Ribeiro R, Saldanha N, Matos P, Teófilo V, Moreira S, Pinho P, Norton P. Caraterização do perfil de Doenças Profissionais notificadas num Hospital terciário Português entre 2012 e 2021. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online. 2023, 15, esub377. DOI: 10.31252/RPSO.14.01.2023
CHARACTERIZATION OF THE NOTIFIED PROFESSIONAL DISEASES PROFILE IN A PORTUGUESE TERTIARY HOSPITAL BETWEEN 2012 AND 2021
Tipo de artigo: Artigo Original
Autor: Ribeiro R(1), Saldanha N(2), Matos P(3), Teófilo V(4), Moreira S(5), Pinho P(6), Norton P(7).
RESUMO
Introdução
Uma doença profissional é uma lesão corporal, perturbação funcional ou patologia que é consequência necessária e direta da exposição a riscos laborais e das condições de trabalho e não resulta do normal desgaste do organismo. A incidência de doenças relacionadas com o trabalho aumenta com a idade, sendo mais frequente no sexo feminino. As lesões musculosqueléticas e as paralisias, como a síndrome do túnel cárpico, são os tipos de lesões mais frequentemente reconhecidas como doenças profissionais. No que se refere ao setor mais predominante, a incidência é maior na indústria, seguido da construção e na área da saúde. Os profissionais de saúde, atendendo à sua exposição a riscos ergonómicos, físicos, biológicos e químicos, têm uma elevada disposição para sofrerem de doenças relacionadas com o trabalho.
Objetivos
Caracterizar o perfil das doenças profissionais notificadas num hospital terciário português, avaliando a sua distribuição temporal, categoria profissional mais afetada, bem como o tipo de lesão e região corporal predominante.
Métodos
Realizou-se um estudo observacional do tipo transversal e analítico recorrendo à análise das doenças profissionais notificadas num hospital terciário português de janeiro de 2012 a dezembro de 2021, através da consulta das bases de dados do Serviço de Saúde Ocupacional.
Resultados
No período considerado, foram notificadas 610 doenças profissionais, sendo que 78,0% pertenciam ao sexo feminino. A categoria profissional mais afetada foi a dos enfermeiros (40,8%), seguidos pelos assistentes operacionais (28,5%). O ano com mais notificações foi em 2021 (53,9%). A infeção por SARS-CoV-2 foi a mais prevalente, com 431 casos, seguida das lesões musculosqueléticas, com 153 casos. As epicondilites e as tendinopatias da articulação do ombro foram as doenças musculosqueléticas mais frequentemente notificadas com 39,7% e 24,0% das participações realizadas, respetivamente.
Conclusão
As lesões musculosqueléticas destacam-se como o tipo de lesão mais frequentemente notificadas, se excluirmos o impacto da infeção por SARS-CoV-2, o que será facilmente explicado pela exposição aos riscos inerentes às profissões do setor de saúde. O seu diagnóstico e reconhecimento são de grande importância já que permitem identificar problemas e gerar a necessidade de providenciar uma resposta dirigida assente na prevenção da doença e promoção da saúde, junto dos trabalhadores e entidade empregadora.
Palavras-chave: Profissionais de Saúde, Doenças Ocupacionais, Lesão Musculosquelética, Medicina do Trabalho, Riscos Profissionais.
ABSTRACT
Introduction
An occupational disease is a bodily injury, functional disturbance or pathology that is a necessary and direct consequence of exposure to occupational hazards and working conditions and does not result from the normal wear and tear of the body. The incidence of work-related diseases increases with age, being more frequent in females. Musculoskeletal injuries and paralysis, such as carpal tunnel syndrome, are the types of injuries most often recognized as occupational illnesses. Concerning the most predominant sector, the incidence is higher in industry, followed by construction and in the health area. Health professionals, given their exposure to ergonomic, physical, biological and chemical risks, have a high willingness to suffer from work-related illnesses.
Objectives
Characterize the profile of occupational diseases reported in a portuguese tertiary hospital, assessing their temporal distribution, the most affected professional category, as well as the type of injury and predominant body region.
Methods
An observational, cross-sectional and analytical study was realized using the analysis of occupational diseases reported in a portuguese tertiary hospital from January 2012 to December 2021, by consulting the Occupational Health Service databases.
