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Estatuto editorial

Exposição dos Trabalhadores na Indústria Portuguesa ao Ruído: distinção entre setores industriais usando ANOVA

14 Setembro, 2016Artigos Originais

 

NOISE EXPOSURE OF WORKERS IN PORTUGUESE INDUSTRY-
Distinction of industrial sectors using ANOVA

TIPO DE ARTIGO: Observacional Analítico Transversal

Autores: Teixeira T(1)
, Teixeira T(2), Ferreira V(3), Moreira R(4), Pereira I(5), Correia A(6), Lopes M(7).

 

RESUMO
Introdução
Na sua atividade profissional os trabalhadores são constantemente confrontados com riscos profissionais e o ruído é um dos principais riscos a que estão sujeitos na indústria transformadora.
Objetivo
Caracterizar a exposição ao ruído dos trabalhadores industriais em Portugal e comparar os resultados com os apresentados na literatura.
Metodologia
Neste trabalho foram estudados dados relativos ao nível de ruído, recolhidos em 280 empresas de vários setores de atividade da indústria transformadora em Portugal, com o objetivo de diferenciar os níveis médios de ruídos a que estão sujeitos os trabalhadores. Esta recolha foi efetuada no âmbito do Programa «Prevenir – Prevenção como Solução» que decorreu entre 2005 e 2011.
Pretende-se caracterizar a exposição ao ruído dos trabalhadores industriais em Portugal e comparar os resultados com os apresentados na literatura, utilizando o teste ANOVA e comparações múltiplas de níveis médios de ruídos, nos vários setores.
Resultados
As indústrias organizam-se, segundo o nível médio de exposição dos trabalhadores ao ruído, na seguinte ordem: Metalomecânica e Metalúrgica, Madeira e Mobiliário, Alimentação e Bebidas, Plásticos e Borrachas, Cerâmica e Vidro, Têxtil e Vestuário, Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria e, por último, a indústria Química.
Esta análise comprova, assim, os resultados anteriormente observados através de estatísticas descritivas, de (A. M. Lopes, 2015) e (Pinto, 2015), no que diz respeito à exposição dos trabalhadores ao ruído.
Conclusão
Utilizando o teste ANOVA, concluiu-se haver diferenças significativas entre os diversos setores e usando o teste de Tukey identificaram-se essas diferenças. Dentro dos setores da indústria portuguesa avaliados, os com níveis médios de ruído mais elevados são os setores da indústria Metalomecânica e da Madeira enquanto o setor com nível medio de ruído mais baixo é o da indústria Química.
No futuro pretende investigar-se se esta ordem se mantém quando se analisam os níveis de ruído por posto de trabalho.
Palavras- chave: ruído, indústria, risco ocupacional, anova.

ABSTRACT
Introduction
In his professional activity workers are constantly faced with occupational risks and noise is one of the main risk to which they are subject in Industries.
Objective
To characterize the noise exposure of industrial workers in Portugal and compare the results with those reported in the literature.
Methodology
In this work we studied data about noise exposure, collected in 280 companies in various industrial sectors in Portugal, in order to differentiate the levels of noise exposure of workers. The data was collected under the program «Prevenir – Prevenção como Solução» that took place between 2005 and 2011.
Our goal is to characterize the noise exposure of industrial workers in Portugal and compare the results with those reported in the literature.
Results
Industries are organized, according to the average level of exposure of workers to noise, in the following order: Metalworking and Metal, Wood and Furniture, Food and Beverages, Plastics and Rubbers, Ceramics and Glass, Textiles and Clothing, Jewelry, Gold and Watch and lastly, the Chemistry Industry.
This analysis proves thus results previously observed using descriptive statistics, (M. A. Lopes, 2015) and (Pinto, 2015), in respect to workers’ exposure to noise.
Conclusion
Using ANOVA and multiple comparisons of means of noise levels, in the various sectors, was found significant differences between the various sectors and using the Tukey test these differences was identified. Within the sectors analysed the average levels of noise are higher in metal and wood industry sectors and the lowest level of noise is the chemistry industry.
In the future we intend to investigate if this order remains when considering the noise levels per workplace.
Key-words: noise, industry, occupational risk, anova.

