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Estatuto editorial

Condições de Trabalho e Vida de Manicures de um Município de Minas Gerais, Brasil

16 Junho, 2016Artigos Originais

 

MANICURIST LABOR CONDITIONS AND HEALTH IN A MUNICIPIE OF MINAS GERAIS STATE, BRAZIL


TIPO DE ARTIGO
: Artigo Epidemiológico (Observacional Analítico Transversal)
AUTORES: Vieira M(1), Silveira C(2).

 

RESUMO

Introdução

Os principais fatores de riscos/ riscos ocupacionais destas profissionais são o contato com agentes químicos, agentes biológicos, posturas forçadas/ mantidas, vibrações, movimentos repetitivos com os membros superiores e, eventualmente, turnos prolongados, ruído e queimaduras. Para além disso, o vínculo laboral pode ser frágil e/ou informal.

Objetivo

Identificar as condições de vida e trabalho de manicures de um município do interior de Minas Gerais, caracterizando-as quanto ao seu perfil biopsicossocial.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, de caráter epidemiológico, ocorrido no interior de Minas Gerais, Brasil. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (08180012.3.0000.5137). A entrevista foi realizada utilizando um instrumento estruturado, testado e validado. A análise de dados foi realizada a partir da estatística descritiva.

Resultados

Foram pesquisadas 74 mulheres. 66,2% utilizavam equipamentos de proteção individual, destacando-se 47,2% para o caso das luvas de látex. Para além disso, 14,9% trabalhavam mais de doze horas por dia. Quanto a acidentes de trabalho, 79,7% já tiveram algum episódio, salientando-se 23,9% com eventos associados a objetos corto-perfurantes. 74,3% trabalhavam sem vínculo legal oficial e 47,3% não descontavam para a previdência social.

21,6% referia lesão por esforço repetitivo e/ou outras doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (LER/DORT). Ficou realçado que 32,0% sentiam dores na coluna, ainda que 35,2% não tomasse medicação. 62,2% fez alguma vacina nos últimos cinco anos.

Conclusão

As profissionais estudadas apresentavam lacunas a nível de conhecimentos relativos aos seus riscos laborais, pelo que se sugerem estratégias de capacitação de forma a prevenir/ atenuar as doenças profissionais e os acidentes de trabalho.

Palavras – chave: Saúde do Trabalhador; Riscos Ocupacionais; Local de Trabalho; Cultura da beleza.

 

ABSTRACT

Introduction

The main occupational risks/ risks factors of these professionals are the contact with chemical agents, biological agents, forced postures, vibrations, repetitive movements with their arms and eventually extended shifts, noise and burns. In addition, the employment relationship can be brittle and/ or informal.

Objective

Identify the living conditions of manicures that work of a city in the interior of Minas Gerais, characterizing also their biopsychosocial profile.

Methods

This is a descriptive study, with a quantitative epidemiologic approach. The study was approved by the Research Ethics Committee (08180012.3.0000.5137). The interview was conducted using a structured, tried and tested instrument. Data analysis was carried out using descriptive statistics.

Results

74 women were surveyed. 66.2% used personal protective equipment, such as 47,2% in the case of latex gloves. 14.9% worked more than twelve hours a day. 79.7% have suffered an accident at work, such as 23.9% pierced with working tools. 74.3% work without labor registration and 47.3% do not contribute to social security.

21.6% had repetitive strain injury and work-related musculoskeletal disorders (RSI/ MSDs); besides that 32,0% felt back pain; but 35.2% were not taking medication. 62.2% did some vaccine in the past five years.

Conclusion

These professionals showed gaps in the knowledge concerning its occupational hazards; it is necessary to develop training strategies to prevent/ attenuate occupational diseases and work accidents.

Keywords: Occupational Health; Occupational Hazards; Workplace; Beauty Culture.


INTRODUÇÃO

A generalidade das profissões enfrenta alguma reestrutração produtiva, influenciada pela globalização, precarização do trabalho, desemprego, perda de direitos dos trabalhadores e legalização do trabalho temporário, que poderão contribuir para um agravamento dos riscos laborais1.

