50,77% vive com alguém (casado ou união de facto) e 41,54% têm filhos. O tempo de trabalho no serviço variou de 6 meses a 25 anos. A maioria dos indivíduos trabalhava no local há dois anos ou menos (52,31%) e 36,46% estava no serviço há mais de 10 anos. A maioria tinha licenciatura em Enfermagem (56,92%) e trabalhava exclusivamente no serviço estudado (69,30%). Quarenta e seis indivíduos (70,77%) estavam com 10 anos ou menos de profissão e 34 (52,30%) trabalhavam em regime de contratação temporária.

Quanto ao questionário do Burnout, os resultados estão descritos na tabela 2. Para a dimensão de exaustão emocional, o score médio obtido foi de 22,26, considerado como nível moderado para a síndrome. Para despersonalização, a média foi de 3,98 e 56,90% apresentaram nível baixo. Com relação à realização pessoal, o score médio obtido foi de 36,6, e a maior parte dos entrevistados apresentou moderada realização pessoal (50,80%).

Avaliando-se os níveis moderados e altos em conjunto para cada dimensão, houve 44 (67,70%) indivíduos na dimensão da exaustão emocional e 28 (43,10%) na despersonalização. Quanto à realização pessoal, houve 50 (76,90%) indivíduos com nível baixo e moderados. De modo geral, 36 (55,40%) indivíduos apresentaram alteração em pelo menos uma das dimensões (nível alto para exaustão emocional ou despersonalização e nível baixo para realização profissional), 10 (15,40%) em duas e um (3,00%) apresentou alteração nas três dimensões, conforme demonstrado na tabela 2.

Com relação aos resultados do questionário de risco para DCNT, identificou-se que 19 (29,20%) indivíduos apresentavam hipertensão arterial e 23 (35,40%) estavam com excesso de peso ou obesidade. Quarenta e oito indivíduos (73,80%) declararam sedentarismo e o tabagismo foi referido por nove (13,80%). Quanto ao colesterol e glicemia, foi informada alteração em 19 (29,20%) e 10 (15,40%) indivíduos, respetivamente. Houve 26 indivíduos que desconheciam o resultado de sua glicemia e/ou colesterol. Quanto ao número de fatores de risco presentes em cada indivíduo, a maioria deles apresentava um (21 casos ou 32,30%) ou dois (23 casos ou 35,40%) riscos para DCNT. Apenas quatro (6,20%) não apresentavam nenhum risco e houve 17 (26,20%) indivíduos com três ou mais riscos para DCNT (tabela 3).

Quanto ao Burnout e os fatores de risco para as DCNT, foi identificado que não houve diferença significativa entre o grupo com e sem o risco para a síndrome, conforme demonstrado na tabela 3. Além disso, apesar da maior prevalência de indivíduos com três ou mais fatores de risco para DCNT (30,56% versus 20,69%) no grupo com Burnout, também não houve diferença significativa (tabela 3).

A análise das correlações entre as variáveis das dimensões do Burnout com os fatores de risco para as DCNT demonstrou apenas uma associação significativa entre a dislipidemia e a exaustão emocional (0,2661; p<0,05), conforme tabela 4. Por fim, a análise de regressão múltipla padrão não identificou associação explicativa, com significância estatística, entre as variáveis das dimensões do Burnout e os fatores de risco para DCNT (tabela 5).

DISCUSSÃO

Com relação ao score obtido no questionário MBI, comparamos com os resultados de outros estudos brasileiros, que utilizaram a mesma metodologia, em enfermeiros que trabalham no serviço de emergência e em unidade de terapia intensiva24-26. O percentual de enfermeiros do TMO com nível alto para exaustão emocional (32,30%) foi superior ao encontrado em outros estudos (21,3 a 25,8%), apesar do score médio ser classificado como moderado (22,26), conforme a escala do NEPASB15,24-26. A frequência de indivíduos com nível alto de despersonalização e nível baixo de realização profissional apresentou grande variação nos outros estudos (15,4 a 92,3% e 20,5 a 85,1%, respetivamente) e os resultados encontrados nos enfermeiros do TMO (18,5% e 26,2%) estão dentro deste intervalo, mais próximo do limite inferior24-26. Sendo assim, pode-se concluir que o risco de Burnout nos enfermeiros do TMO não foi diferente de outros estudos, entretanto, com maior prevalência de exaustão emocional, provavelmente relacionado ao tipo específico da atividade laboral13.

