Santos M, Almeida A, Lopes C, Oliveira T. Toxicidade dos Solventes em Contexto Laboral. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2019, volume 8, 1-22. DOI: 10.31252/RPSO/05.10.2019
SOLVENTS TOXICITY IN OCCUPATIONAL CONTEXT
TIPO DE ARTIGO: Revisão Bibliográfica Integrativa
Autores: Santos M(1), Almeida A(2), Lopes C(3), Oliveira T(4).
RESUMO
Introdução/ enquadramento/ objetivos
Os Solventes são usados com alguma frequência em determinados setores profissionais.
A noção de que a generalidade destes apresenta danos para a saúde humana é muito prevalente; contudo, dados mais concretos que façam a interação entre alguns solventes em específico e os danos médicos associados, já não são tão fáceis de encontrar.
Pretendeu-se com esta revisão elaborar um resumo do que mais pertinente e recente se publicou sobre o tema.
Metodologia
Trata-se de uma Revisão Bibliográfica Integrativa, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2019, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina, Academic Search Ultimate, Science Direct, Web of Science, SCOPUS e RCAAP”.
Conteúdo
Os diversos Solventes não estão estudados todos com a mesma profundidade; aqueles que apresentam mais estudos publicados inserem-se no grupo BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno).
No global, estão descritos danos aos mais diversos níveis, nomeadamente a nível do Sistema Nervoso Central, bem como na dimensão mielodisplásica/ hematológica, oncológica, reprodutora/ obstétrica, hepática, renal, cutânea, oftalmológica, otorrinolaringológica, endócrina, cardiovascular e respiratória.
Conclusões
Ainda que não seja difícil encontrar dados sobre a toxicidade geral dos solventes, a maioria dos documentos encontrados não é muito robusta metodologicamente; para além disso, ainda que alguns aspetos sofram falta de consenso ou até apresentem dados contraditórios, outros há que são genericamente aceites pela maioria dos investigadores.
Seria pertinente que o tema fosse melhor avaliado a nível nacional, por equipas de Saúde Ocupacional com recursos e competências para o fazer, de forma a não só melhorar as condições de trabalho do local onde exercem funções, como aperfeiçoar a caraterização do panorama nacional a este nível e acrescentar algo, se adequado, ao que genericamente está publicado internacionalmente nesta área.
PALAVRAS/ EXPRESSÕES- CHAVE: solventes, benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno, saúde ocupacional e medicina do trabalho.
ABSTRACT
Introduction / framework / objectives
Solvents are often used in certain professional sectors.
The notion that most of them present harm to human health is very prevalent; however, more concrete data that does interact between some specific solvents and certain medical damages is not so easy to find.
The aim of this review was to elaborate a summary of the most relevant and recent published data on this topic.
Methodology
This is an Integrative Bibliographic Review, initiated by a April 2019 search of the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: Comprehensive, MedicLatina, Academic Search Ultimate, Science Direct, Web of Science, SCOPUS and RCAAP”.
Content
The various Solvents are not all studied to the same depth; those with the most published studies fall into the BTEX group (benzene, toluene, ethylbenzene and xylene).
Overall, damage is described at various levels, namely at the Central Nervous System, myelodysplasic/ hematological, oncologic, reproductive/ obstetric, hepatic, renal, cutaneous, ophthalmologic, otorrynolaringologic, endocrine, cardiovascular and respiratory dimensions.
Conclusions
Although it is not difficult to find data on general solvent toxicity, most of the documents found are not very methodologically robust; moreover, while some aspects lack consensus or even present contradictory data, others are generally accepted by most researchers.
It would be pertinent for the issue to be better assessed at national level by occupational health teams with the resources and skills to do so, in order not only to improve the working conditions of the place where they are performing, but also to improve the characterization of the national landscape in this area, and even add something, if appropriate, to what is generally published internationally in this area.
KEY WORDS / EXPRESSIONS: solvents, benzene, toluene, ethylbenzene, xylene, occupational health and occupational medicine.
INTRODUÇÃO
Os Solventes são usados com frequência em determinados setores profissionais.
A noção de que a generalidade destes apresenta danos para a saúde humana é muito prevalente; contudo, dados mais concretos que façam a interação entre alguns solventes em específico e determinados danos médicos, já não são tão fáceis de encontrar.
Pretendeu-se com esta revisão elaborar um resumo do que mais pertinente e recente se publicou sobre este tema.
METODOLOGIA
Pergunta protocolar: quais os principais danos médicos associados ao contato com Solventes?
Em função da metodologia PICo, foram considerados:
–P (population): trabalhadores com exposição a Solventes
–I (interest): reunir conhecimentos relevantes sobre a exposição a Solventes em contexto ocupacional
–C (context): saúde ocupacional nas empresas com postos de trabalho com exposição a Solventes.