Os riscos ocupacionais podem ser físicos, químicos, biológicos, ergonómicos e psicológicos; para além disso, a forma como o trabalho é organizado, poderá proporcionar aos trabalhadores um processo laboral arriscado, inseguro e insalubre. Dependendo da maneira como é executado, com maior ou menor segurança e proteção, contando com equipamentos de proteção coletiva e/ou individual (EPIs), tecnologias sofisticadas ou rudimentares e ritmos de maior ou menor intensidade, o trabalho pode minar a saúde e segurança dos trabalhadores1.

Uma das profissões exposta aos riscos ocupacionais é a de manicure/ pedicure, profissional polivalente, capaz de executar diversas tarefas, em horários irregulares e posições desconfortáveis, geralmente sem supervisão e exposta aos riscos laborais atrás mencionados.

Alguns autores realçam, no contexto biológico, o risco de contato com o vírus da hepatite B, C e o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)2–4. As atividades exercidas nos salões de beleza e estética são favoráveis para a transmissão cruzada de microrganismos entre profissionais e clientes, em especial na ocorrência de acidentes com material cortoperfurante, com exposição sanguínea. A remoção do eponíquio (cutícula) aumenta ainda mais o risco de contato com sangue, dentro das tarefas de manicure/ pedicure7. Um dos artigos consultados quantificou que 45% da amostra estudada teve contato com sangue da cliente sem estar a usar luvas; essa mesma investigação registou que os pro­cedimentos mais comuns adotados pelas profissionais, após o contato com o sangue, foi lavar as mãos e passar por álcool; os autores salientaram também que algumas destas profissionais tinham também o hábito diário de passar acetona nas mãos5. A Hepatite B é uma doença infeciosa grave. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de dois bilhões de pessoas no mundo já se infetaram com o vírus, 350 milhões vivem com infeção crónica e 600.000 pessoas morrem anualmente6. Em relação à prevenção para a hepatite B, essa é feita através da vacinação, a qual é inexistente para a hepatite C. Em um estudo dentro desta classe profissional, 73% dos entrevistados responderam serem vacinados contra a hepatite B, embora a vacina esteja disponível para esta categoria laboral no Sistema Único de Saúde Brasileiro. Em uma pesquisa soroepidemiológica das hepatites B e C em manicures e/ou pedicures nos salões de beleza, constou-se 8% apresentavam anti-HBc (o que indica que o indivíduo teve contato com o vírus e o resultado positivo vai permanecer para sempre) e 2% apresentavam anti-HVC (o que indica exposição ao vírus, mas não distingue doença ativa e contato anterior com o vírus). Ainda assim, a adesão às normas de biossegurança pelas profissionais foi relativamente baixa e inadequada. O método de esterilização mais utilizado nos gabinetes situados em bairros foi a estufa (72%) e nos shopping centers foi o autoclave (36%). Esta investigação também quantificou o grau de conhecimento sobre as vias de transmissão, prevenção, normas de biossegurança e percepção de risco a agentes infeciosos com reelvância ocupacional e os resultados gerais não foram muito positivos8. É necessária assim a capacitação destas profissionais para a utilização dos EPIs e a correta esterilização dos materiais utilizados, caso contrário poder-se-á transmitir doenças entre cliente/profissional e vice-versa, ou ainda para os contatos íntimos das clientes e profissionais9. O desconhecimento sobre a importância da vacinação diminui a aderência à mesma10.

A incidência de LERT/DORT em mulheres é maior, eventualmente justificada por questões hormonais, dupla/ tripla ou até quadrupla jornada de trabalho13, menor robustez muscular e também pelo aumento de mulheres a ingressar no mercado laboral11. Estas profissionais podem ter turnos prolongados e/ou posturas forçadas/ mantidas, sobrecarregando a musculatura do ombro e dos braços12, ainda que poucas pesquisas foram encontradas com dados a respeito de LERT/DORT nesta classe laboral2,13 Marcolino (2010) ressalta que os profissionais devem adaptar os postos de trabalho para que sejam mais adequados e é importante conscientizá-los de que podem atenuar os impactos laborais adotando postura correta no exercício do trabalho, realizando ginástica laboral ou ainda exercitando-se com alongamentos musculares nos membros mais utilizados de acordo com as respectivas funções que exercem no salão de beleza.

Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi identificar as condições de trabalho e vida de manicures/ pedicures de um município do interior de Minas Gerais, caracterizando-as também quanto ao seu perfil biopsicossocial.


MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa e caráter epidemiológico. Ele decorreu num município do interior de Minas Gerais, com aproximadamente 150 mil habitantes dos quais cerca de 97% ocupam a área urbana e com empresas de grande porte na extração de minérios e grande empregabilidade no setor de serviços; nesta área geográfica existiam 174 salões/ centros de beleza.