Results
During the period considered, 610 occupational diseases were reported, of which 78.0% were female. The most affected professional category was nurses (40.8%), followed by operational assistants (28.5%). The year with the most notifications was 2021 (53.9%). SARS-CoV-2 infection was the most prevalent, with 431 cases, followed by musculoskeletal injuries, with 153 cases. Epicondylitis and tendinopathies of the shoulder joint were the most frequently notified musculoskeletal diseases with 39.7% and 24.0% of the participations, respectively.
Conclusion
Musculoskeletal injuries stand out as the most frequently reported type of injury, if we exclude the impact of SARS-CoV-2 infection, which is easily explained by exposure to the risks inherent in professions in the health sector. Its diagnosis and recognition are of great importance as they allow identifying problems and generate the need to provide a targeted response based on disease prevention and health promotion, among workers and employers.
Keywords: Health Professionals, Occupational Diseases, Musculoskeletal Injury, Occupational Medicine, Occupational Hazards
INTRODUÇÃO
Segundo a legislação portuguesa, uma doença profissional é uma lesão corporal, perturbação funcional ou patologia que é consequência necessária e direta da exposição a riscos laborais e das condições de trabalho da atividade profissional exercida e não resulta do normal desgaste do organismo (1). Quando existe a suspeita de uma doença relacionada com o trabalho, a sua participação é obrigatória e reveste-se de grande importância na proteção e promoção da saúde dos trabalhadores, devendo desencadear medidas preventivas e corretivas no local de trabalho (2).
As doenças profissionais são responsáveis por aproximadamente 2,02 milhões de mortes anuais (3) (4), sendo que em Portugal estima-se que ocorram quatro a cinco mortes diárias por doença profissional, o que realça a importância desta temática (5). Segundo estudos epidemiológicos, a incidência de doenças relacionadas com o trabalho, aumenta com a idade, sendo, de forma geral, mais diagnosticada no sexo feminino (6) (7).
Em Portugal, apesar de se estimar que apenas uma pequena parte das doenças laborais seja participada (2), segundo dados do Departamento de Proteção contra os Riscos Profissionais (DPRP), a notificação de doenças profissionais tem vindo a crescer desde 2011 até 2020, aumentando de 6004 doenças notificadas em 2011 para um total de 18589 doenças laborais notificadas em 2020, segundo exposição do Dr. Nuno Esguelha no “Seminário de Medicina do Trabalho sobre Doenças Profissionais”, da Faculdade de Medicina do Porto, que teve lugar a 24 de setembro de 2022.
No que se refere às doenças profissionais notificadas, as lesões musculosqueléticas como a periartrite escápulo-humeral, a epicondilite e a tendinite ou as paralisias, como a síndrome do túnel cárpico, são o tipo de lesões mais frequentemente reconhecidas como doenças relacionadas com o trabalho (7) (8) (9). Relativamente aos setores mais predominantes, a incidência é maior nos setores da indústria, seguido da construção e saúde (7) (10).
Os profissionais de saúde, atendendo à sua exposição a riscos ergonómicos, físicos, biológicos e químicos, derivado das suas atividades laborais, têm uma elevada propensão para sofrerem de doenças relacionadas com o trabalho, das quais se destacam as lesões musculosqueléticas, patologias infeciosas e perturbações psicológicas (11) (12).
No que diz respeito às doenças laborais resultantes de lesões músculo-esqueléticas, estas são particularmente frequentes nos profissionais de saúde, provavelmente pela exigência das suas funções quotidianas, das quais se destaca a mobilização frequente de doentes dependentes, os movimentos repetitivos em colheitas de sangue ou em técnicas e no transporte de cargas, com consequente afeção particularmente elevada da região cervical, lombar e membros superiores (13). Nesse sentido, torna-se de particular relevância caracterizar o perfil das doenças profissionais notificadas num hospital terciário português e a evolução da sua notificação tendo objeto de estudo esta instituição.
OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo principal caracterizar o perfil das doenças laborais notificadas num hospital terciário português, avaliando a sua distribuição temporal, predomínio por categoria profissional e posto de trabalho, bem como o tipo de lesão e região corporal mais frequentemente afetadas. Pretende-se ainda, após análise estatística dos resultados obtidos, fazer uma discussão e comparação com os dados retirados da literatura.
