FISHERMAN RESEARCH PROJECT
TIPO DE ARTIGO: Protocolo de Investigação
AUTORES: Santos M(1), Almeida A(2).
INTRODUÇÃO TEÓRICA
A pesca é uma das atividades ocupacionais mais perigosas, sobretudo devido à incidência de acidentes, frequentemente fatais. Os outros (fatores de) risco(s) que se destacam são físicos (sobretudo o frio e a radiação) e ergonómicos (nomeadamente as lesões músculo-esqueléticas, devido a cargas elevadas, posturas forçadas, movimentos repetitivos, stress, organização desadequada do trabalho e tensão necessária exercer para manter o equilíbrio com as oscilações da embarcação). Para além destes, existe também alguma bibliografia referente a patologia imunoalérgica e oncológica.
Acredita-se que a Pesca possa empregar mundialmente cerca de 25 a 30 milhões de indivíduos. O continente onde ela é mais predominante é o asiático, estando em situação oposta África e Austrália (com menos de 5%, conjuntamente). O país com maior captura é a China (12% do valor mundial), seguida do Japão e Peru (com cerca de 10% cada).
OBJETIVOS
Pretende-se avaliar as condições de trabalho existentes neste setor, em contexto nacional.
METODOLOGIA
Os autores elaboram uma pesquisa em bases indexadas, de forma a recolher e sintetizar os dados mais relevantes e recentemente publicados acerca da Saúde Ocupacional deste setor. Após publicação dos resultados obtidos em Revista da área, sob o formato de Revisão Bibliográfica Narrativa, pesquisaram também os contatos de associações, corporações e sindicatos associados a esta área. Para cada uma dessas instituições foi efetuado um contato eletrónico a descrever os objetivos do projeto de investigação e a pedir que, caso estivessem interessados em colaborar, deveriam reencaminhar o link que continha o questionário on line para todos os seus associados/ parceiros.
O questionário em si recolheria dados sobre:
- Idade
- Sexo
- Atividade específica/ subespecialização
- Riscos laborais auto percebidos e respetiva quantificação de relevância (na ótica do trabalhador)
- Existência e uso de equipamentos de proteção individual
- Ocorrência e descrição de sintomatologia eventualmente associada ao trabalho, na opinião do próprio
- Descrição de eventuais acidentes laborais (bem como autoavaliação da interferência atual destes na capacidade de trabalho)
- Existência de patologias declaradas/ recusadas ou aceites como doenças profissionais
- Acesso e frequência a exames de Medicina do Trabalho
- Contato e perceção relativa ao trabalho desenvolvido pela Higiene e Segurança.
Na construção do questionário os autores definiram que não seria permitido mais que uma resposta por pessoa, caso algum elemento desejasse responder várias vezes, de forma a enviesar as conclusões (ainda que o questionário elaborado não permita qualquer identificação do profissional ou instituição em que este labora).
Os primeiros contatos foram realizados em junho de 2017, sendo que o questionário começou a ser enviado no mês seguinte.
O questionário on line poderá ser preenchido e/ou reencaminhado através do seguinte link:
https://goo.gl/forms/7rPX4yxBSWLIO30f2
BIBLIOGRAFIA
Santos M, Almeida A. Pesca e Saúde Laboral. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional. 2016, volume 2, 1-4.
(1)Licenciada em Medicina; Especialista em Medicina Geral e Familiar; Mestre em Ciências do Desporto; Especialista em Medicina do Trabalho; Presentemente a exercer nas empresas Medicisforma, Clinae, Servinecra e Serviço Intermédico; Diretora Clínica da empresa Quercia; Diretora da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line; Endereços para correspondência: Rua Agostinho Fernando Oliveira Guedes, 42 4420-009 Gondomar; s_monica_santos@hotmail.com.
(2)Mestre em Enfermagem Avançada; Especialista em Enfermagem Comunitária; Pós-graduado em Supervisão Clínica e em Sistemas de Informação em Enfermagem; Docente na Escola de Enfermagem (Porto), Instituto da Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa; Diretor Adjunto da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line; aalmeida@porto.ucp.pt.
Santos M, Armando A. Projeto de investigação associado aos Pescadores. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2017, volume 4, s39-s40. DOI:10.31252/RPSO.12.11.2017