WORK ACCIDENTS INVOLVING HEALTH PROFESSIONALS OF THE STATE OF SERGIPE BETWEEN 2008 AND 2012
TIPO DE ARTIGO: Estudo Epidemiológico (Observacional Analítico Transversal)
AUTORES: Fontes I(1), Costa T(2) , Santos C(3) .
RESUMO
Introdução
Acidente do trabalho (AT) é aquele proveniente do seu exercício a serviço da instituição ou do exercício do trabalho dos segurados especiais, podendo ocasionar lesão corporal ou distúrbio funcional, seja ele permanente ou temporário, por morte, perda ou limitação da capacidade para o trabalho.
Objetivo
O presente estudo objetivou verificar o índice de acidentes de trabalho (AT) envolvendo profissionais de saúde no estado de Sergipe no período entre 2008 a 2012.
Enquadramento
Estudo de abordagem quantitativa, descritiva, exploratória. Os dados foram coletados através de informações secundárias colhidas no banco de dados Dataprev.
Resultados / Discussão
Os resultados mostraram que os acidentes de trabalho entre profissionais de saúde no período de 2008 a 2012 prevaleceram no ano de 2012 com 27% e teve menor índice no ano de 2009 com 13%. Quanto ao tipo de acidente (típico/ trajeto) verificou-se que há prevalência de acidente típico (aqueles que ocorrem no próprio local de trabalho ou em outro onde o funcionário execute tarefas ao serviço do empregador ), com 88,8% no ano de 2008. A maioria dos AT ocorre no sexo masculino. No estado de Sergipe, a região de Lagarto obteve o maior índice de AT com 33,85%. Segundo as consequências, (Assistência Médica, Incapacidade com duração menor de 15 dias, Incapacidade com duração maior de 15 dias, Incapacidade Permanente) foram notificados 1.610 ocorrências, sendo que a ocorrência maioritária é assistência médica, por exemplo, no ano de 2012, com 59,2%.
Conclusão
Torna-se necessário encontrar medidas efetivas, intervenções e estratégias para uma adequada prevenção laboral, diminuindo assim a ocorrência dos acidentes e contribuindo para a melhoria da saúde do trabalhador e, consequentemente, reduzindo os custos associados.
Descritores: Saúde do trabalhador, profissionais de saúde, acidentes de trabalho.
ABSTRACT
Introduction
Work Accident (WA) is the one resulting from the exercise in the service of the institution or the exercise of the work of the special insured and may cause personal injury or functional disorder, whether permanent or temporary, death, loss or capacity limitation to the work.
Objective
This study aimed to verify the work accident rate (WA) involving health professionals in the state of Sergipe in the period from 2008 to 2012.
Background
Quantitative approach study, descriptive and exploratory. Data were collected through secondary information gathered in Dataprev database.
Results / Discussion
The results showed that accidents at work among health professionals from 2008 to 2012 prevailed in 2012 with 27% and had a lower rate in 2009 to 13%. Regarding the type of accident (typical / path) it was found that there is a prevalence of typical accident (those occurring in other workplace itself or where the employee perform tasks to the employer’s business) with 88.8% in 2008. Most occurs with males. In the state of Sergipe, the Lagarto region had the highest rate with 33.85%. According to the consequences (Medical Assistance, Disability lasting less than 15 days, disability lasting longer than 15 days, Permanent Disability) 1.610 occurrences were reported, and the occurrence more prevalent is medical assistence, especially in 2012 with 59,2%.
Conclusion
It is necessary to search for effective measures, interventions and strategies in occupational health so there is an effective prevention, thus reducing the occurrence of accidents and contribute to the improvement of occupational health and consequently reduce the costs envolved.
Descriptors: Occupational Health, Occupational Accidents.
INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério da Previdência Social, acidente do trabalho (AT) é aquele proveniente do seu exercício a serviço da instituição ou do exercício do trabalho dos segurados especiais, podendo ocasionar lesão corporal ou distúrbio funcional, seja ele permanente ou temporário, por morte, perda ou limitação da capacidade para o trabalho¹.