Foi realizada uma pesquisa em abril de 2019 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina, Academic Search Ultimate, Science Direct, Web of Science, SCOPUS e RCAAP”.
Contudo, como não se encontraram estudos relativos à realidade portuguesa nestas bases de dados indexadas, os autores procuraram trabalhos inseridos no RCAAP (Repositório Científico de Acesso Aberto em Portugal).
Nos quadros 1 e 2 podem ser consultadas as palavras/ expressões- chave utilizadas nas bases de dados e restantes procedimentos metodológicos.
Os autores pesquisaram o tema dos Solventes baseando-se em duas dimensões: consequências médicas gerais e biomarcadores. Após a leitura de todos os artigos selecionados perceberam que estes pouco abordaram a questão da hipoacusia (quer pelo agente químico em si, quer associado ao ruido) e aí realizaram uma terceira pesquisa, com esse objetivo específico. Contudo, no final, constataram que existiam muitos documentos que, apesar de estarem direcionados para um destes subtemas, apresentavam dados relevantes para pelo menos um dos outros subtemas, pelo que também foram inseridos, dado prevalecer o objetivo de resumir os dados mais relevantes e recentes, para obter uma melhor ferramenta de apoio à prática do setor, ainda que se tenha tornado a metodologia menos linear.
CONTEÚDO
Exemplos concretos de Solventes
Benzeno
O benzeno é volátil, incolor, muito inflamável e com odor adocicado. Foi descoberto em 1825 por Faraday [1].
Ele entra para o organismo via inalatória, cutânea [2] [3] [4] ou oral [1] [4]. A absorção pela primeira via é rápida, sendo neste contexto excretado como fenol, óxido de benzeno, benzoquinona, muconaldeídos, hidroquinona e catecol urinário [2]; após absorção a distribuição é razoavelmente rápida [1]. Em contexto ocupacional, a principal via é a inalatória, ainda que a absorção diminua com o aumento da concentração ambiental, eventualmente devido a saturação [5]; outros, por sua vez, publicaram que as principais vias de contato laborais são a inalatória e a cutânea [6]. Independentemente do contexto laboral ou não, alguns investigadores defendem que a via inalatória é sempre a mais relevante [4].
Enquanto que em alta concentração a toxicidade está bem documentada, o risco para quantidades menores não é tão consensual [7].
Acredita-se que a toxicidade é justificada sobretudo pelos metabolitos [2] [1] [8]- nomeadamente a nível oncológico [9], com destaque para a benzoquinona e os muconaldeídos e que se baseie no stress oxidativo, danos do DNA, alteração do ciclo celular e da apoptose (morte celular programada) [2]. Podem-se gerar espécies reativas de oxigénio e causar danos genéticos (quebras, trocas e/ ou alteração na capacidade de reparo do DNA) [10].
O benzeno não metabolizado é excretado na expiração e, em menor escala, também pela urina, sob o formato de fenol conjugado, hidroquinona, catecol e o trihidroxibenzeno. Contudo, à medida que a concentração ambiental aumenta, o sistema fica saturado e maiores quantidades de benzeno são expiradas [6].
A concentração de Benzeno na produção de tintas geralmente é inferior à dos setores em que se utilizam essas mesmas tintas, sobretudo se a ventilação não for a adequada. Por exemplo, dos quase 520.000 trabalhadores chineses estimados como expostos laboralmente ao benzeno, mais de metade pertencia ao setor da pintura. Não parecem existir diferenças significativas a nível de toxicidade entre os diferentes tipos de pintura [11].
A exposição mais intensa parece existir então na indústria da pintura [3] [5] [11],; também poderão ser relevantes o setor da produção de borracha [3] [11], produtos de limpeza [1] [3] [5], colas, vernizes, produção de calçado e couro [1], lubrificantes e pesticidas [3].
É um dos constituintes da gasolina [2] [10] [12] [13]– como aditivo [5] [14] [15]; ou seja, é prevalente na indústria petroquímica [4] [10] [16] [17]. Enquanto que noutros contextos o Benzeno foi parcialmente substituído por outras substâncias, nos produtos petrolíferos ele ainda continua muito presente [3] [13], ou seja, é o principal constituinte do petróleo [2]. Na Europa e nos EUA, os níveis máximos de benzeno na gasolina vão até 1% [4] [18]; em muitos países africanos este valor não existe como definição legal e pode atingir em alguns casos os 5% [18].
Pode estar ainda inserido nos cigarros [2] [9] [10] [13] [16] [17] [19] (pelo que os fumadores apresentam concentrações superiores [2], mesmo que passivos [17] ).
Outros autores afirmam que os dois principais setores industriais associados são a produção de benzeno em si e o uso deste na origem de outros agentes químicos [2] [9] [14] [16].
Para além disso, também é razoavelmente prevalente nos setores da aviação, transporte de mercadorias [4] [6] [13], policiamento, taxistas, pesca e produção de calçado [6], bem como metalurgia/ siderurgia e atividades com proximidade a impressoras [16].
