LIVING AREA AS AN INSTRUMENT OF ATTENUATION TO OCCUPATIONAL HEAT IN WORKERS OF THE SUGAR CANE SECTOR
TIPO DE ARTIGO: Observacional Analítico Transversal
AUTORES: Fiorentin A(1).
RESUMO
Introdução e Objetivos
Os trabalhos rurais desenvolvidos a céu aberto com exposição ao calor podem atingir facilmente os limites de tolerância estabelecidos pela NR15, sendo difíceis as medidas de controle sem as pausas oferecidas ao trabalhador em locais termicamente mais amenos, para regulação da temperatura corporal, como por exemplo as áreas de vivência, se usadas adequadamente.
Assim, este trabalho objetivou avaliar o conforto térmico propiciado pelas áreas de vivência aos trabalhadores rurais do setor canavieiro e respetivos limites de tolerância.
Metodologia
O estudo decorreu numa frente de trabalho de uma indústria sucroalcooleira no município de Jaboticabal-S. Paulo, para a função de auxiliar agrícola. A mensuração do calor ocorreu em janeiro, com o medidor de estresse térmico instalado nos ambientes de trabalho.
Resultados
O IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termómetro de Globo) para as atividades de campo foi de 30,18ºC, enquanto que na área de vivência obteve-se o valor de 25,67ºC; a média resultante foi de 28,67ºC. Para as situações em que as tarefas se restringissem somente a ocupações a céu aberto, as atividades seriam caracterizadas como insalubres com 3,48ºC acima do limite de tolerância da NR15.
Conclusões
A atenuação ao calor oferecido pela área de vivência mostrou-se eficaz.
Palavras-chave: Estresse térmico; calor ocupacional; limite de tolerância; área de vivência; cana-de-açúcar.
ABSTRACT
Introduction and Objectives
Rural work in the open air with heat exposure can easily reach the tolerance limits established by NR15 and control measures are difficult if the pauses offered to the worker in thermally cooler places for body temperature regulation are not adequate, as living areas, if conveniently used.
Thus, this study aimed to evaluate the thermal comfort provided by living areas to rural workers in the sugarcane sector and compliance with tolerance limits.
Methodology
The study was carried out in front of a sugar cane industry in the municipality of Jaboticabal-S. Paulo, for the function of agricultural assistant. The measurement of heat occurred in January, with the thermal stress meter installed in the work environment.
Results
The GBTI (Globe Bulb Thermometer Index) for the field activities was 30.18ºC, while in the living area the value was 25.67ºC; the resulting mean was 28.67°C. For situations where tasks were restricted only to outdoor occupations, activities would be characterized as unhealthy at 3.48°C above the tolerance limit of NR15.
Conclusions
The heat attenuation offered by the living area proved to be effective.
Keywords: Thermal stress; occupational heat; tolerance limit; living area; sugar cane.
INTRODUÇÃO
Os trabalhos rurais na maioria das vezes são desenvolvidos a céu aberto, com exposição ao calor, tendo como principal fonte geradora a radiação solar1-2.
Nestas atividades profissionais os limites de tolerância estabelecidos pelas normas podem ser ultrapassados facilmente pelos fatores climáticos sazonais, sendo difíceis as medidas de controle se as pausas oferecidas ao trabalhador, como forma de atenuação e regulação da temperatura corporal em locais termicamente mais amenos, não forem adequadamente utilizadas3-4. Esses locais (denominados “áreas de vivência”) necessitam de ser melhor avaliados quanto à sua eficácia de atenuação na sobrecarga térmica.
Assim, este estudo objetivou avaliar o conforto térmico propiciado por áreas de vivência para trabalhadores rurais do setor canavieiro e o atendimento aos limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora Nº15 anexo 03 – “Limites de tolerância para exposição ao calor”.
MÉTODOS
A área de estudo para o desenvolvimento deste trabalho faz parte de um conjunto de terras com vocação ao cultivo de cana-de-açúcar, localizada no interior do estado de São Paulo, no município de Jaboticabal.
A monitorizarão dos dados climáticos do município para análise das temperaturas locais e escolha para a data de avaliação ambiental, foi feita a partir dos dados gerados pela estação climatológica da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita” (FCAV/UNESP), campus de Jaboticabal.
A função escolhida para o estudo será a de “auxiliar agrícola” de uma indústria sucroalcooleira da região, para atividades relacionadas à aplicação de vinhaça (resíduo do processo de fabricação do álcool pela cana-de-açúcar, aplicado ao solo como fertilizante agrícola5).