Introdução
Na sua atividade profissional os trabalhadores são constantemente confrontados com riscos profissionais e o ruído é um dos principais riscos a que estão sujeitos na indústria transformadora. A EASHW (European Agency for Safety and Health at Work, 2005) descreve alguns efeitos do ruído no local de trabalho e define perda de audição como o principal efeito do ruído no trabalhador. No entanto, outras consequências na saúde humana podem ser apontadas, tais como alterações cardiovasculares, emocionais/ psicológicas, do sono, respiratórias, obstétricas ou outras (M. Santos, Ruído e saúde ocupacional: Consequências para além da hipoacusia, 2016).
Mais de um terço dos trabalhadores na União Europeia, ou seja, cerca de 60 milhões de pessoas, estão expostos a elevados níveis de ruído durante um quarto de seu dia de trabalho (Pleban, 2014). Em 2003, uma diretiva do Parlamento Europeu definiu regras sobre a exposição dos trabalhadores aos riscos do ruído e a necessidade de a transpor para a legislação nacional de todos os Estados-Membros. A diretiva exige que, tendo em conta o progresso técnico e as medidas disponíveis para controlar o risco na fonte, os riscos resultantes da exposição ao ruído devem ser eliminados na origem e reduzidos ao mínimo. A diretiva também estabelece um novo valor limite de exposição diária de 87 dB (A) (Pleban, 2014).
Por este motivo tem crescido, também em Portugal, o interesse em estudar o tema nas várias profissões, exemplo disso são os trabalhos sobre a exposição ao ruído em vários setores profissionais, por exemplo, bombeiros (M. Santos, Principais riscos e fatores de risco ocupacionais associados aos bombeiros, eventuais doenças profissionais e medidas de proteção recomendadas, 2016), músicos (M. Santos, Saúde ocupacional aplicada aos músicos, 2016) e (G. Munhoz, 2016), jardineiros (M. Santos, Principais riscos e fatores de risco laborais dos jardineiros, eventuais doenças profissionais associadas e medidas de proteção recomendadas, 2016), cantoneiros (M. Santos, Cantoneiros: Principais riscos e fatores de riscos ocupacionais, doenças profisionais e medidas de proteção recomendadas, 2016) e trabalhadores de um posto de abastecimento de combustíveis (A. Bozza, 2016).
Neste trabalho pretende-se caracterizar a exposição ao ruído dos trabalhadores industriais em Portugal e comparar os resultados com os apresentados na literatura.

Metodologia
Neste trabalho apresenta-se uma análise do ruído na Indústria Portuguesa, usando dados recolhidos no âmbito do programa PREVENIR, no total de 280 empresas, distribuídas pelos principais setores industriais.
O Programa «Prevenir – Prevenção como Solução», decorreu entre 2005 e 2011 e foi desenvolvido pela AEP – Associação Empresarial de Portugal em parceria com a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho e o apoio do POAT – Programa Operacional de Assistência Técnica.
Este programa visou apoiar as empresas, diagnosticando as reais condições de segurança e saúde no trabalho por setor de atividade e promovendo a adoção de medidas de prevenção e proteção da segurança e saúde.
A metodologia de intervenção do programa Prevenir, em cada uma das empresas participantes no programa, dos diversos setores industriais, incluía a medição dos níveis de ruído por posto / tarefa de trabalho e o cálculo da exposição diária de cada trabalhador ao ruído. As medições foram efetuadas por laboratórios externos contratados para esse efeito no âmbito do programa, pelo que foram utilizados sonómetros homologados e calibrados e adotados os procedimentos de medição definidos na legislação e normalização aplicável.
As indústrias em estudo incluíam oito setores compreendendo: Alimentação e Bebidas; Borracha e Matérias Plásticas; Cerâmica e Vidro; Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria; Madeira e Mobiliário; Metalomecânica e Metalúrgica; Produtos Químicos e Têxtil e Vestuário.
Em todos os setores foram analisados os níveis de ruído para quarenta empresas à exceção dos setores da Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria e Produtos Químicos para os quais foram analisadas vinte entidades. As medições foram efetuadas por Posto de Trabalho (PT) e foi calculada a exposição de cada Trabalhador (T), conforme se apresenta na Tabela 1- Número de empresas no programa e de Trabalhadores avaliados.
Neste trabalho apenas serão analisados os resultados da exposição diária de cada trabalhador ao ruído, ou seja, a variável a estudar é LEX,8h dB (A), nível de exposição para um dia de trabalho nominal de 8 horas. O objetivo é caracterizar a exposição ao ruído dos trabalhadores industriais e comparar os resultados com os apresentados em trabalhos anteriores por Lopes e Pinto (A. M. Lopes, 2015) e (Pinto, 2015). Pretendeu-se verificar quais os setores industriais com níveis de ruído mais elevados.

