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Estatuto editorial

Ruído produzido nos Consultórios Odontológicos: inimigo invisível?

19 Julho, 2017Artigos Originais

 

NOISE PRODUCED IN DENTAL CONSULTORIES: INVISIBLE ENEMY?

 

 

TIPO DE ARTIGO: Observacional analítico transversal

AUTORES: Munhoz G(1), Bozza A(2), Lopes A(3).

 

RESUMO

Os profissionais das áreas da saúde estão expostos a vários riscos, nomeadamente físicos, químicos, biológicos e mecânicos. Na prática odontológica, o Cirurgião-Dentista está exposto a intensidades sonoras elevadas, emitidas principalmente pelo motor de alta e baixa rotação, compressor, ar condicionado, amalgamador, sugador e seringa tríplice. A preocupação com medidas preventivas já é bastante antiga- desde 1959 que a American Dental Association se preocupava em recomendar avaliações audiométricas periódicas e uso de proteção auditiva.

Objetivo

Investigar os conhecimentos existentes entre Cirurgiões Dentistas, com mais de cinco anos de atuação na área, relativos aos riscos associados à saúde auditiva no seu ambiente de trabalho.

Métodos

Foi aplicado um questionário tipo misto composto por questões de múltipla escolha e questões abertas em 50 cirurgiões-dentistas, com tempo mínimo de formação de cinco anos e atuantes em áreas diversas dentro do campo da odontologia, selecionados aleatoriamente.

Resultados e Conclusão

Constatou-se que as informações que os Cirurgiões Dentistas têm sobre o ruído e suas eventuais consequências são reduzidas e as medidas preventivas revelaram-se discretas.

Descritores: Saúde auditiva, Ruído ocupacional; Odontologia; Qualidade de vida


SUMMARY

Health professionals are exposed to many risks, including physical, chemical, biological and mechanical hazards. In dental practice, the Dental Surgeon is exposed to high sound intensities, emitted mainly by the high and low rotation motor, compressor, air conditioning, amalgamator, sucker and triple syringe. The concern with preventive measures is already quite old- since 1959 the American Dental Association already recommended periodic audiometric evaluations and use of hearing protection.

Objective

Investigate the existing knowledge among Dental Surgeons, with more than five years of experience in the area, regarding the risks associated with hearing health in their work environment.

Methods

A mixed type questionnaire composed of multiple choice questions and open questions was applied to 50 dental surgeons, with a minimum of five years of training and working in several areas within the field of dentistry, randomly selected.

Results and Conclusion

It was found that the information that Dental Surgeons (CD) have about noise and its possible consequences are reduced and preventive measures where discrete.

Keywords: Noise, Occupational; Dentistry; Quality of Life


INTRODUÇÃO

Na prática odontológica, o Cirurgião-Dentista (CD) está sujeito aos efeitos nocivos provocados pelo ruído emitido pelo motor de alta e baixa rotação, compressor, ar condicionado, amalgamador, aspirador e seringa tríplice, fatores que colaboram para o nível de ruído possa ficar acima de 90 dB.

O ruído ocupacional leva a uma perda gradual da audição no CD, já que a agressão do ouvido interno por esse agente é gradual, progressiva, e indolor¹. A perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) é uma enfermidade profissional irreversível que pode ser prevenida².

Porto, Lauris e Lopes (2004) investigaram a audição de índividuos adultos expostos e não expostos a ruído ocupacional, realizando a audiometria convencional e de altas frequências. Tais autores observaram que com o aumento da frequência, idade e tempo de exposição, progredia a perda de acuidade auditiva no grupo exposto ao ruído ocupacional, com maior incidência de entalhe nas frequências de 6 kHz e 14kHz; assim puderam  concluir que o uso da audiometria de alta frequência (ATAF) contribuiu para o diagnóstico precoce das cortipatias, já que estes limiares se mostram alterados anteriormente ao surgimento nas frequências convencionais³.