O conjunto de tarefas desenvolvidas pelo auxiliar agrícola é caracterizada basicamente por dois ciclos de trabalho, com atividades moderadas no campo, na aplicação da vinhaça e atividades leves na gestão administrativa, desenvolvida no interior da área de vivência. Deste modo recorreu-se à Norma Regulamentadora (NR) nº15, anexo 3, quadro nº 3 para determinação da taxa metabólica para cada uma das atividades.
Para o levantamento a campo das avaliações ambientais de calor foi utilizado o termómetro de globo, modelo TGD-400, fabricante Instrutherm, com adoção ao método estabelecido pela NHO nº 6, tendo por base o Índice de Bulbo Úmido Termómetro de Globo – IBUTG, calculado através das Equações 1 ou 2:
Ambientes internos ou externos sem carga solar direta
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg …….(1)
Ambientes externos com carga solar direta
IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs …….(2)
Onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural em ºC
tg = temperatura de globo em ºC
tbs = temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) em ºC.
Para os trabalhos desenvolvidos pelo auxiliar agrícola a céu aberto foi utilizada a Equação 2; já para as atividades realizadas dentro da área de vivência fez-se uso da Equação 1.
Como a atividade de aplicação de vinhaça ocorre em duas condições, trabalho moderado (a céu aberto) e trabalho leve (área de vivência), as Equações 3 e 4 utilizadas para cálculo da Taxa Metabólica (M) e IBUTG médio são respectivamente:
Onde:
Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md = taxa de metabolismo no local de descanso.
Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
Onde:
= IBUTG médio ponderado no tempo em °C
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
As leituras das temperaturas a céu aberto foram iniciadas, por volta das 13h30, enquanto que na área de vivência às 14h10, após a estabilização do equipamento, sendo adotado um tempo de 25 minutos para este fim, conforme estabelecido pela NHO nº6.
Foram coletadas vinte medições da temperatura ambiente, anotadas a cada minuto, sendo que as três últimas variações não ultrapasaram ±0,2ºC, conforme preconiza o método estabelecido pela NHO nº6.
Para determinação da taxa metabólica, correspondente a essa parcela do ciclo de trabalho, recorreu-se a Norma Regulamentadora (NR) nº15, anexo 3, quadro nº3 – Taxas de metabolismo por atividade, sendo adotada a atividade “Em pé: Trabalho moderado em máquina ou bancada com alguma movimentação”, cuja taxa metabólica corresponde a 220 Kcal/h.
Após a escolha da data propícia à realização das avaliações, o investigador deslocou-se à empresa sucroalcooleira, para acompanhamento da frente de trabalho e determinação do local para instalação dos equipamentos.
O medidor de estresse térmico para a frente de trabalho à céu aberto foi instalado nas proximidades do canavial ao qual os trabalhadores estavam locados. Para o local de descanso o equipamento de medição foi instalado no interior da área de vivência, estacionada nas proximidades do local de trabalho.
Para determinação do ciclo de trabalho/ descanso, recorreu-se à análise da tarefa, para contabilização dos tempos de trabalho do auxiliar agrícola no desenvolvimento de suas atividades no período de sessenta minutos.
Para a fundamentação da avaliação de calor ocupacional deste estudo, será utilizado o software “Sobrecarga Térmica”, desenvolvido pela FUNDACENTRO (fundação com o propósito de produzir e difundir conhecimento sobre Saúde, Segurança e Meio Ambiente6) em parceria com o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), que realiza a estimativa da sobrecarga térmica recebida pelo trabalhador que desenvolve atividades à céu aberto.
CONTEÚDO
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2017)7, o cultivo da cana-de-açúcar justifica cerca de 90% da área agrícola do município, daí a escolha do local de estudo.
O clima tropical da região é um fator determinante que favorece a agricultura; de acordo com o sistema de classificação climática de Köeppen, o município de Jaboticabal – S. Paulo é caracterizado pela classe Aw: clima tropical chuvoso com inverno seco e frio com temperatura média superior a 18ºC. O mês mais seco tem precipitação inferior a 60mm e com período chuvoso que se inicia em meados do mês de outubro8.
Conforme os dados históricos da estação climatológica da FCAV/UNESP, o município de Jaboticabal tem seu ápice de calor no mês de janeiro, quando a temperatura média diária máxima, calculada entre os anos de 1971 a 2000, compreende cerca de 31ºC, como ilustrado pela Figura 1.