Os acidentes de trabalho (AT) dividem-se em: acidentes típicos (que são aqueles que ocorrem no próprio local de trabalho ou em outro onde o funcionário execute tarefas à serviço do empregador) e em acidentes de trajeto (que são aqueles que ocorrem com o trabalhador no percurso de casa para o trabalho ou vice-versa)².
Os profissionais de saúde ao prestarem assistência ao paciente estão sujeitos a diversos riscos relacionados à sua atividade ocupacional, nomeadamente químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, ocasionando doenças ocupacionais e acidentes de trabalho³.
A exposição a materiais biológicos e perfuro-cortantes, pode ser a porta de entrada das doenças infeciosas graves e letais, como por exemplo, as infecções pelo vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (VIH), Hepatite B(HBV) e C(HCV)4.
Entre os profissionais de saúde que têm maior prevalência de acidentes, destacam-se os médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, sobretudo pelo fato de prestarem assistência direta aos pacientes. Há outros profissionais de categorias não atuantes diretamente na assistência aos pacientes ou com seus fluídos corporais que também podem ser vítimas de acidentes biológicos, tais como trabalhadores de limpeza, lavandaria, manutenção e coleta de lixo5.
O ambiente de trabalho dos profissionais de saúde em si é insalubre, dado lidarem com pacientes portadores de diferentes tipos de enfermidades infectocontagiosas e realizarem procedimentos capazes de oferecer riscos de doenças e acidentes6,7.
No Brasil, devido à grande incidência dos acidentes de trabalho, o adoecimento e o absenteísmo entre profissionais da área da saúde despertou a atenção no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE que, atendendo às várias solicitações das entidades que representam as diversas categorias de trabalhadores da saúde, instituiu em 2005 a Norma Regulamentadora NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, através da portaria nº 485, porém a mesma foi atualizada pela portaria nº 1.748, de 30 de agosto de 2011. Essa Norma visa garantir condições de segurança, proteção e preservação dos profissionais que atuam em estabelecimentos de saúde, definindo diretrizes básicas. Ela recomenda para cada situação de risco a adoção de métodos preventivos e a capacitação dos trabalhadores para o trabalho seguro e eficaz8,9.
Qualquer acidente de trabalho obrigatoriamente deve ser comunicado e notificado após a sua ocorrência, através da emissão do formulário da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), devendo ser emitidas quatro vias assim direcionadas: 1ª via ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), 2ª via ao assegurado ou dependente, 3ª via para o sindicato de classe do trabalhador e 4ª via à empresa10.
Os dados utilizados da Previdência Social são restritos aos trabalhadores segurados que perfazem apenas um terço da população economicamente ativa ocupada, onde há um índice de sub-registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN dificultando assim a veracidade dos dados11.
Diante do exposto, este estudo objetivou verificar o índice de acidentes de trabalho no Estado de Sergipe no período de 2008 a 2012, contextualizando com a literatura os principais riscos de AT entre os profissionais de saúde e analisando-os segundo sexo, faixa etária, ano (2008 a 2012), região de saúde (municípios), tipos de AT (típicos, de trajeto, profissionais de saúde), com ou sem CAT e acidentes de trabalho liquidados. Foi escolhido este período, pois foram utilizadas bases de dados nacionais onde os dados, no período da coleta (agosto a outubro de 2015) apresentavam-se disponíveis até o ano de 2012.
O Estado de Sergipe é composto por 75 municípios e tem como capital a cidade de Aracaju, composto por uma população atual, estimada em 2014, de 2.219.574 mil habitantes. A coleta de dados foi realizada através das informações secundárias colhidas do banco de dados (DATAPREV), obtendo-se registros sobre acidentes entre os profissionais de saúde do estado de Sergipe. Esta surgiu na década de 70, instituída pela Lei nº 6.125, de 4 de novembro de 1974, vinculada ao Ministério da Previdência Social (MPS), onde são processados os dados12.
METODOLOGIA
O estudo foi do tipo quantitativo, descritivo, exploratório onde foram analisadas informações através do banco de dados nacional da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV), relativos aos acidentes de trabalho no Estado de Sergipe entre 2008 a 2012. O armazenamento dos dados foi realizado através software estatístico Biostat 5.3 que permitiu a gestão e a análise estatística dos mesmos13.