Demonstrou-se a importância da audiometria de altas frequências (ATAF), na identificação precoce da PAIR, uma vez que a audiometria tonal convencional pode não ser eficaz na prevenção e identificação precoce da PAIR. Num estudo realizado por Lopes, Melo e Santos (2012),⁴ conclui- se que a avaliação audiológica convencional não identificou exames alterados para os três grupos de profissionais da área da odontologia testados; no entanto, a identificação dos limiares em altas frequências indicaram comprometimento do sistema auditivo periférico, mais especificamente células ciliadas externas, ou seja,  indicando maior sensibilidade na detecção precoce de alterações auditivas provocados pelo ruído.

Foi avaliado o nível de conhecimento sobre PAIR através de um questionário aplicado a 68 estudantes de ambos os sexos, entre 18 e 26 anos, do Curso de Odontologia da Universidade Federal da Paraíba. Os resultados mostraram que 79,5% dos estudantes sabem que a PAIR é uma perda da capacidade auditiva provocada por exposição constante ao ruído e 4,5% identificaram-na como doença ocupacional. Em relação à etiologia, 92,6% citaram o ruído frequente, sendo o compressor e a alta rotação os mais destacados. Como medidas de prevenção, o uso protetor auricular, a localização adequada do compressor e a manutenção técnica dos equipamentos foram as medidas mais mencionadas. Contudo, não demonstraram grande aplicabilidade prática pessoal da mesmas⁵.

Noutro estudo avaliou-se o conhecimento de 225 CD, da região de Contagem-Minas Gerais, quanto à insalubridade na profissão, formas de prevenção e legislação associada. Os resultados mostraram que alguns profissionais desconheciam algumas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária relativas à prevenção contra agentes químicos e físicos no consultório odontológico. O tempo de formação não influenciou os CDs relativamente a uma maior conscientização perante a realização de exames audiométricos. Concluiu-se que apesar de geralmente existir conhecimento teórico do profissional, nem sempre há aplicablidade na prática clínica diária⁶.

O uso de questionários e escalas tem sido muito utilizados para avaliar o nível de conhecimento assim como a qualidade de vida de trabalhadores por ser um instrumento simples, de baixo custo e abrangência⁷, mesmo diante de limitações na impressão das respostas e na falta de um processo de construção e validação adequados⁸.

Diante da necessidade de informação e prevenção de doenças relacionadas ao trabalho, este estudo investigou o nível de informação de CD sobre os riscos relacionados à saúde auditiva no seu ambiente de trabalho.

 

MÉTODOS

O presente estudo recebeu aprovação do Comité de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (parecer nº 111/2010). Foi entregue aos sujeitos da pesquisa o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para serem assinados após a concordância na participação do estudo, sendo informados sobre a natureza e importância do trabalho, bem como o recebimento de uma cópia da carta de informação ao participante e termo de consentimento livre e esclarecido.

Esta pesquisa configura-se como um estudo descritivo, realizado com 50 CD, com tempo mínimo de formação de cinco anos e atuantes em áreas diversas dentro do campo da odontologia, selecionados aleatoriamente. Tal estudo foi realizado nos consultórios odontológicos particulares da cidade de Bauru- São Paulo.

Os CD foram previamente agendados pela pesquisadora para responderem ao questionário misto elaborado por Lopes, Santos e Melo (2009)9, ou seja, composto por questões de escolha múltipla e abertas.

 

RESULTADOS

A idade dos participantes variou entre 24 a 66 anos, o tempo de formação oscilou entre cinco e mais de 20 anos: 30% dos participantes entre 5-10 anos, 18% entre 11-16 anos, 8% entre 17-20 anos e 44% com mais de 20 anos; 77,5% da amostra era residente da cidade de Bauru.