A gravidade das consequências médicas depende da duração/ frequência da exposição, bem como da dose, para além do estado de saúde global e caraterísticas do indivíduo [18]. A toxicidade está ainda dependente da biotransformação e existe por isso intervariabilidade individual muito significativa [19].
Este agente tem vindo a ter limites de exposição progressivamente rebaixados ao longo dos anos [19], o que diminuiu muito o contato com esta substância [16]. Ou seja, ainda que existam exposições com elevadas concentrações a nível laboral (sobretudo em países não desenvolvidos), geralmente, a exposição mais frequente é em situações com baixas concentrações, até porque a concentração máxima permitida nos combustíveis baixou (como já se mencionou) e também surgiu legislação que proíbe o tabagismo em alguns locais [13].
A exposição aguda pode causar tontura [3] [16], euforia, irritação (respiratória, gastrointestinal, cutânea e ocular), edema pulmonar, convulsões e alterações motoras (paralisia) [3], bem como narcose, neurotoxicidade geral [6], cefaleia e naúsea [16], bem como depressão respiratória e eventual morte, ainda que o mecanismo de ação não seja compreendido na totalidade [6].
As principais alterações mielodisplásicas são:
- mieloma múltiplo[6] [20]
- leucemia linfocítica aguda[20]
- leucemia linfocítica crónica[20] [21]
- leucemia mieloide aguda- LMA[6] [21] [22] [23] [24]
- linfoma não Hodgkin[25], ainda que outros discordam [6] [24]
- anemia aplástica
- pancitopenia [2] [12]
- leucopenia[1] [5] [6] [12]
- agranulocitose[12]
- anemia[3] com macrocitose (para concentrações elevadas) [5]
- alterações na contagem de plaquetas[5],nomeadamente trombocitopenia
- eritrocitopenia [1] [6]
- aumento do volume corpuscular médio[6]
- neutropenia
- monocitose
- eosinófilia
- linfocitose[1].
A IARC classifica-o como cancerígeno grupo 1 (para humanos) [10] [12] [14] [16] [18] [24] [26] [27] [28] [29] desde 1982, baseando-se em casos de leucemia linfocítica aguda [20] e outros síndromes mielodisplásicos [16]. Contudo, existem estudos que proporcionaram resultados heterogéneos; no entanto, uma das meta-análises selecionadas concluiu que essa relação realmente existe e com um contexto de dose-resposta (sobretudo para a LMA e linfocítica crónica [21]); mas não leucemia mielóide crónica [22]. A IARC analisou mais de cem estudos sobre o tema e concluiu que há evidência suficiente para associar o benzeno à LMA, mas evidência limitada para outras alterações hematológicas (como a leucemia linfoide aguda e crónica, mieloma múltiplo e linfoma não-Hodgking) [6]. O benzeno causa hematotoxicidade, ainda que o mecanismo exato não seja conhecido com clareza, apesar de se achar que tal está associado a espécies reativas de oxigénio e alterações cromossómicas [12].
Alguns investigadores publicaram que pode surgir anemia, mas para concentrações superiores a 10 ppm. As alterações nas outras linhagens celulares sanguíneas ocorrem acima de 8 ppm, contudo, o efeito final também depende da duração da exposição. Ou seja, se a exposição cessar numa fase inicial, poderá haver alguma reversibilidade dos danos [6].
Alguns investigadores consideram que a contagem de linfócitos é um dos parâmetros mais sensíveis para detetar a exposição ao benzeno [6]. Acredita-se que este agente consiga induzir quebras no seu DNA [6] [27] e que tal possa servir com um marcador de dano [27].
A anemia aplástica pode ser uma percursora da LMA, ou seja, proliferação descontrolada de células mieloides imaturas [6].
Para além destas questões hematológicas, o benzeno também se associa a:
- maior prevalência de parto pré-termo, bem como diminuição do diâmetro biparietal; ainda que tal não seja consensual[28]
- a evidência que associa a maior incidência ou aumento de gravidade da asma é de pouca qualidade e/ ou inconsistente[29]
- reações alérgicas[5]
- alterações neurológicas
- danos hepáticos [1] [2] [5] (que se refletem nas transaminases, sobretudo a partir de 10 ppm ainda que, para valores inferiores, os resultados tenham sido inconsistentes) [6]; o mecanismo pelo qual o benzeno altera a função hepática não é conhecido com clareza [2].
- perturbações imunológicas[30] [31]
- alterações renais[2] [5] [18] (que se manifestam na creatinina urinária)
- danos cutâneos (irritabilidade)[1]
- anormalidades cromossómicas e a nível dos micronúcleos, por exemplo nos linfócitos periféricos[32]
- perturbações visuais (em situações de exposição crónica)[3]
- alterações oncológicas no geral [2] [4] [7] [17] [18] [26]- nomeadamente a nível do pulmão, bexiga e pâncreas[10]
- danos reprodutivos (diminuição da fertilidade por alterações cromossómicas, aborto espontâneo, teratogenicidade e malformações, como a espinha bífida)
- anormalidades endócrinas[18]
- alterações cardiovascular e
- danos respiratórios[2] [18].