MATERIAL E MÉTODOS
Efetuou-se uma pesquisa sobre doenças profissionais usando artigos científicos e revisões sistemáticas, bem como o recurso a decretos de lei nacional e internacional sobre doenças relacionadas com o trabalho.
Realizou-se um estudo observacional retrospetivo do tipo transversal e analítico recorrendo à análise das doenças laborais notificadas num hospital terciário português de janeiro de 2012 a dezembro de 2021. Estes dados foram extraídos das bases de dados de registo, preenchidos pelo Serviço de Saúde Ocupacional da instituição. Nas informações disponibilizadas pelos registos, os seguintes dados foram recolhidos: frequência de doenças profissionais notificadas, idade e sexo dos colaboradores afetados, data da notificação, categoria profissional e local de trabalho do colaborador, tipo de doença laboral (lesão músculo-esquelética, nervosa, infeciosa ou outras) e qual o diagnóstico clínico considerado.
A caracterização da amostra e análise estatística, foram realizadas recorrendo ao software SPSS versão 27.0–PASW, bem como à estatística descritiva deste programa.
RESULTADOS
No período de janeiro de 2012 a dezembro de 2021 foram notificadas um total de 610 doenças profissionais, 431 casos de infeção por SARS-CoV-2 e um total de 179 casos referentes a outras patologias.
Do total de doenças notificadas, 476 casos (78,0%) eram de indivíduos do sexo feminino. Quando comparado o número total de doenças relacionadas com o trabalho, com a média do número total de funcionários do hospital, podemos verificar que a proporção de indivíduos afetados do sexo feminino (9,5%), continua a ser maior que a proporção de indivíduos do sexo masculino (tabela 1).
A idade média e o desvio padrão dos colaboradores com doenças laborais notificadas foram de 46,93 ± 9,52 anos.
No que se refere à categoria profissional, a mais afetada foi a dos enfermeiros com 249 notificações (40,8%), seguidos pelos assistentes operacionais com 174 (28,5%) e pelos médicos com 99 (16,2%). Os técnicos superiores foram a categoria profissional menos afetada, com 23 casos (3,8%). Atendendo ao número total de funcionário do hospital em estudo, 6774 colaboradores, podemos verificar que proporcionalmente a categoria profissional mais afetada continua a ser a enfermagem (12,14%) seguida dos assistentes operacionais (12,02%) e dos assistentes técnicos (8,47%) (tabela 2).
No que diz respeito ao ano das notificações, verifica-se que 2021 foi o ano com maior número de participações, com 53,9% dos casos, associado ao elevado número de casos de infeção por SARS-Cov-2. Pelo contrário, o ano de 2014 teve menos notificações, com 0,7% do total, tendo-se, no entanto, verificado um aumento gradual e global do número de casos de doenças profissionais notificadas desde o ano de 2012 até ao ano de 2021 (gráfico 1). No período em estudo, excluindo as participações associadas à infeção por SARS-CoV-2, o ano com mais doenças laborais notificadas foi em 2019 com 22,9%, seguido do ano 2021 com 14,0% e do ano de 2020 com 11,7% dos casos (gráfico 2).
Neste período de dez anos de análise, mesmo excluindo os casos associados à pandemia, tem-se verificado um aumento gradual da participação das doenças relacionadas com o trabalho.
Relativamente ao local de trabalho no qual os colaboradores estavam alocados aquando da notificação da sua doença profissional, verifica-se que os serviços das áreas cirúrgicas totalizaram 45,2% dos casos de participações, seguidos dos serviços das áreas médicas com 41,8% e pelo apoio administrativo com 6,7%.
Globalmente, numa análise sobre o tipo de doença laboral notificada, a infeção por SARS-CoV-2 destaca-se como a patologia mais declarada como doença profissional no período considerado, com 70,7% do total de casos, seguido das tendinopatias da articulação do ombro com 11,6 % e das epicondilites com 7,0% (gráfico 3). Na análise em que é excluída a infeção por SARS-CoV-2, pode verificar-se que as lesões musculosqueléticas apresentam-se como o tipo de lesão mais frequente, com 153 casos notificados (85,5%), seguido de outras patologias infeciosas, como a tuberculose, com 14 casos (7,8%). Dentro das lesões musculosqueléticas, destacam-se as tendinopatias da articulação do ombro e as epicondilites como as doenças laborais mais notificadas com 39,7% e 24,0% respetivamente, seguidas das tenosinovites da mão/punho (14,5%) (gráfico 4).