As variáveis que fizeram parte do estudo foram: sexo, faixa etária, ano (2008 a 2012), região de saúde (municípios), tipos de AT (típicos, de trajeto, profissionais de saúde), com ou sem CAT, acidentes de trabalho liquidados (por assistência médica, incapacidade em até 15 dias, com mais de 15 dias e incapacidade permanente) e o Cadastrao Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) versão 2.0. Quanto aos aspectos éticos, este estudo foi pautado de acordo com os princípios contidos na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde que incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, referenciais da bioética, tais como, autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e equidade, dentre outros, e visa a assegurar os direitos e deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade científica e ao Estado14.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo dados gerais de acidentes de trabalho apresentados pelo DATAPREV, quanto ao sexo, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, houve um maior registro de AT no ano de 2011 (22,1% e 22,2%, respetivamente). O ano com o menor número de registro foi 2008 para os homens (com 19,2%) e 2009 para as mulheres (com 18,0%). Com relação à faixa etária, os trabalhadores com idade entre 20 e 29 anos apresentaram as maiores ocorrências de AT, sendo que em 2008 aconteceu o maior percentual (20,5%), apesar de se manter uma constância entre os demais anos (Tabela 1)15.
Já na presença de CAT há um maior índice de 22,2% (2.532) dos registros em 2011 devido à maior sensibilização das empresas para preencher o formulário. Nos casos sem CAT em 2011 registrou-se 21,8% (877) casos de acidentes ocorridos sem o registro por parte da empresa e sim do próprio acidentado, seus dependentes, entidade sindical competente, médico que assistiu ou qualquer autoridade pública 16.
De acordo com o modelo gerencial do Sistema Único de Saúde (SUS), adotado em Sergipe, considera-se o Estado como uma macro-região subdividida em sete regionais, conforme visualizado geograficamente na Figura I.
Os acidentes de trabalho segundo regiões de saúde tiveram o seu maior quantitativo nos munícipios considerados sede, podendo essa análise estar enviesada pelo fato de concentrar a maioria da população economicamente ativa e maior mercado de trabalho. Chamando a atenção para a região de Lagarto, com 33,8% dos casos, concentrando o maior percentual de acidentes de trabalho no estado de Sergipe devido a existência de muitas fábricas, inclusive clandestinas, associadas à produção de fogos de artifício17.
Com relação aos dados de AT entre os profissionais de saúde durante o período de 2008 a 2012, a distribuição destes em Sergipe teve um aumento considerável no decorrer dos anos, correspondendo a um total de 1.634 acidentes, sendo que teve um menor índice no ano de 2008 com 12,9% (211) e um maior índice no ano de 2012 com 27,1% (442) (ver Gráfico 1).
Ao se distribuir os registros de AT entre os profissionais de saúde segundo o CNAE, a subclasse 86 (que engloba os trabalhadores das urgências, serviços móveis, ambulatoriais, diagnostico por imagem, hospitalares) foi a que apresentou o maior número de AT (1598, o equivalente a 97,8% dos AT). Entre os 5 anos dos registros observados, verificou-se que o ano de 2012 apresentou maior quantitativo de ocorrências (27,3%) e 2008 o menor (12,8%) (consultar Tabela 2).
Considerando esses valores, os acidentes caraterizados em típico e de trajeto corresponderam a um total de 1.502 no período entre 2008 a 2012. Observa-se que há uma maior predominância dos acidentes típicos (86,2%), sendo que em 2009 teve o menor número de casos com 83,4% (166) registros e em 2012 com o maior percentual de casos correspondendo a 87,4% (362) registros (analisar Tabela 3).
Já os acidentes de trajeto totalizaram-se 207 casos registrados, onde teve um aumento gradativo no decorrer dos anos, sendo que foram quantificadas 11,6% (22) ocorrências em 2008 havendo um maior percentual em 2012, com 52 ocorrências.
Alguns autores relatam que as causas genéricas de acidentes de trabalho no país são decorrentes da falta de sensibilização dos empresários e trabalhadores para a importância da prevenção das fatalidades do trabalho; turnos prolongadas; formação profissional inadequada; trajetória longa de transporte – casa para o trabalho e vice versa; alimentação do trabalhador inadequada; condições laborais insalubres; emprego clandestino e alta rotatividade da mão-de-obra18, 19, 20, 21, 22.