Tolueno
É um produto incolor, muito inflamável e volátil [18] [33], usado na produção de diversos agentes químicos [18] [24] [34], nomeadamente como constituinte de tintas [18] [24] [34] [35], diluentes [18] [36], perfumes [18], vernizes [18] [34] borracha [24], colas [24] [35], outros agentes de limpeza [35] [37], cosméticos [37] e como aditivo da gasolina [18] [37]. Contudo, globalmente é usado sobretudo como solvente [35] [37] [38]. Está classificado pela IARC como grupo 3. A absorção ocorre sobretudo via inalatória e cutânea [35].
Causa alterações a nível do SNC (Sistema Nervoso Central) [24] [34] [35] [38] [39], nomeadamente depressão do mesmo [18] [36] [39], ou seja, confusão [18], descoordenação motora [18] [36] [39], síncope [18] [36]; bem como alteração na perceção das cores [38] ou visuais em geral [36], diminuição do desempenho nos testes neurocomportamentais [38], alterações na memória [34], sonolência ou até morte [36]; por exemplo, segundo alguns investigadores, níveis na ordem das 200 ppm [18] por 8h originam geralmente astenia, cefaleia [18] [36] [38] [39] e tontura [18] [38] [39].
Poderá estar associado a baixo peso ao nascer e a teratogenecidade/ alterações congénitas [29] [40] e aborto (acima de 100 ppm) [38]; tal como parto pré-termo e maior mortalidade infantil [40]. Contudo, as investigações não são consensuais, ainda que se saiba que atravessa rapidamente a placenta e deposita-se no tecido adiposo e cérebro do feto [29]. Apesar de ser considerado fetotóxico [38] [39] [41], (categoria 3, 2 CLP- Classificação de substâncias perigosas), alguns investigadores defendem que, abaixo dos níveis máximos permitidos, não é necessário trocar por outro agente químico equivalente [41]. Por sua vez, é classificado pela European Chemical Agency como tóxico em contexto de reprodução (categoria 2, ou seja, suspeito de perturbar a fertilidade ou induzir danos no feto) [34].
A O nível de evidência que associa este agente a maior incidência ou aumento de gravidade da asma ou a outras alterações alérgicas é de pouca qualidade e/ ou inconsistente [29]. É, contudo, irritante aos níveis orofaríngeo, cutâneo e ocular [18].
Está publicada a sua ototoxicidade direta, para além de que pode potenciar os danos no ruído, se existir exposição simultânea [34] [38]; tal como a sua geno [10] [34], hepato e nefrotoxicidade [35] (sobretudo em quantidades muito elevadas) [38].
Estão também descritas alterações oftalmológicas e a nível de hipertensão arterial [39], em alguns dos documentos consultados.
Etilbenzeno
É facilmente absorvido pelas vias cutâneas, inalatória e gastrointestinal [18].
É uma substância inflamável, usada na produção do estireno e xilenos [18]. Ou seja, o xileno comercializado geralmente contém etilbenzeno [42].
Afeta o SNC de forma aguda [18] e crónica [18] [42], nomeadamente através de tontura, síncope, tremor e alterações respiratórias [18].
A IARC considera que a exposição crónica pode potenciar o risco de cancro [18]. Está inserido no grupo 2B (possivelmente carcinogénio) [42] [43]. Experiências em animais defendem que este agente pode originar cancro do rim, testículo, pulmão e fígado de ratos, via inalatória [42]. Contudo, segundo a Comissão Europeia, por exemplo, ele não é cancerígeno [44].
Tem ainda a capacidade de causar irritação ocular, cutânea e a nível das mucosas [42].
Xileno
Este agente é incolor e apresenta um odor doce, existindo nas formas líquida e gasosa; ocorre naturalmente no petróleo, carvão e alcatrão. É quase insolúvel na água [45]. Existem os isómeros orto, meta e para (o, m, p) [18] [45]. O xileno comercializado geralmente contém etilbenzeno [42]. A absorção ocorre vias inalatória e cutânea [35].
A maioria dos xilenos é usado na indústria dos revestimentos [18], como solvente industrial e na composição de tintas [35] [45], colas e agentes de limpeza [35]; bem como vernizes, desengordurantes, plásticos, diluentes, pesticidas, borracha e couro artificial. Em quantidades menores também pode ser encontrado nos combustíveis (de carro e avião) [45]- como aditivo [18], bem como nos cigarros [45].