As especialidades dos CD citadas foram prótese dentária (restabelece a manutenção das funções faciais da área bucal, por meio de próteses fixas, removíveis e prótese sobre implantes), cirurgia (diagnostica e trata das doenças, traumatismos, lesões e anomalias realizando  implantes, enxertos, transplantes, biópsias e cirurgias), odontopediatria (realiza o diagnóstico, prevenção, tratamento e controle dos problemas da saúde bucal infantil), dentística (realiza procedimentos educativos, preventivos, operatórios e terapêuticos para preservar a integridade funcional e estética do dente), endodontia (faz o diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle das alterações da polpa e dos tecidos (gengiva), ortodontista (previne e corrige anormalidades no alinhamento dos dentes), doenças Temporo- Mandibulares/ dor orofacial (diagnóstico e tratamento de dores e desordens do aparelho mastigatório, região orofacial e outras estruturas relacionadas), clínico geral  (está apto a executar todos os tipos de tratamentos dentários), implantodontia (faz implantes de dentes, próteses unitárias, parciais ou removíveis e totais) e periodontia (diagnostica, previne e trata as doenças gengivais e periodontais). Contudo a grande maioria trabalhava na área de clínica geral (24%).

A carga horária de 58% da amostra total foi de 40 horas semanais. Em relação ao serviço militar, 84% dos participantes da pesquisa não o fizeram e apenas 8% desses participantes que não foram militares relataram ter sofrido trauma acústico.

14% indivíduo reportaram acufenos (3% do tipo “apito”), 32% tonturas e 74% cefaleia. Dos indivíduos que apresentavam acufenos, apenas 2% tinha tontura e dos 32% indivíduos que haviam informado apresentar tontura, 28% apresentavam cefaleia.

Observamos que 12% de nossos participantes informaram aumentar o som da televisão sempre, 12% frequentemente, 34% raramente e 38% disseram que tal nunca acontecia.

Quanto ao uso de equipamentos de música amplificada, o celular- telemóvel é o mais utilizado, correspondendo a 68% da amostra, sendo que o tempo médio de uso por dia foi de menos de uma hora.

Quando questionados sobre pedir repetição de palavras durante a conversação, 10% dos entrevistados afirmam precisar pedir para repetir durante uma conversa para entender o que lhe é dito sempre; 46% apenas raramente. 94% dos entrevistados sentiam dificuldades em ouvir o outro durante numa conversa perante outros sons em simultâneo (10% disseram sentir sempre, 10% frequentemente, 60% raramente e 14% nunca).

Contudo, 8% disse ter dificuldade em entender a conversa em ambiente silencioso frequentemente, 12% raramente e 80% nunca.

O questionário revelou que 52% tinha a noção de que a hipoacusia não tinha cura, 38% julgavam o oposto e 10% não responderam.

92% de todos os participantes acreditam que sua profissão traz riscos a sua saúde, sendo estes físicos, químicos, ergonómicos e mecânicos.

Quanto ao stress, 58% disse sentir-se estressado após uma jornada de trabalho. Contudo, destes 58% CD, 24% correlacionam que o stress ao ruído laboral.

Quando investigado se os CD achavam que na sua atividade profissional, o ruído pode prejudicar sua audição, 90% deles responderam que sim. Diante disto foi investigado sobre o que fariam para tentar diminuir este risco e encontrou-se o uso de protetores auriculares (40%), bem como atenuação da produção de ruído nos equipamentos (2%).

O equipamento que mais incomodaram os CD foi a caneta de alta rotação, fato este citado por 42% dos participantes, seguido pelo sugador com 22% citações e compressor com 8%.

50% dos CD já fizeram audiometria alguma vez, 46% nunca avaliaram sua audição. Dos que já fizeram audiometria, 42% realizaram uma única vez e apenas 2% realizam uma vez ao ano.

 

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

A grande maioria dos participantes diz já sentir os efeitos provocados pela intensidade sonora elevada no ambiente de trabalho e não apenas os efeitos auditivos. A presença do estresse, citado por 58% dos participantes, pode ser um efeito desta intensidade sonora elevada.