Para analisar os fatores risco da DCNT encontrados na amostra, recorremos aos resultados de outros estudos epidemiológicos da população brasileira e norte-americana22,27. O VIGITEL trata-se de um estudo, realizado através de inquérito telefónico, com objetivo de monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para DCNT em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal22. Comparando a população estudada com os dados do VIGITEL de 2013, observou-se que a prevalência da alteração da pressão arterial e do tabagismo foi discretamente maior (29,2 versus 24,3% e 13,8 versus 12,1%), assim como o número de sedentários (73,8 versus 66,5%), e o excesso de peso e a obesidade foram menores (26,2 versus 51% e 9,2 versus 17,4%, respetivamente)22. Considerando os dados epidemiológicos da população norte-americana, segundo a American Heart Association, a alteração da glicemia foi menor na população estudada (15,4 versus 38%) e a dislipidemia foi maior (29,2% versus 13,8%)27. Quando comparada com a amostra de outro estudo que utilizou o mesmo método, foi identificado que a ausência de múltiplos fatores de risco para DCNT foi menor na população estudada (6,2 versus 18%) e houve um maior número de casos com dois ou mais riscos (61,6% versus 47,49%, respectivamente)23. A partir desta análise, pode-se concluir que a população estudada apresentou alguns fatores de risco para DCNT mais prevalentes do que na população em geral, entre eles, a hipertensão arterial sistémica, o tabagismo, o sedentarismo, a dislipidemia e mais de um fator de risco associado.

Acredita-se que o stress ocupacional excessivo e prolongado, frequentemente associado ao estado de Burnout, poderia predispor o desenvolvimento de fatores de risco cardiovasculares como, por exemplo, a hipertensão arterial, a obesidade, a dislipidemia e o diabetes11-12,28. Essa relação é sustentada por evidências encontradas em modelos animais, as quais mostram que o estresse crónico pode ser um fator agravante da arteriosclerose, bem como de disfunção endotelial, devido à ativação excessiva, reiterada e prolongada, do sistema nervoso11-12,28. Além disso, a ativação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal provoca uma série de alterações neuroendócrinas no organismo, tais como o aumento da frequência cardíaca e a elevação da pressão arterial, entre outras11-12,28. Neste estudo, nenhum dos fatores de risco para DCNT, isolados ou em conjunto, apresentaram diferença significativa no grupo com e sem risco para o Burnout. A análise de correlações entre as variáveis dependentes e independentes demonstrou apenas uma associação significativa positiva (entre exaustão emocional e a dislipidemia), mas com baixo poder explicativo (0,74%). Sendo assim, pode-se concluir que neste estudo o Burnout não contribuiu significativamente com os fatores de risco para as DCNT. A amostra relativamente jovem e com pouco tempo de trabalho no serviço pode ter justificado a ausência de correlação significa entre as variáveis do estudo.

CONCLUSÃO

O risco de Burnout em enfermeiros do TMO não foi diferente de outros estudos, entretanto, com maior prevalência de exaustão emocional, provavelmente relacionado ao tipo específico de atividade laboral. Apesar da maior prevalência de alguns fatores de risco para DCNT na amostra do estudo, em relação ao perfil epidemiológico da população brasileira, não foi identificada associação com o Burnout. O fato de não haver relação do Burnout com os fatores de risco para DCNT pode estar associado à amostra relativamente jovem e com pouco tempo de trabalho no serviço.

CONFLITOS DE INTERESSE, QUESTÕES ÉTICAS E/OU LEGAIS

Nada a declarar

 

AGRADECIMENTOS

Nada a declarar

 

BIBLIOGRAFIA

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  24. Silva RP, Barbosa SC, Silva SS, Patrício DF. Burnout e estratégias de enfrentamento em profissionais de enfermagem. Arquivos Brasileiros de Psicologia. Rio de Janeiro. 2015 67(1):130-145.
  25. Melo EMVB, Santos RLN, Cavalcante CAT, Siqueira DG, Medeiros LP, Sousa DA. Prevalência da Síndrome de Burnout nas UTI’s em Enfermeiros de um Hospital Escola do Recife. Revista de Psicologia, v. 8, n. 24, p. 127-136, 2014.
  26. Jodas, DA, Haddad MCL. Síndrome de Burnout em trabalhadores de enfermagem de um pronto socorro de hospital universitário. Acta Paul Enferm 2009;22(2):192-7.
  27. Go AS. Heart Disease and Stroke Statistics-2014 Update: A Report from the American Heart Association. Circulation. Dallas. 2014 Vol 128, p. 1-268.

28 Schnall PL, Dobson M, Landsbergis P. Globalization, Work, and Cardiovascular Disease. Int J Health Serv. 2016 Oct;46(4):656-92

APÊNDICES

 

TABELAS

Tabela 1 – Valores da escala do questionário MBI estabelecidos pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Avançadas sobre a Síndrome de Burnout (NEPASB), no Brasil.

Dimensões do Burnout Valores
Baixo Médio Alto
Exaustão Emocional (EE) 0-15 16-25 26-54
Despersonalização (DE) 0-02 03-08 09-30
Redução da Realização Profissional (RRP) 0-33 34-42 43-48

Fonte: Adaptado de BENEVIDES-PEREIRA, 2002.

