Santos M, Almeida A, Lopes C, Oliveira T. MIAR? (Método Integrado para a Avaliação de Riscos). Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2019, volume 7, 1-2. DOI: 10.31252/RPSO.10.03.2019
TIPO DE ARTIGO: Artigos da Equipa Técnica
Autores: Santos M(1), Almeida A(2), Lopes C(3), Oliveira T(4).
Este procedimento inicia-se pela identificação das atividades sequenciais da instituição, ou seja, considerando uma ou mais tarefas que constituem uma atividade, uma ou mais atividades de um processo ou um ou mais processos englobados num macroprocesso. Para além disso, também faz a identificação dos materiais e máquinas utilizadas, recursos energéticos, condições de trabalho, envolvência, avaliação do impacto ambiental, procedimentos de proteção de riscos já existentes e potenciais falhas.
O índice de risco (IR) terá em conta os seguintes fatores:
1)gravidade dos impactos (G):
a)quantificação do aspeto (Q) conjugada com o nível de perigosidade (P)
b)extensão do impacto (E)
2)probabilidade de ocorrência:
a)exposição/ frequência da ocorrência do componente (EF)
b)desempenho dos sistemas de prevenção e controlo (PC)
c)custos e complexidade técnica das medidas de prevalência/ correção do aspeto (C)
Assim, IR = G x E X EF x PC x C.
No quadro 1 podem ser consultados os níveis de Índice de Risco.
Quadro 1: Níveis de Índice de Risco
Nível | Pontos |
1 | 90 |
2 | 91- 250 |
3 | 251- 500 |
4 | 501- 1800 |
No quadro 2, estão resumidos os dados que permitem adquirir uma visão global do método.
Quadro 2: Visão global do método
Parâmetros de avaliação | Descrição | Valor |
Gravidade (G) | Podem causar morte ou lesão com incapacidade permanente absoluta | 10 |
Lesões graves com incapacidade temporária ou permanente parcial, mas de pequena percentagem | 5 | |
Lesões menores com incapacidade temporária parcial, mas de baixa gravidade | 3 | |
Lesões pequenas sem qualquer tipo de incapacidade | 2 | |
Não causa lesões | 1 | |
Extensão do impacto (E) | Mais de 80% dos trabalhadores afetados pelo processo | 4 |
51 a 80% | 3 | |
11 a 50% | 2 | |
Até 10% | 1 | |
Exposição/ frequência da ocorrência do aspeto (EF) | Ocorrência contínua ou com periodicidade alta, correspondendo às condições normais da operação (N) | 3 |
Ocorrência periódica- operação de arranque, paragem ou condições de operação anormais (P) | 2 | |
Ocorrência reduzida- corresponde a emergências, acidentais ou pontuais (A) | 1 | |
Desempenho dos sistemas de prevenção e controlo (PC) | Não existe um sistema de prevenção e controlo implementados | 5 |
Sistema de controlo sem evidência de adequada funcionalidade | 4 | |
Não existe sistema de prevenção, mas de controlo | 3 | |
Existe um sistema de prevenção e controlo, mas sem evidência de adequada funcionalidade | 2 | |
Há um sistema de prevenção e controlo implementado e com evidência de adequada funcionalidade | 1 | |
Custos e complexidade técnica da prevenção/ correção do aspeto (C) | Custo e complexidade reduzidos | 3 |
Custo e complexidade moderados | 2 | |
Custo e complexidade elevados | 1 |
BIBLIOGRAFIA GERAL
(usada na elaboração de todos os artigos relativos a métodos para avaliação dos riscos)
1-Pedro R. Métodos de Avaliação e Identificação de Riscos nos locais de Trabalho. Tecnometal. 2006, 167, 1-8.
2- Mendonça A. Métodos de Avaliação de Riscos- contributo para a sua aplicabilidade no setor da Construção Civil. Relatório de Atividade Profissional para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente. Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade do Algarve. 2013, 1-225.
3-Batista J. Adaptação de Métodos Matriciais para a Avaliação de Riscos Profissionais. Safemed. 2016, 1-22.
(1)Mónica Santos
Licenciada em Medicina; Especialista em Medicina Geral e Familiar; Mestre em Ciências do Desporto; Especialista em Medicina do Trabalho e Doutoranda em Segurança e Saúde Ocupacionais, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Presentemente a exercer nas empresas Medicisforma, Servinecra e Securilabor; Diretora Clínica das empresas Quercia e Gliese; Diretora da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. Endereços para correspondência: Rua Agostinho Fernando Oliveira Guedes, 42, 4420-009 Gondomar. E-mail: s_monica_santos@hotmail.com.
(2)Armando Almeida
Doutorado em Enfermagem; Mestre em Enfermagem Avançada; Especialista em Enfermagem Comunitária; Pós-graduado em Supervisão Clínica e em Sistemas de Informação em Enfermagem; Docente na Escola de Enfermagem (Porto), Instituto da Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa; Diretor Adjunto da Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 4420-009 Gondomar. E-mail: aalmeida@porto.ucp.pt.
(3)Catarina Lopes
Licenciada em Enfermagem, desde 2010, pela Escola Superior de Saúde Vale do Ave. A exercer funções na área da Saúde Ocupacional desde 2011 como Enfermeira do trabalho autorizada pela Direção Geral de Saúde, tendo sido a responsável pela gestão do departamento de Saúde Ocupacional de uma empresa prestadora de serviços externos durante 7 anos. Atualmente acumula funções como Enfermeira de Saúde Ocupacional e exerce como Enfermeira Generalista na SNS24. Encontra-se a frequentar o curso Técnico Superior de Segurança do Trabalho.
4715-028. Braga. E-mail: catarinafflopes@gmail.com
4)Tiago Oliveira
Licenciado em Enfermagem pela Universidade Católica Portuguesa. Frequenta o curso de Técnico Superior de Segurança no Trabalho. Atualmente exerce a tempo inteiro como Enfermeiro do Trabalho. No âmbito desportivo desenvolveu competências no exercício de funções de Coordenador Comercial na empresa Academia Fitness Center, assim como de Enfermeiro pelo clube de futebol União Desportiva Valonguense. 4435-718 Baguim do Monte. E-mail: tiago_sc16@hotmail.com.