DISCUSSÃO
As doenças profissionais são de elevada prevalência na prática hospitalar e responsáveis por elevados custos e perda de produtividade (2). A implementação de medidas de prevenção e proteção de doenças, assim como de promoção de saúde e bem-estar dos trabalhadores, aliadas a medidas interventivas no posto de trabalho, podem ajudar na identificação e diminuição da frequência e da morbilidade destas doenças laborais (14). Estas abordagens devem ser encaradas numa perspectiva holística, a nível da prevenção, reparação, reabilitação e reintegração profissional do colaborador (2). A prevenção incluiu um conjunto de medidas que visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que estão potencialmente expostos os trabalhadores, a reparação refere-se ao direito a que o trabalhador tem em ser ressarcido pelos danos decorrentes da doença relacionada com o trabalho, seja esta em espécie ou em dinheiro e por fim a reabilitação e reintegração do colaborador abrange o conjunto de iniciativas necessárias para assegurar a adaptação do posto de trabalho às limitações do colaborador (16).
Ao longo do período considerado no estudo, de uma forma global, verifica-se uma tendência crescente no número de doenças profissionais notificadas, em linha com o verificado a nível nacional, segundo dados do DPRP. Tal facto pode ser explicado pela situação pandémica vivida nos anos de 2020 e 2021, com um elevado número de notificações de infeções por SARS-CoV-2. Contudo, é expectável que uma maior consciencialização por parte dos colaboradores e do serviço de segurança e saúde ocupacional, para a necessidade de reporte, de seguimento e das vantagens em assumir um papel ativo na gestão da doença laboral, possa explicar a tendência crescente deste número de participações.
A infeção por SARS-CoV-2 veio modificar o perfil das doenças profissionais notificadas, com um grande volume de doenças associadas a esta patologia, contudo a análise das restantes doenças veio corroborar que as lesões musculosqueléticas continuam a ser as mais relevantes, em linha com o descrito na literatura (7), muito provavelmente associadas aos riscos físicos a que os profissionais de saúde estão expostos.
O facto das doenças laborais certificadas em situação pré-pandémica serem maioritariamente perturbações musculosqueléticas, nomeadamente a síndrome do túnel cárpico, entidades nosológicas mais comuns no sexo feminino, pode explicar a diferença estatística encontrada entre os sexos, em concordância com outros estudos a nível nacional e internacional (7,15), tal como o facto de serem mais comuns na classe profissional dos enfermeiros, seguida dos assistentes operacionais (15).
As limitações inerentes a este estudo prendem-se com o facto de terem sido recolhidos dados numa altura de pandemia, o que por um lado aumentou muito os casos de notificações associadas à infeção vírica em causa, mas por outro lado pode ter subdiagnosticado outras doenças profissionais, associadas a um aumento do absentismo dos profissionais de saúde. O facto de o estudo visar sobre as doenças laborais notificadas e não as posteriormente reconhecidas é também uma limitação. Para o cálculo das proporções de funcionários afetados consoante o sexo ou a categoria profissional, foi considerado o valor do total de funcionários atuais, o que não incluiu possíveis mudanças das categorias laborais ao longo do tempo. Outra limitação que deve ser realçada é o facto de os dados terem sido recolhidos por diferentes pessoas, com variações entre observadores o que pode levar a uma alteração na categorização dos dados.
CONCLUSÃO
Com este estudo pode concluir-se que, para além do impacto da infeção por SARS-Cov-2, as lesões musculosqueléticas destacam-se como o tipo de lesão mais frequentemente notificada, resultado da exposição aos riscos associados às profissões do setor da saúde.
O diagnóstico e reconhecimento das doenças profissionais são de grande importância pois permite prevenir problemas, alterar métodos de trabalho, efetuar vigilância de saúde mais próxima do trabalhador e melhorar a saúde do trabalho com um claro potencial de gerar mais saúde, qualidade de vida e produtividade.