Tabela 2 – Demonstração dos resultados do questionário MBI conforme o score médio e as escalas das dimensões do Burnout.
Dimensões Score médio Tamanho amostral %
Exaustão emocional 22,26
Baixo 21 32,30%
Moderado 23 35,40%
Alto 21 32,30%
Moderado e Alto 44 67,70%
Despersonalização 3,98
Baixo 37 56,90%
Moderado 16 24,60%
Alto 12 18,50%
Moderado e Alto 28 43,10%
Realização pessoal 36,6
Baixo 17 26,20%
Moderado 33 50,80%
Alto 15 23,10%
Baixo e Moderado 50 76,90%
Presença de pelo menos uma das dimensões com alteração 36 55,40%
Presença de alteração nas três dimensões 2 3,10%
Fonte: Elaborado pelos pesquisadores

 

Tabela 3 – Demonstração dos fatores de risco para DCNT nos grupos com e sem risco para o Burnout.
Fatores de risco para DCNT Risco para Burnout
Sim Não p-valor
Número de Indivíduos 36 29
Hipertensão arterial sistémica 0,938
Normal 25 (75,00%) 22 (75,86%)
Alterado 9 (25,00%) 7 (24,14%)
Índice de massa corporal (IMC) 0,278
Até 25 23 (63,89%) 20 (68,96%)
Entre 25 a 30 11 (30,55%) 5 (17,24%)
Acima de 30 2 (5,56%) 4 (13,8%)
Colesterol 0,977
Normal 18 (50,00%) 11 (37,93%)
Alterado 10 (27,78%) 7 (24,14%)
Não sabe 8 (22,22%) 11 (37,93%)
Glicemia 0,766
<100 28 (77,78%) 20 (68,97%)
Entre 100 e 120 5 (13,89%) 4 (13,79%)
>120 0 (0,00%) 1 (3,45%)
Não sabe 3 (8,33%) 4 (13,79%)
Tabagismo 3 (8,33%) 6 (20,69%) 0,18
Sedentarismo 25 (69,44%) 21 (72,41%) 0,543
Número de fatores de risco associados
0 3 (8,33%) 2 (6,9%) 0,333
1 11 (30,56%) 9 (31,03%) 0,45
2 11 (30,56%) 12 (41,38%) 0,478
3 ou mais 11 (30,56%) 6 (20,69%) 0,353
Fonte: Elaborado pelos pesquisadores

 

Tabela 4 – Demonstração dos coeficientes de correlação linear entre as variáveis das dimensões do Burnout e os fatores de risco para DCNT.

Fatores de risco para DCNT Exaustão Emocional Redução da Realização Profissional Despersonalização
Hipertensão arterial sistémica 0,0995 0,0715 0,0740
Sedentarismo -0,0622 -0,1240 0,0735
Excesso de peso ou obesidade 0,1911 -0,0608 0,0249
Dislipidemia 0,2661* 0,059 0,0944
Alteração na glicemia 0,1364 0,1662 0,1361
Tabagismo -0,0283 0,0942 0,0186
Mais de um fator de risco 0,1892 0,0733 0,1327
*p<0,05
**p<0,01

Fonte: Elaborado pelos pesquisadores

 

Tabela 5 – Demonstração dos coeficientes de regressão múltipla padrão entre as variáveis das dimensões do Burnout e os fatores de risco para DCNT.

Fatores de risco para DCNT Exaustão Emocional Redução da Realização Profissional Despersonalização R2 Ajustado
Hipertensão arterial sistémica 0,0039 0,0061 0,0057 -0,0260
Sedentarismo -0,0045 -0,0072 0,0075 -0,0180
Excesso de peso ou obesidade 0,0116 -0,0027 -0,0072 -0,0075
Dislipidemia 0,0074 0,0092 0,0110 -0,0062
Alteração na glicemia 0,0032 0,0119 0,0102 0,0235
Tabagismo -0,0008 0,0044 0,0035 -0,0374
Mais de um fator de risco 0,0195 0,021 0,0239 0,0105
*p<0,05
**p<0,01

Fonte: Elaborado pelos pesquisadores

(1)Élide Sbardellotto Mariano da Costa: Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-graduação em Medicina Interna, Curitiba, Paraná, Brasil. Morada para correspondência: Rua José Loureiro, 195, 12° andar, Centro, Curitiba, Paraná, Brasil, CEP 80010-000. E-mail: elide@onda.com.br

(2)Adriano Hyeda: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Escola de Medicina, Pós-graduação em Medicina do Trabalho, Curitiba Paraná. E-mail: adrianohyeda@hotmail.com

(3)Eliane Mara Cesario Pereira Maluf: Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-graduação em Medicina Interna, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: eliana.cesario@yahoo.com.br


Costa E, Hyeda A, Maluf E. Burnout e Fatores de Risco para Doenças Crónicas não transmissíveis em Enfermeiros de um Serviço de Transplante de Medula Óssea. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2017, volume 3. 54-65. DOI:10.31252/RPSO.05.04.2017

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