TIPO DE ARTIGO: Artigo de opinião
AUTORES: Santos M(1), Almeida A(2)
No atual século, a competição entre as empresas é determinante para a sua sobrevivência e a exigência para empregadores e trabalhadores é muito elevada, o que se reflete na sua saúde… A contratação de enfermeiros do trabalho pelas empresas/ entidades estatais deve assim ser observada como estratégia de gestão para aumentar a competitividade e não, como no passado, como uma obrigatoriedade legal para cumprir os mínimos de vigilância de saúde exigida para os trabalhadores.
É com esta visão que a Pós Graduação em Enfermagem do Trabalho da Universidade Católica Portuguesa se pretende afirmar, ajudando a formar profissionais capazes de: 1) colaborar na gestão da saúde do trabalhador ou de grupos de trabalhadores através da promoção de ambientes de trabalho saudáveis e seguros; 2) trabalhar inseridos numa equipa de saúde ocupacional, contribuindo com a sua visão disciplinar para a integração dos diferentes níveis de prevenção, de acordo com as caraterísticas do local de trabalho; 3) investigar os contextos laborais promovendo a otimização da saúde, a prevenção da doença/ do acidente e a redução dos riscos para a saúde.
Nesse sentido, a formação centra-se na otimização da capacidade individual para tomar decisões de enfermagem, em ambiente laboral, que otimizem a capacidade de intervenção da equipa de saúde ocupacional, para que no final o enfermeiro do trabalho seja capaz de assumir um papel estratégico nas empresas/ entidades estatais, tendo empregados e empregadores como seus clientes.
Assim, o curso prepara os enfermeiros para que norteiem todo o seu processo de intervenção em indicadores de eficácia e eficiência, para atingir os objetivos a que se propõem, e que resultam das parcerias que estabelecem com os trabalhadores, nomeadamente, o aumento da adesão a precauções de segurança e redução dos comportamentos de risco; o aumento da satisfação e da motivação laboral; a otimização dos processos de reintegração e reabilitação laboral; o aumento da adesão a estilos de vida saudáveis e responsabilização pelo regime terapêutico prescrito.
O enfoque na entidade patronal também não é descurado e, nesse sentido, a formação ajuda os Enfermeiro do Trabalho a terem presente a influência do seu papel para a capacidade produtiva das empresas, munindo-se de indicadores como a redução do absentismo laboral por doença/ acidente, redução dos acidentes de trabalho, redução da gravidade dos acidentes, aumento/manutenção da produtividade individual do trabalhador e diminuição/ atenuação das patologias médicas, profissionais e não profissionais, que interagem com a qualidade de vida e capacidade de trabalho.
Para mais informações/ inscrições: http://www.saude.porto.ucp.pt/pt/central-oferta-formativa/pos-graduacao-enfermagem-trabalho
(1)Mónica Santos
Licenciada em Medicina; Especialista em Medicina Geral e Familiar; Mestre em Ciências do Desporto; Especialista em Medicina do Trabalho; Presentemente a exercer nas empresas Medicisforma, Servinecra, Securilabor, CSW e SBE; Diretora Clínica das empresas Quercia e Gliese; Diretora da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. Endereços para correspondência: Rua Agostinho Fernando Oliveira Guedes, 42, 4420-009 Gondomar. E-mail: s_monica_santos@hotmail.com.
(2)Armando Almeida
Doutorado em Enfermagem; Mestre em Enfermagem Avançada; Especialista em Enfermagem Comunitária; Pós-graduado em Supervisão Clínica e em Sistemas de Informação em Enfermagem; Docente na Escola de Enfermagem (Porto), Instituto da Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa; Diretor Adjunto da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 4420-009 Gondomar. E-mail: aalmeida@porto.ucp.pt.
Santos M, Almeida A. Pós-Graduação de Enfermagem do Trabalho na Universidade Católica Portuguesa. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2018, volume 6, 1.