Este estudo obedeceu aos procedimentos éticos estabelecidos pela Declaração de Helsinquia. A pesquisa foi aprovada pelo Comité de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (08180012.3.0000.5137). As participantes no estudo foram informadas pelos investigadoras relativamente aos objetivos do trabalho e à existência de anonimato, tendo posteriormente assinado o termo de consentimento livre e esclarecido.

Utilizou-se um Instrumento de Colheita de Dados composto por perguntas fechadas, construído e validado pelas autoras, que possibilitou conhecer os riscos percebidos durante a atuação profissional, bem como os dados socioeconómicos e outras características pessoais. Este foi apreciado por um grupo de juízes, constituídos por cinco enfermeiros, docentes com titulação de especialistas, mestres e/ou doutores, com vivência na saúde do trabalhador a fim de avaliar a coerência entre os objetivos da pesquisa, clareza, conteúdo e objetividade das questões.

Como critérios de inclusão foram considerados trabalhar nesta área profissional e ter pelo menos 18 anos.

Para análise dos dados usou-se o software Excel for Windows 2002, com dupla digitação dos dados em planilhas separadas para evitar erros de digitação. A análise foi feita com o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram pesquisados 74 indivíduos, sendo todos do sexo feminino, o que evidencia o caráter feminino da profissão2 (por favor, consultar Tabela 1).

Em relação à faixa etária, a média da idade foi de 30,2 anos; contudo, 28,4% tinha entre 46 a 55 anos e, tal como está descrito na bibliografia consultada, os problemas osteomusculares são mais prevalente à medida que a idade avança (pelo desgaste orgânico e pelo maior número de anos expostos a riscos laborais e/ou pessoais), além de serem mais frequentes neste género; ou seja, o processo de envelhecimento e exposição continuada à rotina profissional possui um forte impacto sobre a incidência de doenças posturais e dores referidas, além das condições de trabalho14.

Em relação ao estado civil, 40,5% eram solteiras. Mariussi e Almeida (2010) revelam que os avanços da mulher à procura da sua autonomia, pode fazer com que as mesmas tenham motivação acrescida para trabalhar mais horas e adquirir assim maior estabilidade económica. Quando questionadas a respeito de vencimentos, 62,2% mulheres relataram ganhar entre um a dois salários mínimos, mas 21,6% disseram que a remuneração mensal não ultrapassa um salário mínimo, sendo ainda que 39,2% são responsáveis isoladas pela sustentabilidade económica familiar.

Quanto à escolaridade 43,2% completaram o ensino médio. A escolaridade é um importante instrumento para as mulheres romperem as barreiras da discriminação e conquistarem seu espaço no mundo do trabalho remunerado15; quanto mais elevada, melhor as opções de ter trabalho saudável. Muitas profissionais que trabalham neste setor têm baixa escolaridade e, apesar do crescimento e evolução, não há nenhum tipo exigência legal de qualquer formação técnica ou capacitação do profissional para exercer essa atividade7.

Na Tabela 2 podem ser consultados os dados relativos às condições de saúde das manicures.

Em relação à existência de LERT/DORT, 21,6% relataram que algum profissional da saúde já tinha confirmado previamente o diagnostico; porém, durante a pesquisa, constatou-se que a maioria dessas mulheres não reconheciam exemplos concretos de patologia musculo-esquelética associada ao trabalho.

No presente estudo, 55,4% mulheres relataram sentirem algias diárias.

56,7% mulheres relataram que tomam algum tipo de medicação segundo prescrição do médico assistente e 8,1% assumiram fazer auto-medicação a nível de analgésicos e relaxantes musculares.

62,2% das mulheres afirmaram terem todas as vacinas recomendadas pelas normas nacionais. No entanto, quando questionadas a respeito das doses da vacina de hepatite B, a maioria diz ter tomado apenas uma dose, das três que são recomendadas.

Na Tabela 3, por sua vez, poderão ser consultadas as condições de trabalho das manicures.

Do total das entrevistadas, 41,9% relataram trabalhar apenas como manicures; as restantes assumiram acumular com outro tipo de ocupação, por questões financeiras. Aliás, 2,7% da amostra analisada e a trabalhar neste setor estava reformada/aposentada, tendo estas motivação equivalente.