O fato de janeiro ser considerado historicamente o mês de maior calor, culminou para sua escolha como período de avaliação de stress térmico para realização deste estudo, conforme preconiza a Norma de Higiene Ocupacional (NHO) nº 69: “A determinação do Índice de Bulbo Úmido Termúmetro de Globo Médio, IBUTG, e da Taxa Metabólica Média, M, representativos da exposição ocupacional ao calor, deve ser obtida em um intervalo de sessenta minutos corridos, considerado o mais crítico em relação à exposição ao calor.
Na atividade selecionada para o estudo, o operador instala o equipamento de aspersão de vinhaça num ponto determinado da lavoura de cana-de-açúcar, sendo que o mesmo, por auto propulsão, recolhe a mangueira por meio de um carretel (a velocidade de recolha da mangueira e pressão da moto-bomba determina a vazão a ser aplicada); o operador também realiza atividades de manutenção nos equipamentos, afim de mantê-los em pleno funcionamento e operação.
O trabalhador, além das atividades a campo, desempenha tarefas de suporte operacional nos intervalos entre as aplicações de vinhaça. Neste período é desenvolvida a gestão das atividades por meio de anotações: vazão, condição local e solo, qualidade da aplicação, espalhamento, velocidade do vento, entre outras.
Tais atividades são desenvolvidas dentro da área de vivência, com condições de conforto e insolação mais amenas, comparada ao trabalho a céu aberto, sendo considerada local de descanso, tal como a Norma Regulamentadora nº1510 define “[…] considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve”. Para esta atividade conforme a NR15, adotou-se a atividade “Sentado: Movimentos moderados com braços e tronco”, cuja taxa metabólica corresponde a 125Kcal/h.
A atividade de gestão do trabalho é desenvolvida em áreas de vivência móveis que se deslocam para as frentes de trabalho conforme necessário; as mesmas são confeccionadas por chapas metálicas e sua cobertura forrada em manta com isolamento térmico; inclui áreas reservadas para descanso, alimentação e higienização.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A adoção do dia específico de avaliação do calor ocupacional, contou com o acompanhamento das médias térmicas e previsão de temperaturas para o mês de janeiro, por meio dos dados diários gerados pela estação meteorológicas da FCAV/UNESP e deste modo, concluiu-se que o dia 25 atingisse um período favorável para altas temperaturas, conforme indica a Figura 2.
Os valores das temperaturas de bulbo seco, úmido e globo, com seus respectivos valores IBUTG coletados pelo equipamento são apresentados pela Tabela 1.
O cálculo de IBUTG médio para o ciclo de trabalho/descanso, contou com a análise da tarefa, no qual foi constatado que o ciclo de trabalho do auxiliar agrícola para atividade de aplicação de vinhaça em um período de 60 minutos se desenvolve:
– 40 minutos em atividades a céu aberto: instalação de equipamento, regulagem de vazão, abertura de válvulas, posicionamento das mangueiras e ativação do fluxo de vinhaça; com adoção da taxa metabólica de 220 Kcal/h;
– 20 minutos em atividades de gestão no interior da área de vivência: anotações de vazão, indicadores, taxa e volume de aplicação e espera para mudança do posicionamento do aspersor; com adoção da taxa metabólica de 125 Kcal/h.
Assim, para o cálculo da taxa metabólica média tem-se a partir da Equação 3:
Para o mesmo período de trabalho/descanso e considerando as avaliações de calor nos respectivos locais o IBUTG médio é dado a partir da Equação 4:
A atividade de aplicação de vinhaça desenvolvida pelo auxiliar agrícola consome uma taxa metabólica de 188,33Kcal para um calor mensurado no período mais crítico de IBUTG médio de 28,67ºC.
Como forma comparativa foi extraído a partir do software da Fundacentro o relatório de sobrecarga térmica para o dia 25 de janeiro, com valores de entrada:
– Período: 25/01/2017 a 25/01/2017;
– Atividade: De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada;
– Cobertura de solo: Culturas (cana, soja, arroz, trigo, amendoim, etc.).
O relatório de sobrecarga térmica é apresentado no Quadro 1.
De acordo com os dados extraídos da estação meteorológica de FCAV/UNESP, em Jaboticabal e no mês de janeiro de 2017, existiram dias com temperaturas acima de 34ºC, nomeadamente no terceiro dia do ano e com temperatura mínima no último dia do mês, com 17,9ºC.
Os dados climáticos para o mês de janeiro indicam que houve dias com temperaturas superiores aos marcados para o dia 25 de janeiro.
Alguns investigadores destacam a dificuldade na determinação do período crítico quando a exposição ao calor ocorre ao longo do ano, como no caso estudado11.