CONFLITO DE INTERESSES
Os autores declararam não existir conflito de interesses.
QUESTÕES ÉTICAS E/OU LEGAIS
Nada a declarar.
AGRADECIMENTOS
Agradece-se a todo o corpo clínico do Serviço de Saúde Ocupacional do hospital.
REFERÊNCIAS
- Decreto Regulamentar nº 98/2009 [Internet]. Lisboa: Diário da República; 2009. Disponível em: https://data.dre.pt/eli/lei/98/2009/p/cons/20211206/pt/html.
- Portugal, Direção Geral da Saúde. Informação técnica 09/2014 do Plano Nacional de Saúde Ocupacional. Diagnóstico, conhecimento, prevenção e reparação da doença profissional. Lisboa, 2015. Disponível em: http://nocs.pt/wp-content/uploads/2017/10/diagnostico-conhecimento-prevencao-reparacao-doenca-profissional.pdf.
- International Labour Office. ILO introductory report: global trends and challenges on occupational safety and health – XIX World Congress on Safety and Health at Work: Istambul, Turquia. International Labour Office. Geneva, 2011. Disponível em: https://www.ilo.org/safework/info/publications/ WCMS_162662/lang–en/index.htm.
- International Labour Organization. The Prevention of Occupational Diseases – World Day for safety and health at work 28 April 2013. International Labour Organization. Geneva, 2013. Disponível em: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/—europe/—ro-geneva/—sro-moscow/documents/ generic document/wcms_312075.pdf.
- Santos S, Moreira S. Programa Nacional de Saúde Ocupacional – 2º Ciclo 2013/2017. Direção- Geral de Saúde. Lisboa, 2016; 5-10.
- Santos M, Almeida A. Profissionais de Saúde: principais Riscos e Fatores de Risco, eventuais Doenças Profissionais e Medidas de Proteção recomendadas. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online. 2016; 2, 1- 21. DOI: 10.31252/RPSO.26.10.2016.
- Teresa M, João A, Alexandra B, Pedro N. Trabalho e Saúde em Portugal 2016. Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, 1ª edição. Porto, 2016.
- Mossburg S, Agore A, Nkimbeng M, Commodore-Mensah Y. Occupational Hazards among Healthcare Workers in Africa: A Systematic Review. Annals of Global Health. 2019; 85(1): 78, 1–13. DOI: 5334/aogh.2434.
- Rai R, El-Zaemey S, Dorji N, Rai D, Fritschi, L. Exposure to Occupational Hazards among Health Care Workers in Low- and Middle-Income Countries: A Scoping Review. International Journal of Environmental Research and Public Health. 2021; 18, 2603. DOI: 10.3390/ijerph18052603.
- Ganesh S, Masita A, Saraswathy S. Knowledge and Risk Perceptions of Occupational Infections Among Health-care Workers in Malaysia, Safety and Health at Work. 2017; 8 (3): 246-249. DOI: 10.1016/j.shaw.2016.12.007.
- Larese F, Pesce M, Paulo S, et al. Incidence of occupational contact dermatitis in healthcare workers: a systematic review. Journal of European Academy Dermatology and Venereology. 2021, 35(6):1285-1289. DOI: 1111/jdv.17096.
- Brand L, Thompson J, Fleming E, Carroll L, Bethel A, Wyatt K. Whole-system approaches to improving the health and wellbeing of healthcare workers: A systematic review. PLoS One. 2017; 4;12(12): e0188418.
- Pompeii A, Lipscomb J, Schoenfisch L, Dement J. Musculoskeletal injuries resulting from patient handling tasks among hospital workers. American Journal of Industrial Medicine. 2009; 52(7): 571-8. DOI: 10.1002/ajim.20704.
- International Labour Office. Third item of Agenda: Prevention of occupational diseases – Governing Body / 317th Session [GB. 317/POL/3]. Geneva, 2013; 1-3.
- Silva L, Miguel M, Margarida M, et al. Notified Occupational Diseases Among Healthcare Workers in a Portuguese Hospital and the Impact of the COVID-19 Pandemic: Data from a 5-year period. Safety Health Work. 2022; 13: S87eS310.
- Decreto Regulamentar nº 102/2009 [Internet]. Lisboa: Diário da República; 2009. Disponível em: https://data.dre.pt/eli/lei/102/2009/p/cons/20200501/pt/html.