É irritante a nível das mucosas [42], cutâneo [18] [42], orofaríngeo, bem como ocular; pode causar alterações respiratórias, gastrointestinais [18], renais, hepáticas [18] [35] e a nível do SNC [18] [35] [42] [46] (como depressor). Contudo, o risco de carcinogenicidade, mesmo com exposição crónica, não foi encontrado, em estudos com animais [18]. É classificado pela IARC como grupo 3 [35].
Um dos artigos selecionados especificou que, em relação a questões respiratórias, a evidência que associa este agente a maior incidência ou aumento de gravidade da asma ou outras alterações alérgicas é de pouca qualidade e/ ou inconsistente [29].
É possível que consiga danificar o DNA dos linfócitos periféricos, com destaque para os micronúcleos (podendo tal condição funcionar como biomarcador) [27].
Alguns estudos associam (ainda que não de forma consensual) a alterações do foro reprodutivo, como baixo peso nascer, parto pré-termo, alterações congénitas e posterior maior mortalidade infantil [40]; ou seja, poderá ser considerado genotóxico [10].
BTEX
O conjunto formado pelo benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno designa-se por BTEX [30].
Alguns estudos associam (ainda que não de forma totalmente consensual) a exposição aos agentes aqui inseridos a alterações do foro reprodutivo, como baixo peso nascer, parto pré-termo e maior mortalidade infantil [40]; bem como anormalidades na produção de esperma e gametas masculinos, irregularidades menstruais, aborto espontâneo [18], alterações congénitas e atraso no crescimento intrauterino [18] [40]. Ou seja, estes agentes aparentam ser genotóxicos [18].
A exposição crónica poderá causar danos hepáticos, renais, cardíacos, pulmonares, do SNC (em contexto cognitivo e/ou comportamental) e a nível da medula óssea [18].
Um dos estudos selecionados avaliou, por exemplo, a qualidade do ar em Teerão e estimou que, entre os principais contaminantes, 31, 27, 23 e 19% correspondia a benzeno, o-xileno, etilbenzeno e tolueno, respetivamente. As concentrações de alguns destes atingiram o patamar no qual se considera que pode passar a existir risco oncológico. Por sua vez, no Gana, em postos de abastecimento de combustíveis, percebeu-se que estes profissionais apresentavam maior risco de desenvolver patologia oncológica pela exposição aos solventes BTEX [18].
Gasolina
A IARC classifica este produto como eventualmente carcinogénico para humanos (2B, 2013). Dentro dos componentes desta, realça-se o benzeno, inserido na categoria 1A [44], como aditivo [15] [46]. Contudo, a concentração do benzeno não pode ser superior a 1% em volume, na União Europeia, desde o ano 2000 [16], como já se mencionou anteriormente.
A principal consequência aguda da exposição à gasolina é a depressão do SNC. Podem surgir ataxia, vertigem, confusão, cefaleia, alterações da visão e discurso lentificado; para concentrações mais elevadas é possível que ocorra coma e até morte. Alterações hematopoiéticas a considerar serão a anemia e a hipocromia. Acredita-se que o consumo recreativo e crónico de gasolina possa causar alterações cardíacas [18].
Clorofórmio (ou triclorometano)
Trata-se de um líquido incolor, com aroma adocicado e volátil à temperatura ambiente. No passado foi usado como anestésico; presentemente é utilizado na produção de outros agentes químicos, a nível da refrigeração e revestimentos; participa também no processo de branqueamento de papel. O seu uso como desinfetante na água diminuiu a incidência de inúmeras infeções- daí que a exposição também possa ser oral, através da ingestão desta água ou por inalação (no banho, por exemplo) [47].
Demonstrou ser capaz de causar alterações durante a gravidez, em estudos com ratos, nomeadamente a nível do atraso na ossificação, baixo peso ao nascer, fenda palatina e aborto; contudo, outros autores não encontraram tal evidência em humanos (exceto um estudo que refere eventual maior risco para espinha bífida e alterações cardíacas) [47].
Isopropanolol (álcool isopropílico ou propanol)
Apresenta odor frutado e sabor amargo. Pode ser encontrado em produtos de limpeza/ desinfetantes, anticongelantes, cosméticos, tintas e fármacos [48].
É rapidamente absorvido após ingestão (sobretudo), tal como através da inalação, a nível cutâneo ou até retal [46]. A eliminação é maioritariamente por via renal, ainda que também possa ocorrer através do pulmão. A semivida varia de três a oito horas [48].
O mecanismo que justifica a toxicidade não está totalmente esclarecido, mas poderá passar pela depressão do tronco cerebral/ respiratória e até choque cardiovascular. A vasodilatação periférica pode levar a hipotensão e, por vezes, taquicardia compensatória e/ ou outras disritmias [48].