Quando questionadas perante o uso de EPIs, 66,2% afirmaram usar pelo menos um e 47,2% relataram utilizar luvas de látex; no entanto, cerca de metade destas não teve problema em assumir que fazia reutilização, tornando a situação preocupante16.

Para além disso, 95,9% afirmaram conhecer kits comercializáveis com equipamento descartável e individual; no entanto, dado tornar o serviço mais caro, tal não é preferido pela generalidade dos empregadores e/ou clientes.

Na presente pesquisa, a forma mais utilizada para o controle do risco biológico entre as manicures foi o esterilizador simples (56,8%). De realçar que o órgão de Vigilância Sanitária brasileiro recomenda que os equipamentos devem ser lavados com água potável, detergente e escovas de cerdas macias; após limpos, devem ser condicionados em embalagens regularizadas e esterilizados em autoclaves.

Quando questionadas sobre quais que doenças podem desenvolver/ adquirir durante o exercício profissional, 17,6% disseram que pode contrair LER; 14,5% mencionaram os vírus da hepatite e 12,1% fizeram o mesmo para o HIV. Na bibliografia consultada surgiram autores que relataram que 95% destas profissionais afirmaram saber o que é AIDS e seu modo de transmissão e 55% a mesma situação, mas para a hepatite. Mas ainda que 87,5% acreditasse que podia adquirir estas infeções, somente 57,5% acreditava que essas doenças poderiam ser transmitidas através dos seus instrumentos de trabalho. Ainda no contexto infecioso, algumas mencionaram o risco de contrair micose5.

Quando questionadas em relação a acidentes de trabalho, 79,7% relatam já terem sofrido algum evento neste contexto, nomeadamente 23,9% com queimadura nos membros superiores no esterilizador; por sua vez, 22,2%, relataram que já tiveram contato com sangue dos clientes.


CONCLUSÕES

Pode-se constatar que a percepção das manicures/ pedicures estudadas quanto aos riscos laborais (sobretudo biológicos e ergonômicos) a que estão expostas é reduzida e, por isso, uma percentagem significativa destas profissionais referiu não usar/ não precisar de EPIs.

Sugerem-se estratégias no sentido de divulgar os riscos desta classe profissional, por exemplo, através de acções de formação, cursos profissionais e panfletos; sendo que o governo e outras instituições reguladoras do setor poderiam também atuar no sentido de elaborar normas/ legislação adequada.


CONFLITOS DE INTERESSE

Os autores declaram que não há conflitos de interesse.


AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o financiamento da pesquisa pelo Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIP) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.