Resultados
Caracterização da amostra e análise descritiva
No programa Prevenir foram avaliados 10846 trabalhadores nos diversos setores industriais, sendo 17% do setor da Alimentação e Bebidas (1833 T), 21% da indústria da Borracha e Matérias Plásticas (2225 T), 17% eram provenientes da área da Cerâmica e do Vidro (1794 T), 2% da Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria (175 T), 9% da Madeira e do Mobiliário (932 T), 4% da Metalomecânica e da Metalúrgica (415 T), 5% dos Produtos Químicos (547 T) e 27% do setor Têxtil e do Vestuário (2925 T), conforme os dados da Tabela 1- Número de empresas no programa e de Trabalhadores avaliados.
Destes dados podem destacar-se algumas estatísticas (ver Tabela 2- Algumas estatísticas descritivas), por exemplo, o nível de ruído mais baixo foi observado no setor da Borracha e das Matérias Plásticas (48 dB(A)). Contudo, nesta indústria também se encontraram os níveis mais elevados de ruído (109 dB(A)), noutros postos de trabalho. Pode observar-se que o menor nível médio de ruído é verificado no setor dos Produtos Químicos (77,7 dB(A)), com desvio padrão de (7,4 dB(A)), seguindo-se a Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria (com ruído médio 78,5 dB(A) e desvio padrão 7,4 dB(A)), o Têxtil e Vestuário (com ruído médio 78,6 dB(A) e desvio padrão 9,3 dB(A)), Cerâmica e Vidro (com ruído médio 80,6 dB(A) e desvio padrão 7,4 dB(A)), Borracha e das Matérias Plásticas (com ruído médio 80,9 dB(A) e desvio padrão 7,1 dB(A)), Alimentação e Bebidas (com ruído médio 82,8 dB(A) e desvio padrão 7,7 dB(A)), Madeira e Mobiliário (com ruído médio 86,3 dB(A) e desvio padrão 4,8 dB(A)) e, por fim, Metalomecânica e Metalúrgica (com ruído médio 90,8 dB(A) e desvio padrão 4,9 dB(A)).
Estes dados deixam antever que hajam setores que se diferenciem dos restantes e outros que se assemelhem muito. Esta hipótese será investigada através de análise de variância em torno dos valores médios de ruído (ANOVA).
Em (A. M. Lopes, 2015) e em (Pinto, 2015) os autores apresentaram uma caracterização semelhante à que se pretende fazer neste trabalho, usando apenas técnicas descritivas: analisando a representatividade da amostra recolhida, diferenciando postos de trabalho de acordo com os níveis legais em cada setor, calculando percentagens de postos de trabalho com ruído acima ou abaixo dos 80 dB (A), 85 dB (A) e 87 dB (A) e a exposição dos trabalhadores ao ruído, tendo em conta as atenuações proporcionadas pelos protetores de ouvido utilizados. Os autores concluíram que os setores com maior nível de ruído são os da Metalomecânica e da Metalúrgica e da Madeira e do Mobiliário.
Diferenciação de níveis médios de ruído
Neste trabalho utilizam-se técnicas de inferência estatística, em particular testes de igualdade de médias e análise de variância (ANOVA e teste de Tukey), para averiguar a existência de diferenças de níveis médios de ruído entre os vários setores industriais.
Nesta abordagem o nível de significância considerado em todos os testes é de 5%, isto é, α=0,05.
Para análise de variância (ANOVA) as hipóteses a testar são:
H0:Os níveis médios de ruído nos vários setores de atividades são iguais entre eles