Outro registro analisado foi o dos acidentes de trabalho liquidados que ,segundo a Previdência Social, podem ser definidos como aqueles cujos processos foram encerrados administrativamente pelo INSS, por terem completado o tratamento e já terem sido indemnizadas as sequelas referentes aos acidentes notificados através do Sistema de Comunicação de Acidente do Trabalho e do Sistema Único de Benefícios – SUB. Entre 2008 a 2012 foram notificados 1.610 acidentes de trabalho liquidados entre os profissionais de saúde em Sergipe, com predominância em 2012 de 434 registros (26,9%) e menor prevalência em 2008 com 13,1% (211) notificações. A análise dsses dados traz a reflexão de que, com o passar dos anos houve um aumento da incidência de AT, ocasionando incapacidades laborais custos a Previdência 6, 22,10 (ver Tabela 4).
A Tabela 5, por sua vez, mostra a frequência dos AT liquidados entre os profissionais de saúde em Sergipe, segundo as consequências relacionadas, nos anos de 2008 a 2012. De acordo com a Previdência Social, o trabalhador pode ter como consequências, ficar afastado em decorrência do agravo para assistência médica, mas pode também apresentar incapacidade, que pode levar ao afastamento de até 15 dias, superior a 15 dias ou permanente7,8,22.
No caso desses afastamentos, na maior parte das situações foi necessária apenas a assistência médica nos anos 2008 (44,5%), 2010 (51,2%), 2011 (53,5%) e 2012 (59,2%). Já com relação às incapacidades com até 15 dias, houve um percentual de 44,5% em 2008 e 46,7% em 2009. A incapacidade com mais de 15 dias, o maior quantitativo foi observado no ano de 2009 (15,9%) e a incapacidade permanente registrou 1 caso em todos anos analisados, exceto em 2009, onde ocorreram 2 casos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos durante a pesquisa permitiram concluir que os acidentes de trabalho envolvendo os profissionais de saúde do Estado de Sergipe entre 2008 a 2012 aumentaram consideravelmente no decorrer dos anos. Observou-se também que a maioria dos AT ocorre com pessoas do sexo masculino. Este achado sinaliza que os homens, ainda são o sexo mais vulnerável para a ocorrência dos AT, necessitando-se de uma implementação mais eficaz das politicas de saúde e segurança no trabalho e de saúde do homem, nos ambientes laborais.
Outro dado relevante foi o fato destes AT terem sido mais observados em idades mais jovens, o que demostra uma relação com o inicio da vida ocupacional.
Outro ponto importante que necessita ser analisado, foi o fato do banco de dados do DATAPREV não disponibilizar informações como o quantitativo de trabalhadores por profissão, mas apenas por grupo de atividades, o que limita a análise, pois não se tem como saber quais profissionais, especificamente, acidentam-se mais, percentualmente.
Vale ressaltar que a avaliação das variáveis foi abordada de acordo com informações secundárias, colhidas no banco de dados DATAPREV, deixando claro que pode haver uma subnotificação de registros, pois quando ocorre um acidente de trabalho deve ser realizada a CAT junto a Previdência Social e em alguns casos essa comunicação não é feita.
Diante dessa problemática, há uma necessidade de uma reflexão quanto à prática laboral e os recursos fornecidos pelas empresas aos trabalhadores, ou seja, propiciar um ambiente com melhores condições de trabalho. Faz-se necessário a busca de medidas efetivas, intervenções e estratégias em saúde do trabalhador para que haja a prevenção, diminuindo assim a ocorrência dos acidentes e contribuir para a melhoria da saúde do trabalhador e consequentemente reduzir os custos que se tem com o acidentado.
REFERÊNCIAS
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9. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora – NR 32, 2005
10. Ministério da Presidência Social. Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, 2014. Brasília, 2014.
11. Santana V, Moura M, Soares J, Guedes M. Acidentes de trabalho no Brasil: dados de notificação do SINAN 2007-2008. Salvador: Centro Colaborador Universidade Federal da Bahia/ Coordenação Geral da Saúde do Trabalhador, Ministério da Saúde, 2009.
12. Ministério da Previdência Social. Dataprev – Empresa de tecnologia e Informações da Previdência Social, 2009. Brasília, 2009.