Tabela 1 – Proporção do total de doenças profissionais notificadas em relação ao número total de funcionários de cada sexo, da instituição em estudo.
Sexo | Número de doenças profissionais notificadas | Total Funcionários | Proporção tendo em conta o sexo |
Feminino | 472 | 4970 | 9,50% |
Masculino | 135 | 1804 | 7,48% |
Total | 610 | 6774 | 9,01% |
Tabela 2 – Proporção do total de doenças profissionais notificadas em relação ao número total de funcionários de cada categoria profissional, da instituição em estudo.
Categoria Profissional | Número de doenças profissionais notificadas | Total Funcionários | Proporção tendo em conta o número total de funcionários de cada categoria profissional |
Médicos | 99 | 1878 | 5,27% |
Enfermeiros | 249 | 2051 | 12,14% |
Assistentes Operacionais | 174 | 1447 | 12,02% |
Assistente Técnico | 35 | 413 | 8,47% |
T. Diagnóstico Tratamento | 30 | 585 | 5,13% |
Técnico Superior | 23 | 400 | 5,75% |
Total | 610 | 6774 | 9,01% |
Gráfico 1 – Incidência da notificação de doenças profissionais entre 2012 e 2021.
Gráfico 2 – Incidência da notificação de doenças profissionais entre 2012 e 2021, excluindo a infeção por SARS-Cov-2.
Gráfico 3 – Prevalência do tipo de doença profissional notificada.
Gráfico 4 – Prevalência do tipo doença profissional notificada, excluindo a infeção por SARS-Cov-2.
(1)Rui Mendes Ribeiro
Mestre em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Interno de formação específica em Medicina do Trabalho no Serviço de Saúde Ocupacional, Centro Hospitalar Universitário de São João. Morada para correspondência dos leitores: Rua da Cabreira de Cima, lote 97, 4835-310, Pevidém, Guimarães. E-mail: ruiamribeiro28@gmail.com.
Contribuição para o artigo: Autor principal do artigo, realização da pesquisa bibliográfica e da redação do artigo.
(2)Nuno Saldanha
Mestre em Medicina pela Universidade do Minho. Interno de formação específica em Medicina do Trabalho no Serviço de Saúde Ocupacional, Centro Hospitalar Universitário de São João. 4200-319 Porto. E-mail: augustosaldanha@gmail.com. Nº ORCID: 0000-0001-5020-0754.
Contribuição para o artigo: revisão/co-autor, apoio na pesquisa bibliográfica e na redação do artigo.
(3)Pedro Miguel Matos
Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Interno de formação específica em Medicina do Trabalho no Serviço de Saúde Ocupacional, Centro Hospitalar Universitário de São João. 4200-319 Porto. E-mail: pedromadeiramatos@gmail.com.
Contribuição para o artigo: co-autor e revisão do manuscrito.
(4)Vanessa Teófilo
Mestre em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Interna de formação específica em Medicina do Trabalho no Serviço de Saúde Ocupacional, Centro Hospitalar Universitário de São João. 4200-319 Porto. E-mail: vanessagteofilo@gmail.com.
Contribuição para o artigo: co-autor e revisão do manuscrito.
(5)Salomé Marques Moreira
Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Interna de formação específica em Medicina do Trabalho no Serviço de Saúde Ocupacional, Centro Hospitalar Universitário de São João. 4200-319 Porto. Email: salomemarquesmoreira@gmail.com.
Contribuição para o artigo: co-autor e revisão do artigo.
(6)Paulo Pinho
Mestre em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Especialista em Medicina do Trabalho no Serviço de Saúde Ocupacional, Centro Hospitalar Universitário de São João. 4200-319 Porto. E-mail: paulo_r_pinho@hotmail.com. Nº ORCID: 0000-0002-2187-0916.
Contribuição para o artigo: revisão do artigo.
(7)Pedro Norton
Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Especialista em Medicina do Trabalho e Medicina Geral e Familiar. Diretor de Serviço do Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar Universitário de São João. 4200-319 Porto. E-mail: pedro.norton@chsj.min-saude.pt. Nº ORCID: 0000-0001-5878-116x.
Contribuição para o artigo: revisão do artigo.