H1: Existe pelo menos um setor com nível médio de ruído diferente dos restantes
Para testar estas hipóteses utilizou-se um teste ANOVA para uma amostra por setor de atividade, usando o software IBM SPSS Statistics 22. Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 3- Output do teste ANOVA.
Como o valor de prova do teste ANOVA é < 0.001<α , é inferior ao nível de significância (α ), então rejeita-se a hipótese nula, ou seja, existe evidência estatística para considerar que pelo menos um valor médio dos níveis de ruído dos vários setores difere dos restantes.
Comparações múltiplas dos níveis médios de ruído por setor industrial
Para verificar quais os setores que têm níveis médios de ruído diferentes efetuou-se o teste de Tukey, cujos resultados se apresentam nas tabelas 4 a 11.
Estas tabelas apresentam os resultados dos testes de comparação de médias dois-a-dois. Por exemplo, a primeira linha da Tabela 4 – Alimentação e Bebidas com os restantes setores, corresponde ao teste cujas hipóteses são:
H0: Os níveis médios de ruído nos setores da Alimentação e Bebidas e da Cerâmica e Vidro são iguais.
H1: Os níveis médios de ruído nos setores da Alimentação e Bebidas e da Cerâmica e Vidro não são iguais.
Como o valor de prova do teste de Tukey é < 0.001<α , é inferior ao nível de significância (α ), pelo que se rejeita a hipótese nula, ou seja, existe evidência estatística para considerar que os valores médios de ruído nos setores de Alimentação e da Cerâmica e Vidro são diferentes. Como os valores limite do intervalo de confiança são positivos ([1,42;2,96]) pode afirmar-se que a média de ruído é superior no setor da Alimentação e Bebidas. Analogamente se conclui que a média de ruído do setor da Alimentação e Bebidas difere de todos os outros, sendo que possui valores de prova muito próximos de 0, logo inferiores ao nível de significância (α ). Por outro lado, no teste cujas hipóteses são: H0: Os níveis médios de ruído nos setores da Joalharia e Química são iguais. H1: Os níveis médios de ruído nos setores da Joalharia e Química não são iguais. Como o valor de prova é aproximadamente 0,955>α, superior ao nível de significância (α ), conforme a sexta linha da Tabela 6 – Joalharia com os restantes setores, então não se rejeita a hipótese nula, ou seja, existe evidência estatística para considerar que os valores médios de ruído nos setores de Joalharia e Química não diferem significativamente.
Analogamente se conclui que a média de ruído na indústria de Joalharia difere de todos os outros setores, exceto das indústrias de Produtos Químicos e do Têxtil e Vestuário.
Para as comparações dos restantes setores pode proceder-se da mesma forma. Resumidamente estes resultados são apresentados na Tabela 12-Output subconjuntos homogéneos, de acordo com a qual se pode afirmar que os valores médios de exposição dos trabalhadores ao ruído nas indústrias dos setores Químico, Joalharia e Têxtil não diferem muito entre eles, assim como os valores nas indústrias da Cerâmica e Vidro e Plásticos e Borrachas. Contudo os setores de Alimentação e Bebidas diferem de todos os outros, bem como a indústria da Madeira e Mobiliário da Metalomecânica e Metalúrgica.