Acetona
A acetona também pode contribuir diretamente para a depressão do SNC, manifestada através de letargia, tontura, coma, hiporeflexia, hipotonia, ataxia, cefaleia, confusão, disartria, tremor, síncope, convulsão (esporadicamente), miose/ midríase e nistagmo. A depressão respiratória pode ser acompanhada por cianose, taquipneia e hipoxia; por vezes até ocorrem episódios de pneumonia de aspiração. Podem também surgir náusea, vómito e cólica abdominal; bem como gastrite hemorrágica e hematemese. Por vezes ocorrem rabdomiólise, hemólise, disfunção hepática e hepatomegalia; bem como oligúria, insuficiência renal aguda e necrose tubular renal aguda. Podem verificar-se cetonemia e cetonúria. O ar expirado pode ter um aroma frutado [48].
Se a via de contato tiver sido oral, poderá ser relevante proceder a uma lavagem gástrica/ aspiração nasogástrica (contudo, dada a absorção rápida, tal só é pertinente até trinta minutos após o contato inicial); contudo, também se pode potenciar o risco de vómito e aspiração pulmonar. A eficácia do carvão ativado parece ser baixa. Se a via de contato tiver sido a cutânea, poderá ser pertinente tentar lavar a pele com sabão e água [48].
Um dos artigos publicou que encontrou uma relação estatisticamente significativa entre a esclerose sistémica e a exposição a alguns solventes, nomeadamente um risco até quatro vezes superior para a acetona [49].
Estireno
É usado em contexto industrial, na produção de outros agentes químicos, com destaque para o setor do plástico endurecido. Alguns autores consideram que consegue produzir alterações cromossómicas, sobretudo a nível dos micronúcleos [50]. Pode também interagir com o metabolismo dos glucocorticoides, tiroideu, progestagénico e apresentar efeitos cancerígenos [40], segundo alguns autores.
Naftaleno
Também se acredita que esta substância possa ser carcinogénica [40] mas não surgiram mais detalhes entre os artigos selecionados.
Diclorometano ou cloreto de metileno
É um solvente orgânico, frequentemente usado na indústria, sobretudo a nível de limpeza de metais, bem como removedor de tinta/ colas e em materiais de construção e móveis. Dada a sua volatilidade, é geralmente encontrado na atmosfera [51].
Está associado a hepatotoxicidade em estudos com animais, quer por via oral, quer inalatória; alterações neurológicas também foram mencionadas. Está classificado como sendo provavelmente cancerígeno para humanos, sobretudo a nível hepático e pulmonar (dado proveniente de estudos em animais) e cerebral; bem como linfoma não-Hodgkin e mieloma múltiplo [51].
Tricloroetileno
A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa motora, atribuída à perda de neurónios dopaminérgicos da substância negra, sendo que alguns investigadores colocam a hipótese de existir uma etiologia toxicológica associada, por exemplo, a solventes e, dentro destes, o tricloroetileno- em estudos com animais alguns investigadores consideram que se comprovou isso, mas tal não é consensual [52].
Outro dos artigos consultados publicou uma relação estatisticamente significativa entre a esclerose sistémica e a exposição a alguns solventes, com um risco duas vezes superior para este agente em específico [49].
Hexano
Acredita-se que a exposição a n-hexano pode levar a danos neurológicos, nomeadamente neuropatia periférica. A 2,5-hexanodiona (principal metabolito) pode estar diretamente implicada na neurotoxicidade [53].
Outros dados não específicos para um solvente em particular
A exposição a solventes em geral, para doses baixas, pode levar a euforia [33] [36] ou até a atividade alucinatória. Com doses mais elevadas (e em contexto agudo) poderão justificar-se convulsões e/ ou coma [36]; bem como anestesia, alterações cardiovasculares, respiratórias ou até morte [33]. A longo prazo considera-se que há aumento do risco oncológico [36], bem como alterações cognitivas, emocionais ou até encefalopatia [33].
Encontrou-se uma relação estatisticamente significativa entre a exposição a solventes (no global) e alterações na visão a cores (discromatopsia) [54].
A perda de audição com exposição simultânea a ruído e a solventes é superior a cada um dos elementos, individualmente. Por sua vez, o risco verificado em misturas de agentes químicos também é diferente do somatório de cada um, individualmente [18].
DISCUSSÃO/ CONCLUSÃO
Ainda que não seja difícil encontrar dados sobre a toxicidade geral dos solventes, a maioria dos documentos encontrados não é muito robusta metodologicamente; para além disso, ainda que alguns aspetos sofram falta de consenso, outros há que são genericamente aceites pela maioria dos investigadores, nomeadamente os danos a nível do SNC, no contexto oncológico e/ ou obstétrico/ reprodutor, pelo menos para alguns dos solventes mais estudados (sendo que o Benzeno é o mais investigado).
Seria pertinente que o tema fosse melhor avaliado a nível nacional, por equipas de saúde ocupacional com recursos e competências para o fazer, de forma a não só melhorar as condições de trabalho do local onde exercem funções, como aperfeiçoar a caraterização do panorama nacional a este nível e acrescentar algo, se adequado, ao que genericamente está publicado nesta área.