13. Ayres M, Ayres J M, Ayres D L, Santos A A. Bioestat – Aplicações estatísticas nas áreas das Ciências Bio-Médicas. Mamirauá. Belém, 2007,364
14. Ministério da Saúde. Resolução nº466, de 12 de Dezembro de 2012.
15. Bartolomeu T. Modelo de investigação de acidentes de trabalho baseado na aplicação de tecnologias de extração de conhecimento. Santa Catarina, 2002
16. Marziale M, Rodrigues C. A produção científica sobre os acidentes de trabalho com material perfuro-cortante entre trabalhadores de enfermagem. Revista Latino- Americana de Enfermagem.2002;10(4):10-20.
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22. Ministério da Previdência Social. Anuário estatístico da Previdência Social 2007- Secção I – Estatísticas de Acidentes do Trabalho – Subsecção B – Acidentes do trabalho liquidados. Brasília, 2007.
Tabela 1. Acidentes de trabalho, dados gerais em Sergipe, de 2008 a 2012. | |||||||||||
Ano | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | TOTAL | |||||
N | % | n | % | n | % | n | % | n | % | N | |
Sexo |
2.274 |
19,2 |
2.289 |
19,3 |
2.255 |
19,0 |
2.619 |
22,1 |
2.387 |
20,1 |
11.824 |
Masculino | |||||||||||
Feminino | 725 | 19,0 | 723 | 18,0 | 800 | 19,9 | 893 | 22,2 | 876 | 21,8 | 4017 |
1.113 |
20,5 |
994 |
18,3 |
1.086 |
20,0 |
1.154 |
21,3 |
1.065 |
19,6 |
5412 |
|
Faixa Etária | |||||||||||
20 a 29 anos | |||||||||||
30 a 39 anos | 927 | 18,1 | 989 | 19,3 | 991 | 19,3 | 1.095 | 21,4 | 1.110 | 21,7 | 2907 |
40 a 49 anos | 593 | 18,6 | 628 | 19,8 | 596 | 18,7 | 736 | 23,2 | 619 | 19,5 | 3172 |
Acima de 50 anos | 327 | 17,1 | 358 | 18,8 | 328 | 17,2 | 469 | 24,6 | 420 | 22,0 | 1902 |
Presença de CAT |
2.112 |
18,5 |
2.080 |
18,2 |
2.219 |
19,4 |
2.532 |
22,2 |
2.441 |
21,4 |
11384 |
Com | |||||||||||
Sem | 819 | 20,3 | 844 | 20,9 | 754 | 18,7 | 877 | 21,8 | 729 | 18,1 | 4023 |
Fonte: AEAT Ministério da Previdência, Brasil, 2015. |
Figura 1. Mapa das Regiões do Estado de Sergipe identificando o percentual de acidentes de trabalho.
Fonte: Adaptação do Mapa Regional Sanitário de Sergipe, AEAT Ministério da Previdência, Brasil, 2015.
Fonte: AEAT Ministério da Previdência, Brasil, 2015.