BIBLIOGRAFIA

  1. Mendes R. Patologia do trabalho. 3a edição. Rio de Janeiro: Atheneu; 2013. 2070 p.
  2. Kieć-Swierczyńska M, Chomiczewska-Skóra D, Swierczyńska-Machura D, Krecisz B. Manicurists and pedicurists – occupation group at high risk of work-related dermatoses. Med Pr. 2013;64(4):579–91.
  3. Quach T, Von Behren J, Goldberg D, Layefsky M, Reynolds P. Adverse birth outcomes and maternal complications in licensed cosmetologists and manicurists in California. Int Arch Occup Environ Health. outubro de 2015;88(7):823–33.
  4. Silva LMS, Silva DC, Diniz JS, Felipe IMA, Nunes SPH. Prevenção da transmissão de hepatites virais entre manicures e pedicures – uma revisão. Infarma – Ciênc Farm. 2014;26(2):82.
  5. Diniz AF, Matté GR. Procedimentos de biossegurança adotados por profissionais de serviços de embelezamento. Saúde E Soc. 2013;22(3):751–9.
  6. Moreira ACA, Silva FL da, Silva JKF, Carvalho JLM de. Grau de informações dos profissionais de salões de beleza sobre AIDS e hepatite. Rev Ciênc Médicas E Biológicas. 2013;12(3):359–66.
  7. Garbaccio JL, Oliveira AC. Accidents with exposure to biological stuff, vaccine coverage and procedures after accidents among manicure/pedicure professionals. J Nurs UFPE Line 2013;7(6):4421–9.
  8. Oliveira ACDS de, Focaccia R. Survey of hepatitis B and C infection control: procedures at manicure and pedicure facilities in São Paulo, Brazil. Braz J Infect Dis. outubro de 2010;14(5):502–7.
  9. Melo FCA de, Isolani AP. Hepatite B e C: do risco de contaminação por materiais de manicure/pedicure à prevenção. Rev Saúde E Biol [Internet]. 2011 [citado 23 de setembro de 2014];6(2). Recuperado de: http://revista.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios2/article/view/696
  10. Garbaccio JL. Conhecimento e adesão às medidas de biossegurança entre manicures e pedicures [Internet] [Tese de Doutorado]. 2013 [citado 12 de setembro de 2014]. Recuperado de: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/GCPA-9GFK5W?show=full
  11. Przysiezny WL. Distúrbios Osteomúsculares Relacionados ao Trabalho: um enfoque ergonômico [Internet]. [citado 23 de setembro de 2014]. Recuperado de: http://www.progep.ufpa.br/progep/docsDSQV/DORT_-_LER.pdf
  12. Machado DC, Santos MMA, Bachiega JC, Corrêa JCF, Mesquita-Ferrari RA, Fernandes KPS, et al. Avaliação do desconforto postural em manicures. Conscientia Saúde. 2010;9(3):375–80.
  13. Massambani E de M. Incidência de distúrbios músculo esqueléticos em profissionais de estética: suas repercussões sobre a qualidade de vida e de trabalho. Arq Ciênc Saúde UNIPAR. 2011;15(1):51–62.
  14. Serra MVGB, Pimenta LC, Quemelo PRV. Efeitos da ginástica laboral na saúde do trabalhador: uma revisão da literatura. Rev Pesqui Em Fisioter [Internet]. 2015 [citado 19 de maio de 2016];4(3). Recuperado de: http://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/436
  15. Ziliotto DM, Santos LL dos. Histórias de Trabalho de Mulheres Negras com Ensino Superior. Rev Lat-Am Geogr E Gênero. 2015;6(2):71–91.
  16. Cortelli AFD. Procedimentos de biossegurança adotados por profissionais prestadores de serviços de manicure, pedicure, tatuagem, piercing e maquiagem definitiva no município de Jacaréi – SP [Internet] [Dissertação]. [São Paulo]: Universidade de São Paulo; 2012 [citado 19 de abril de 2016]. Recuperado de: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-26102012-114155/

 


TABELA 1 – Distribuição das manicures de uma cidade mineira, segundo dados biopsicossociais. Minas Gerais, Brasil 2014(n=74).

Categorias Variáveis Total
f %
Faixa etária 15 – 25 anos 13 17,6
26 – 35 anos 17 23,0
36- 45 anos 19 25,7
46 – 55 anos 21 28,4
56 – 65 anos 4 5,4
Total 74 100,0
Estado Civil Casada/União estável 32 43,2
Solteira 30 40,5
Divorciada 10 13,5
Viúva 2 2,7
Total 74 100,0
Raça Branca 63 85,1
Negra/mulata/parda 11 14,9
Total 74 100,0
Escolaridade Ensino médio completo 32 43,2
Ensino fundamental completo 18 24,3
Ensino fundamental incompleto 12 16,2
Ensino médio incompleto 9 12,2
Ensino superior completo 3 4,1
Total 74 100,0
Renda familiar Até 1 salário 16 21,6
1 a 2 salários 46 62,2
3 a 4 salários 10 13,5
Acima de 5 salários 2 2,7
Total 74 100,0
Responsável pela renda da família Sim 29 39,2
Não 44 59,5
Igual 1 1,4
Total 74 100,0
Quantas pessoas vivem dessa renda 1 pessoa 19 25,7
2 pessoas 24 32,4
3 pessoas 24 32,4
4 pessoas 4 5,4
5 pessoas 3 4,1
Total 74 100,0
Quantidade de filhos 1 filho 16 21,6
2 filhos 19 25,7
3 ou mais filhos 14 18,9
Não tem filhos 25 33,8
  Total 74 100,0

 

 

TABELA 2 – Distribuição das manicures de uma cidade mineira, segundo condições de saúde. Minas Gerais, Brasil 2014(n=74).