Neste estudo observou-se que os CD com mais experiência e anos de profissão se mostraram mais preocupados com a conscientização sobre os riscos provocados pela intensidade sonora elevada no ambiente de trabalho, assim como a realização de campanhas informativas e preventivas, uma vez que estes já apresentavam os sintomas, provocados pela intensidade sonora elevada no ambiente de trabalho.

Estes profissionais não realizaram audiometria periodicamente, conforme portaria ministeriais brasileiras.


AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio concedido para a realização dessa pesquisa, sob número 002291003.

 

REFERÊNCIAS

  1. Gambarra PAN, Valença AMG, Rocha AV, Cunha DGPN. As Repercussões do Ruído Ocupacional na Audição dos Cirurgiões-Dentistas das Unidades de Saúde da Família de João Pessoa /PB. Rev bras ciênc saúde. 2012;16(3):361-70.
  2. Silveira MF, Ricco FF, Lourenço MAJ, Ricco RAPO. Análise do ruído produzido pela caneta de alta rotação em diferentes procedimentos operatórios. Colloquium Vitae. 2009;1(1):53-7.
  3. Porto MAA, Gahyva DLC, Lauris JRP, Lopes AC. Avaliação da audição em frequências ultra- altas em indivíduos expostos ao ruído ocupacional. Pró-Fono R Atual Cient. 2004;16(3):237-50.
  4. Lopes AC, Melo ADP, Santos CC. Estudo dos limiares de audibilidade nas altas frequências em trabalhadores da área odontológica. Int. Arch. Otorhinolaryngol. vol.16 no.2 São Paulo Apr./June 2012
  5. Torres BO, Fernandes MJM, Félix SS da S, Costa I do CC. A Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) na formação acadêmica: conhecimentos e medidas de prevenção. Odontol clín-cient. 2007;6(2):151-4.
  6. Melo LSV de, Radicchi R, Carvalho CM, Rodrigues V. Aspectos Odontolegais da Insalubridade na Odontologia. Rev gauch odontol. 2008;56(2):143-9.
  7. Thomas JR, Nelson JK. Métodos de pesquisa em atividade física. 3ed. Porto Alegre: Artmed; 2002.
  8. Barros MVG, Nahas MV. Reprodutibilidade (teste-reteste) do questionário internacional de atividade física – versão 6: um estudo piloto com adultos no Brasil. Rev Bras Ciên e Mov. 2000;8(1):23-6.
  9. França R, Santos CC, Lopes AC. Investigação do nível de conhecimento sobre saúde auditiva e exposição ao ruído. 2009. Dissertação (Mestrado em ciências) – Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, 2009.

(1)Graziella Simeão Munhoz

Fonoaudióloga. Mestre em Ciências pela Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo. Graduação em Fonoaudiologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo. Pesquisadora na área de audiologia clinica e ocupacional. Endereço para correspondência dos leitores: Rua Nassin Abrahão, 1-22, Núcleo Habitacional Beija- Flor, Bauru (SP), Brasil, CEP: 17025-430. E-mail: graziella@usp.br.

(2)Amanda Bozza

Fonoaudióloga, mestre e doutoranda em Ciências, pela Faculdade de Odontologia de Bauru. Professora colaboradora da Universidade Estadual do Centro- Oeste e pesquisadora na área de audiologia clinica e ocupacional.
Itati/ PR. E-mail: amandabozza@yahoo.com.br.

(3)Andréa Cintra Lopes

Fonoaudióloga. Professora Associada do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo. Pós-doutorado em Acústica e Vibração pela Universidade Júlio de Mesquita Filho – UNESP-Bauru. E-mail: aclopes@usp.br.


Munhoz G, Bozza A, Lopes A. Ruído produzido nos Consultórios Odontológicos: inimigo invisível? Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2017, 4º volume, 32-36. DOI:10.31252/RPSO.19.07.2017

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