CONFLITOS DE INTERESSE, QUESTÕES ÉTICAS E/OU LEGAIS
Nada a declarar.
AGRADECIMENTOS
Nada a declarar.
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Quadro 1: Pesquisa relativa aos danos médicos dos Solventes em geral
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RCAAP | solvente | revisão sistemática | -título
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0 | 2 | Não |
SCOPUS | solvent | systematic review | -2014 a 2019
-texto completo -humano |
143 | 3 | Sim |
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Science Direct | 7426 | 5 | Não | |||
+ review articles; revistas de química e de medicina | 217 | 6 | Sim | |||
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Quadro 2: Pesquisa relativa aos danos médicos pesquisando alguns Solventes em específico
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Systematic Review | hexane | -2014 a 2019
-texto completo -humano |
3 | 8 | Sim |
heptane | 0 | 9 | Não | |||
turpentine | 0 | 10 | Não | |||
benzene | 28 | 11 | Sim | |||
toluene | 8 | 12 | Sim | |||
xylene | 5 | 13 | Sim | |||
dichloromethane | 2 | 14 | Sim | |||
chloroform | 6 | 15 | Sim | |||
carbon tetrachloride | 2 | 16 | Sim | |||
methanol | 9 | 17 | Sim | |||
ethanol | 272 | 18 | Não | |||
+ serum | 5 | 19 | Sim | |||
+ urine | 1 | 20 | Sim | |||
propanol | 2 | 21 | Sim | |||
phenol | 127 | 22 | Sim | |||
ethylene glycol | 7 | 23 | Sim | |||
diethyl ether | 0 | 24 | Não | |||
dioxane | 1 | 25 | Sim | |||
acetone | 2 | 26 | Sim | |||
methyl ethyl ketone | 0 | 27 | Não | |||
Ethyl acetate | 2 | 28 | Sim | |||
butylamine | 0 | 29 | Não | |||
pyridine | 150 | 30 | Sim | |||
dimethylformamide | 0 | 31 | não | |||
RCAAP | revisão sistemática | (sem aplicabilidade) | -título
-pesquisa avançada |
32 | não | |
SCOPUS | Systematic Review | -acesso a resumo
-humano -publicação entre 2009 e 2019 |
||||
hexane | 10 | 33 | Sim | |||
heptane | 5 | 34 | Sim | |||
turpentine | 2 | 35 | Sim | |||
benzene | 59 | 36 | Sim | |||
toluene | 34 | 37 | Sim | |||
xylene | 21 | 38 | Sim | |||
dichloromethane | 4 | 39 | Sim | |||
chloroform | 19 | 40 | Sim | |||
Carbon tetrachloride | 16 | 41 | Sim | |||
methanol | 30 | 42 | Sim | |||
ethanol | 243 | 43 | Não | |||
+ serum | 6 | 44 | Sim | |||
+ urine | 5 | 45 | Sim | |||
propanol | 39 | 46 | Sim | |||
phenol | 175 | 47 | Sim | |||
Ethylene glycol | 15 | 48 | Sim | |||
diethyl ether | 2 | 49 | Sim | |||
dioxane | 1 | 50 | Sim | |||
acetone | 22 | 51 | Sim | |||
Ethyl methyl ketone | 2 | 52 | Sim | |||
Ethyl acetate | 3 | 53 | Sim | |||
butylamine | 0 | 54 | Não | |||
pyridine | 171 | 55 | Sim | |||
dimethylformamide | 1 | 56 | Sim | |||
Science Direct | Systematic Review | -acesso a resumo
-humano -publicação entre 2009 e 2019 |
||||
hexane | 2.813 | 57 | Não | |||
heptane | 4.407 | 58 | Não | |||
turpentine | 234 | 59 | Não | |||
benzene | 7.204 | 60 | Não | |||
toluene | 5.826 | 61 | Não | |||
xylene | 2.897 | 62 | Não | |||
dichloromethane | 2.742 | 63 | Não | |||
chloroform | 4.883 | 64 | Não | |||
carbon tetrachloride | 1.211 | 65 | Não | |||
methanol | 13.109 | 66 | Não | |||
ethanol | 20.798 | 67 | Não | |||
propanol | 10.626 | 68 | Não | |||
phenol | 24.620 | 69 | Não | |||
ethylene glycol | 10.216 | 70 | Não | |||
diethyl ether | 164 | 71 | Não | |||
dioxane | 1.163 | 72 | Não | |||
acetone | 7.678 | 73 | Não | |||
methyl ethyl ketone | 5.760 | 74 | Não | |||
Ethyl acetate | 4.768 | 75 | Não | |||
butylamine | 301 | 76 | Não | |||
pyridine | 4.293 | 77 | Não | |||
dimethylformamide | 1.477 | 78 | Não | |||
Web of Science | Systematic Review | -acesso a resumo
-humano -publicação entre 2009 e 2019 |
||||
hexane | 7 | 79 | Sim | |||
heptane | 3 | 80 | Sim | |||
turpentine | 2 | 81 | Sim | |||