A avaliação ambiental realizada no local de trabalho (a céu aberto) obteve média IBUTG de 30,18ºC, valor acima do limite de tolerância estabelecido pela NR15, que determina para trabalhos contínuos com atividade moderada o valor limite de 30ºC, uma realidade apresentada pelos autores em atividades ligadas ao setor sucroalcooleiro, em função da necessidade de produção e cumprimento de metas12.
A coleta no interior da área de vivência teve início às 14h13 e término as 14h32, tendo como média IBUTG 25,67ºC. Nota-se uma tempera mais amena em relação ao local de trabalho o que gera um maior conforto térmico ao trabalhador, função desenvolvida pelos locais de descanso conforme destacados por alguns investigadores13. Embora esta atividade esteja a baixo dos limites de tolerância, deve-se considerar o ciclo de trabalho, no qual a resultante gera um valor de IBUTG equivalente a 28,67ºC. Conforme demonstrado pela NR15, anexo 3, quadro nº2, para a taxa metabólica de 200 Kcal o máximo IBUTG é de 30,0ºC, portanto, a atividade se encontra abaixo do limite de tolerância.
Também se percebe que caso as atividades de auxiliar agrícola (aplicação de vinhaça), restringissem somente ao local de trabalho e não houvessem atividades em locais com temperaturas amenas, como as desenvolvidas em área de vivência, a atividade seria insalubre.
Através dos valores gerados pelo software da Fundacentro é possível verificar que o índice de calor máximo da avaliação a campo foi atingido por volta das 13h com IBUTG de 29,3ºC, o software também sugere um regime de trinta minutos de trabalho / trinta minutos de descanso, considerando que o local de descanso seja no próprio local de trabalho e que não haja área de vivência como o caso em estudo.
Também é notória a similaridade entre os valores encontrados pela avaliação feita a campo em comparativo ao software da Fundacentro que se difere em décimos de graus.
O período da realização das avaliações a campo também foi positivo tendo em vista que o ápice de calor ocorreu próximo ao horário das medições, às 13 horas da tarde.
CONCLUSÃO
O município de Jaboticabal, escolhido para realização do estudo, compreende um local favorável para o desenvolvimento das avaliações de calor ocupacional (em atividades a céu aberto), tendo em vista, que a região tem características rurais, sobretudo a nível da cana-de-açúcar.
A cidade possui uma estação meteorológica localizada no campus da Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP), no qual, seu histórico também auxilia na acurácia dos dados climáticos, importantes para determinação do melhor período, termicamente mais crítico ao trabalhador, para realização das medições de calor.
O relatório de estimativa de sobrecarga térmica gerado pelo software da Fundacentro se mostrou relevante para a caracterização do calor ocupacional em atividades a céu aberto, com similaridade aos valores resultantes das medições realizadas no campo.
A distribuição de tarefas realizadas pelo auxiliar agrícola na aplicação de vinhaça, com parte das atividades em campo e outras de gestão, caracterizam classes de gastos metabólicos distintos, a primeira moderada (220 kcal/h) e a segunda leve (125 kcal/h), sendo que esta última colabora com a redução da temperatura adquirida com a exposição solar.
O índice de sobrecarga térmica IBUTG para as atividades de campo foi de 30,18ºC. Na possibilidade das tarefas do auxiliar agrícola se restringirem somente as ocupações à céu aberto, tais atividades seriam consideradas insalubres, com 3,48ºC acima do limite de tolerância de 26,7ºC para trabalho contínuo.
A atenuação de calor oferecido pela área de vivência mostrou-se eficaz para a atividade, uma vez que os períodos de trabalho realizados no interior da mesma, foram suficientes para descaracterizar a insalubridade desta atividade.