Discussão dos resultados
Podemos, assim, concluir que o setor com maior nível de ruído é a Metalomecânica e Metalúrgica, com um valor medio (já incluindo a incerteza) de LEX8h de 90,83 dB(A), seguido do setor da Madeira e Mobiliário com um valor medio de LEX8h de 86,31 dB(A), Alimentação e Bebidas com um valor medio de LEX8h de 82,82 dB(A), Plásticos e Borracha com um valor medio de LEX8h de 80,95 dB(A), Cerâmica e Vidro com um valor medio de LEX8h de 80,63 dB(A), Têxtil e Vestuário com um valor medio de LEX8h de 78,62 dB(A), seguido do setor da Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria com um valor medio de LEX8h de 78,47 dB(A) e, por último, a indústria Química, em que o valor médio de LEX8h foi de 77,73 dB(A).

CONCLUSÕES
Com esta análise podemos concluir que, segundo os testes de ANOVA e Tukey, os setores da indústria portuguesa com níveis médios de exposição diária dos seus trabalhadores ao ruído mais elevados são a Metalomecânica e Metalúrgica e da Madeira e Mobiliário, enquanto a situação oposta se encontrou na Indústria Química.
As indústrias organizam-se, segundo o nível médio de exposição dos trabalhadores ao ruído, na seguinte ordem: Metalomecânica e Metalúrgica, Madeira e Mobiliário, Alimentação e Bebidas, Plásticos e Borrachas, Cerâmica e Vidro, Têxtil e Vestuário, Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria e, por último, a indústria Química.
Esta análise comprova, assim, os resultados anteriormente observados através de estatísticas descritivas, de (A. M. Lopes, 2015) e (Pinto, 2015), no que diz respeito à exposição dos trabalhadores ao ruído.
Esta informação é importante na definição de estratégias de proteção da saúde dos trabalhadores e é indicativa para a necessidade de utilização de meios de proteção nas indústrias mais ruidosas.
Fica por investigar se o mesmo se mantém quando se analisam os níveis de ruído por posto de trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A. Bozza, A. L. (5 de Maio de 2016). Efeito sinérgico da exposição do ruído e agentes químicos no sistema auditivo de trabalhadores de um posto de abastecimento de combustíveis. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, Volume 1, 1-7.
A. M. Lopes, E. P. (2015). Characterization of Workers ‘ Noise Exposure of Portuguese Industry. Em P. M. Arezes (Ed.), Occupational Safety and Hygiene III (pp. 217-220). London: CRC Press.
European Agency for Safety and Health at Work. (2005). The impact of noise at work. FACTS 57, 176-184.
G. Munhoz, A. L. (22 de Junho de 2016). Programa de Prevenção de Perdas Auditivas (PPPA) para Músicos. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, Volume 1, 1-9.
M. Santos, A. A. (21 de Abril de 2016). Cantoneiros: Principais riscos e fatores de riscos ocupacionais, doenças profisionais e medidas de proteção recomendadas. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, 1, 1-9.
M. Santos, A. A. (24 de Março de 2016). Principais riscos e fatores de risco laborais dos jardineiros, eventuais doenças profissionais associadas e medidas de proteção recomendadas. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, 1-7.
M. Santos, A. A. (20 de Janeiro de 2016). Principais riscos e fatores de risco ocupacionais associados aos bombeiros, eventuais doenças profissionais e medidas de proteção recomendadas. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, Volume 1, 1-15.
M. Santos, A. A. (24 de Março de 2016). Ruído e saúde ocupacional: Consequências para além da hipoacusia. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, Volume 1, 1-3.
M. Santos, A. A. (2 de Março de 2016). Saúde ocupacional aplicada aos músicos. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line, Volume 1, 1-4.
Pinto, E. (2015). Caracterização da Exposição ao Ruído dos Trabalhadores da Indústria Portuguesa. Felgueiras: ESTGF-IPP.
Pleban, D. (2014). The Use of a Global Index of Acoustic Assessment for Predicting Noise in Industrial Rooms and Optimizing the Location of Machinery and Workstations. International Journal of Occupational Safety and Ergonomics, 20 (4), 627-638.