benzene | 45 | 82 | Sim | |||
toluene | 22 | 83 | Sim | |||
xylene | 13 | 84 | Sim | |||
dichloromethane | 2 | 85 | Sim | |||
chloroform | 8 | 86 | Sim | |||
Carbon tetrachloride | 11 | 87 | Sim | |||
methanol | 39 | 88 | Sim | |||
ethanol | 254 | 89 | Não | |||
propanol | 6 | 90 | Sim | |||
phenol | 51 | 91 | Sim | |||
ethylene glycol | 17 | 92 | Sim | |||
diethyl ether | 2 | 93 | Sim | |||
dioxane | 0 | 94 | Não | |||
acetone | 10 | 95 | Sim | |||
methyl ethyl ketone | 1 | 96 | Sim | |||
ethyl acetate | 4 | 97 | Sim | |||
butylamine | 0 | 98 | Não | |||
pyridine | 21 | 99 | Sim | |||
dimethylformamide | 0 | 100 | Não | |||
Academic Search Ultimate | Systematic Review | -acesso a resumo
-humano -publicação entre 2009 e 2019 |
||||
hexane | 8 | 101 | Sim | |||
heptane | 0 | 102 | Não | |||
turpentine | 0 | 103 | Não | |||
benzene | 19 | 104 | Sim | |||
toluene | 8 | 105 | Sim | |||
xylene | 6 | 106 | Sim | |||
dichloromethane | 0 | 107 | Não | |||
chloroform | 2 | 108 | Sim | |||
Carbon tetrachloride | 12 | 109 | Sim | |||
methanol | 13 | 110 | Sim | |||
ethanol | 102 | 111 | sim | |||
propanol | 1 | 112 | Sim | |||
phenol | 87 | 113 | Sim | |||
Ethylene glycol | 0 | 114 | Não | |||
diethyl ether | 0 | 115 | Não | |||
dioxane | 1 | 116 | Sim | |||
acetone | 6 | 117 | Sim | |||
Ethyl methyl ketone | 0 | 118 | Não | |||
Ethyl acetate | 10 | 119 | Sim | |||
butylamine | 0 | 120 | Não | |||
pyridine | 28 | 121 | Sim | |||
dimethylformamide | 0 | 122 | Não |
(1)Mónica Santos
Licenciada em Medicina; Especialista em Medicina Geral e Familiar; Mestre em Ciências do Desporto; Especialista em Medicina do Trabalho e Doutoranda em Segurança e Saúde Ocupacionais, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Presentemente a exercer nas empresas Medicisforma, Servinecra, Securilabor, Medimarco e Tradsafety; Diretora Clínica da empresa Quercia; Diretora da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. Endereços para correspondência: Rua Agostinho Fernando Oliveira Guedes, 42, 4420-009 Gondomar. E-mail: s_monica_santos@hotmail.com
(2)Armando Almeida
Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária, com Competência Acrescida em Enfermagem do Trabalho. Doutorado em Enfermagem; Mestre em Enfermagem Avançada; Pós-graduado em Supervisão Clínica e em Sistemas de Informação em Enfermagem; Professor Auxiliar Convidado na Universidade Católica Portuguesa, Instituto da Ciências da Saúde – Escola de Enfermagem (Porto) onde Coordena a Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho; Diretor Adjunto da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 4420-009 Gondomar. E-mail: aalmeida@porto.ucp.pt
(3)Catarina Lopes
Licenciada em Enfermagem, desde 2010, pela Escola Superior de Saúde Vale do Ave. A exercer funções na área da Saúde Ocupacional desde 2011 como Enfermeira do trabalho autorizada pela Direção Geral de Saúde, tendo sido a responsável pela gestão do departamento de Saúde Ocupacional de uma empresa prestadora de serviços externos durante 7 anos. Atualmente acumula funções como Enfermeira de Saúde Ocupacional e exerce como Enfermeira Generalista na SNS24. Encontra-se a frequentar o curso Técnico Superior de Segurança do Trabalho. 4715-028. Braga. E-mail: catarinafflopes@gmail.com
(4)Tiago Oliveira
Licenciado em Enfermagem pela Universidade Católica Portuguesa. Frequenta o curso de Técnico Superior de Segurança no Trabalho. Atualmente exerce a tempo inteiro como Enfermeiro do Trabalho. No âmbito desportivo desenvolveu competências no exercício de funções de Coordenador Comercial na empresa Academia Fitness Center, assim como de Enfermeiro pelo clube de futebol União Desportiva Valonguense. 4435-718 Baguim do Monte. E-mail: tiago_sc16@hotmail.com