REFERÊNCIAS
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Tabela 1–Dados da avaliação de stress térmico do Auxiliar Agrícola (Aplicação de vinhaça)
# | Área de trabalho | Área de descanso | |||||||||
Hora | Bulbo
Seco |
Bulbo
Úmido |
Globo | IBUTG | Hora | Bulbo
Úmido |
Globo | IBUTG | |||
1 | 13:29 | 36,0 | 26,5 | 41,5 | 30,45 | 14:13 | 22,6 | 30,5 | 24,97 | ||
2 | 13:30 | 36,0 | 26,5 | 41,6 | 30,47 | 14:14 | 22,5 | 30,4 | 24,87 | ||
3 | 13:31 | 35,5 | 26,5 | 41,8 | 30,46 | 14:15 | 22,5 | 30,0 | 24,75 | ||
4 | 13:32 | 35,8 | 26,5 | 41,0 | 30,33 | 14:16 | 22,6 | 29,7 | 24,73 | ||
5 | 13:33 | 35,8 | 26,4 | 41,0 | 30,26 | 14:17 | 22,5 | 32,0 | 25,35 | ||
6 | 13:34 | 35,8 | 26,2 | 41,0 | 30,12 | 14:18 | 22,6 | 32,4 | 25,54 | ||
7 | 13:35 | 35,3 | 26,0 | 41,2 | 29,97 | 14:19 | 22,7 | 32,4 | 25,61 | ||
8 | 13:36 | 35,3 | 26,0 | 41,1 | 29,95 | 14:20 | 22,6 | 32,4 | 25,54 | ||
9 | 13:37 | 35,5 | 26,0 | 41,3 | 30,01 | 14:21 | 22,7 | 32,4 | 25,61 | ||
10 | 13:38 | 35,5 | 26,2 | 41,3 | 30,15 | 14:22 | 22,8 | 35,1 | 26,49 | ||
11 | 13:39 | 35,6 | 26,0 | 41,2 | 30 | 14:23 | 22,7 | 34,4 | 26,21 | ||
12 | 13:40 | 35,4 | 26,1 | 41,3 | 30,07 | 14:24 | 22,7 | 34,1 | 26,12 | ||
13 | 13:41 | 35,3 | 25,9 | 41,2 | 29,9 | 14:25 | 22,8 | 33,2 | 25,92 | ||
14 | 13:42 | 35,8 | 26,1 | 41,6 | 30,17 | 14:26 | 22,8 | 33,1 | 25,89 | ||
15 | 13:43 | 35,4 | 26,1 | 41,5 | 30,11 | 14:27 | 22,9 | 33,4 | 26,05 | ||
16 | 13:44 | 35,5 | 26,0 | 41,5 | 30,05 | 14:28 | 22,7 | 33,2 | 25,85 | ||
17 | 13:45 | 35,4 | 26,1 | 41,6 | 30,13 | 14:29 | 22,8 | 33,5 | 26,01 | ||
18 | 13:46 | 35,7 | 26,3 | 41,7 | 30,32 | 14:30 | 22,9 | 33,3 | 26,02 | ||
19 | 13:47 | 35,7 | 26,3 | 41,7 | 30,32 | 14:31 | 22,8 | 33,1 | 25,89 | ||
20 | 13:48 | 35,7 | 26,3 | 41,7 | 30,32 | 14:32 | 22,8 | 33,3 | 25,95 | ||
t | 30,18 | d | 25,67 | ||||||||
Fonte: Fiorentin (2017)16
Quadro 1 – Relatório de sobrecarga térmica – software Fundacentro
Data | Hora | IBUTG | Medida de Controle | Regime de Trabalho (Trabalho/Descanso) |
25/01 | 13 | 29,3 | Reduzir o tempo de exposição, uso de roupas leves permeáveis e claras e uso de chapéu ou touca árabe e proteção solar em dias quentes Incentivar a reposição de água fresca a cada 20 minutos, incentivar auto-limite da exposição em função dos sinais e sintomas e a informar a um supervisor os sintomas de alterações na saúde relacionadas ao calor. | 30 min. de trabalho / 30 min. de descanso |
25/01 | 14 | 28,2 | Idem acima | 30 min. de trabalho / 30 min. de descanso |
25/01 | 15 | 28 | Reduzir o tempo de exposição, uso de roupas leves permeáveis e claras e uso de chapéu com proteção do pescoço ou toca árabe e proteção solar. Incentivar a reposição à vontade de água fresca no trabalho. | 45 min. de trabalho / 15 min. de descanso |
Fonte: Adaptado de Fundacentro (2017b)17
(1) Ailton Moisés Xavier Fiorentin
Formado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Escola Politécnica/ USP – São Paulo, Mestre em Engenharia Ambiental pela EESC/ USP – São Carlos. Atualmente trabalha no Departamento de Engenharia Urbana com apoio ao Dep. de Segurança do Trabalho na Prefeitura de Brotas – SP. Atuou também no setor automobilístico na área de Segurança do Trabalho. Morada para correspondência: Rua António Rother, 33, Jardim do Bosque, Cep. 17.380-000, Brotas-SP. E-mail: ailton.fiorentin@gmail.com.br.
Fiorentin A. Área de vivência como instrumento de atenuação ao calor ocupacional em trabalhadores do setor da cana-de-açúcar. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2017, volume 3, 44-53. DOI:10.31252/RPSO.10.05.2017