Tabela 2. Acidentes de trabalho em Sergipe segundo classes do CNAE 2.0: grande grupo Saúde humana e serviços sociais, subclasses 86, 87 e 88. Período de 2008 a 2012. | |||||||||||
Ano | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | TOTAL | |||||
N | % | n | % | n | % | n | % | n | % | N | |
CNAE Grupo 86* | 205 | 12,8 | 225 | 14,1 | 337 | 21,1 | 395 | 24,7 | 436 | 27,3 | 1598 |
CNAE Grupo 87* | 3 | 30,0 | 3 | 30,0 | 0 | 0,0 | 2 | 20,0 | 2 | 20,0 | 10 |
CNAE Grupo 88* | 3 | 11,5 | 5 | 19,2 | 7 | 26,9 | 7 | 26,9 | 4 | 15,4 | 26 |
Total | 211 | 54,37 | 233 | 63,31 | 344 | 48,01 | 404 | 71,64 | 442 | 62,67 | 1634 |
Fonte: AEAT Ministério da Previdência, Brasil, 2015. | |||||||||||
*Atividades de Atendimento Hospitalar, Serviços Móveis de Atendimento a Urgências, Serviços de Remoção de Pacientes, Exceto Os Serviços Móveis de Atendimento a Urgências, Atividades de Atenção Ambulatorial Executadas por Médicos e Odontólogos, Atividades de Serviços de Complementação Diagnóstica e Terapêutica, Atividades de Profissionais da área de Saúde, Exceto Médicos e Odontólogos, Atividades de Apoio à Gestão de Saúde, Atividades de Atenção à Saúde Humana não Especificadas Anteriormente | |||||||||||
**Atividades de Assistência a Idosos, Deficientes Físicos, Imunodeprimidos e Convalescentes Prestadas em Residências Coletivas e Particulares, Atividades de Fornecimento de Infra-Estrutura de Apoio e Assistência a Paciente no Domicílio, Atividades de Assistência Psicossocial e à Saúde a Portadores de Distúrbios Psíquicos, Deficiência Mental e Dependência Química, Atividades de Assistência Social Prestadas em Residências Coletivas e Particulares | |||||||||||
***Serviços de Assistência Social sem Alojamento |
Tabela 3 . Distribuição dos acidentes de trabalho com profissionais de saúde, em Sergipe, de 2008 a 2012, segundo tipo. | |||||
Ano | Típico | Trajeto | Total | ||
n | % | n | % | N | |
2008 | 168 | 88,4 | 22 | 11,6 | 190 |
2009 | 166 | 83,4 | 33 | 16,6 | 199 |
2010 | 274 | 84,3 | 51 | 15,7 | 325 |
2011 | 325 | 86,9 | 49 | 13,1 | 374 |
2012 | 362 | 87,4 | 52 | 12,6 | 414 |
Total | 1295 | 86,2 | 207 | 13,8 | 1502 |
Fonte: AEAT Ministério da Previdência, Brasil, 2015. |
Tabela 4. Acidentes de trabalho liquidados entre os profissionais de saúde, em Sergipe, de 2008 a 2012. |
||
Ano | N | % |
2008 | 211 | 13,1 |
2009 | 227 | 14,1 |
2010 | 338 | 21,0 |
2011 | 400 | 24,8 |
2012 | 434 | 26,9 |
Total | 1610 | 100,0 |
Fonte: AEAT Ministério da Previdência, Brasil, 2014. |
Tabela 5. Acidentes de trabalho liquidados entre os profissionais de saúde segundo consequencias, em Sergipe, de 2008 a 2012. | ||||||||||
Consequências | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | |||||
N | % | N | % | n | % | n | % | n | % | |
Assistência médica | 94 | 44,5 | 83 | 36,6 | 173 | 51,2 | 214 | 53,5 | 257 | 59,2 |
Incapacidade menos de 15 dias | 94 | 44,5 | 106 | 46,7 | 143 | 42,3 | 131 | 32,75 | 144 | 33,2 |
Incapacidade mais de 15 dias | 22 | 10,4 | 36 | 15,9 | 21 | 6,2 | 54 | 13,5 | 32 | 7,4 |
Incapacidade permanente | 1 | 0,5 | 2 | 0,9 | 1 | 0,3 | 1 | 0,25 | 1 | 0,2 |
TOTAL | 211 | 100,0 | 227 | 100,0 | 338 | 100,0 | 400 | 100,0 | 434 | 100,0 |
Fonte: AEAT Ministério da Previdência, Brasil, 2014.
[1] Ilva Santana Santos Fontes
MSc. Saúde Coletiva, Líder do Grupo de Estudos em Saúde e Trabalho (GESAT). Endereço para correspondência: Rua Matilde Silva Lima, 550 Andaluzia, Bairro Luzia, Aracaju/ Sergipe CeP 49.045. E-mail: ilva_ss@hotmail.com.
[2] Tamara de Jesus Costa
Enfermeira, Aracaju/SE. E-mail: tam_jc@hotmail.com.
[3] Carlize Batista dos Santos
Enfermeira, Aracaju/SE. E-mail: carlizebatista@gmail.com.
Fontes I, Costa T, Santos C. Acidentes de Trabalho envolvendo Profissionais de Saúde do Estado de Sergipe/ Brasil, entre 2008 e 2012. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional. 2016, volume 2, 24-32. DOI:10.31252/RPSO.13.07.2016