Categorias Variáveis Total
f %
Doenças diagnosticadas Hipertensão 19 25,7
LER/DORT 16 21,6
Micose 2 2,7
Hepatite B 1 1,4
Diabetes 1 1,4
Não se aplica 35 47,3
Total 74 100,0
Sente dores no corpo regularmente Sim 41 55,4
Não 33 44,6
Total 74 100,0
Localização das dores *
Coluna 39 31,9
Pescoço 21 17,2
Mãos 18 14,7
Ombros 17 13,9
Punhos 13 10,6
Joelhos 11 9,0
Dores por todo o corpo 2 1,6
Não se aplica 1 0,8
Total 122 100,0
Toma algum medicamento regularmente Sim, com prescrição médica 42 56,7
Sim, sem prescrição médica 6 8,1
Não se aplica 26 35,2
Total 74 100,0
Vacinaram-se nos últimos 5 anos Sim 46 62,2
Não 21 28,4
Não lembra 7 9,5
Total 74 100,0
Qual vacina*

 

Hepatite B 36 36
Tétano 25 25
Febre amarela 1 1
Não lembra 11 11
Não se aplica 27 27
Total 100 100,0

*Os sujeitos poderiam marcar mais de uma alternativa

 

TABELA 3 – Distribuição das manicures de uma cidade mineira, segundo condições de trabalho. Minas Gerais, Brasil 2014(n=74).

Categorias Variáveis          Total
       F          %
Possui outra Ocupação Sim 31 41,9
Não 43 58,1
Total 74 100,0
Reformada/Aposentada Sim 2 2,7
Não 72 97,3
Total 74 100,0
Trabalha sem registro trabalhista atualmente Sim 55 74,3
Não 17 23
Aposentada 2 2,7
Total 74 100,0
Trabalhou sem registro no passado Sim 56 75,7
Não 18 24,3
Total 74 100,0
Contribui para a previdência social Sim 35 47,3
Não 37 50
Não se aplica 2 2,7
Total 74 100,0
Utiliza EPI Sim 49 66,2
Não 25 33,8
Total 74 100,0
Quais EPI utiliza durante o Trabalho Luvas de látex 35 17,6
Óculos 17 8,5
Máscara 19 9,6
Avental 25 12,6
Calça comprida 58 29,2
Calçado   fechado 44 22,2
Total 198 100,0
Oferece Kit descartável Sim 71 95,9
Não 3 4,1
Total 74 100,0
Como realiza a esterilização do material Esterilizador 42 56,8
Autoclave 12 16,2
Estufa 20 27
Total 74 100,0
Ao higienizar o material utiliza Caixa inox fechada 5 6,1
Proteção de alumínio 10 12,3
Lavagem e secagem 46 56,7
Ciclo completo 3 3,7
Nenhuma das alternativas 6 7,4
Não se aplica 11 13,5
Total 81 100,0
Trabalha quantas horas por dia Até 6 horas 16 21,6
Entre 7 e 8 horas 27 36,5
Entre 9 e 12 horas 20 27
Mais de 12 horas 11 14,9
Total 74 100,0
Freqüência Até 3 vezes por semana 39 52,7
Até 5 vezes por semana 11 14,9
Até 6 vezes por semana 8 10,8
Não se aplica 16 21,6
Total 74 100,0
Acidentes laborais Sim 59 79,7
Não 15 20,3
Total 74 100,0
Tipo de acidente Quedas 3 2,5
Queimaduras 28 23,9
Instrumento Corto-perfurante 28 23,9
Contato com sangue 26 22,2
Não se aplica 32 27,3
Total 117 100,0
Doenças que acha que pode contrair trabalhando como manicures LER 73 17,5
Patologia osteomuscular 62 14,9
AIDS 50 12,0
Doenças psíquicas 38 9,1
Micoses 60 14,4
Hanseníase 19 4,5
Febre amarela 10 2,4
Tuberculose 23 5,5
Hepatites 66 15,9
Doenças do coração 1 0,2
Total 415 100,0

 

[1] Marília Simão Vieira, Enfermeira pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Poços de Caldas, MG, Brasil.Endereço para contato: mariliasimao.enf@hotmail.com.

[2] Cristiane Aparecida Silveira, Professora Adjunta IV da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Poços de Caldas, MG, Brasil. Endereços para contato: Avenida Padre Francis Cletus Cox, 1661 – Poços de Caldas – MG, Brasil – CEP 37701-355; E-mail: casilve@yahoo.com.br.


Vieira M, Silveira C. Condições de Trabalho e Vida de Manicures de um Município de Minas Gerais, Brasil. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2016, volume 1, 15-24. DOI:10.31252/RPSO.16.06.2016

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