TABELAS, FIGURAS E QUADROS

Tabela 1- Número de empresas no programa e de Trabalhadores (T)  avaliados

Setor Nº empresas Nº de T avaliados %
Alimentação e das bebidas 40 1833 17
Borracha e das matérias plásticas 40 2225 21
Cerâmica e do Vidro 40 1794 17
Joalharia, ourivesaria e relojoaria 20 175 2
Madeira e do Mobiliário 40 932 9
Metalomecânica e da metalurgia 40 415 4
Produtos químicos 20 547 5
Têxtil e do vestuário 40 2925 27
Total 280 10846 100

 

Tabela 2- Algumas estatísticas descritivas

Setor N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Alimentação e das bebidas 1833 54,5 101,9 82,8 7,7
Borracha e das matérias plásticas 2225 48,0 109,0 80,9 7,1
Cerâmica e do Vidro 1794 52,0 104,0 80,6 7,4
Joalharia, ourivesaria e relojoaria 175 57,8 93,4 78,5 7,4
Madeira e do Mobiliário 932 76,0 103,0 86,3 4,8
Metalomecânica e da metalurgia 415 85,0 107,0 90,8 4,9
Produtos químicos 547 58,0 97,0 77,7 7,4
Têxtil e do vestuário 2925 53,7 108,1 78,6 9,3
Total 10846
  Unidades de medição (decibéis)

 

Tabela 3- Output do teste ANOVA

ANOVA LEX.8h+U [dB(A)]
Soma dos Quadrados df Quadrado Médio Z Sig.
Entre Grupos 95689,417 7 13669,917 231,343 ,000
Nos grupos 640411,722 10838 59,089
Total 736101,139 10845

 

Tabela 4 – Alimentação e Bebidas com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Alimentação Cerâmica 2,189* ,255 ,000 1,42 2,96
Joalharia 4,342* ,608 ,000 2,50 6,19
Madeira -3,493* ,309 ,000 -4,43 -2,56
Metalomecânica -8,011* ,418 ,000 -9,28 -6,74
Plásticos 1,866* ,242 ,000 1,13 2,60
Química 5,084* ,375 ,000 3,95 6,22
Têxtil 4,198* ,229 ,000 3,50 4,89

 

Tabela 5 – Cerâmica e Vidro com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Cerâmica Alimentação -2,189* ,255 ,000 -2,96 -1,42
Joalharia 2,153* ,609 ,010 ,31 4,00
Madeira -5,683* ,310 ,000 -6,62 -4,74
Metalomecânica -10,200* ,419 ,000 -11,47 -8,93
Plásticos -,323 ,244 ,890 -1,06 ,42
Química 2,895* ,375 ,000 1,76 4,03
Têxtil 2,009* ,231 ,000 1,31 2,71

 

Tabela 6 – Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Joalharia Alimentação -4,342* ,608 ,000 -6,19 -2,50
Cerâmica -2,153* ,609 ,010 -4,00 -,31
Madeira -7,836* ,633 ,000 -9,76 -5,92
Metalomecânica -12,353* ,693 ,000 -14,45 -10,25
Plásticos -2,476* ,603 ,001 -4,31 -,65
Química ,742 ,668 ,955 -1,28 2,77
Têxtil -,144 ,598 1,000 -1,96 1,67

 

Tabela 7 – Madeira e Mobiliário com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Madeira Alimentação 3,493* ,309 ,000 2,56 4,43
Cerâmica 5,683* ,310 ,000 4,74 6,62
Joalharia 7,836* ,633 ,000 5,92 9,76
Metalomecânica -4,517* ,454 ,000 -5,89 -3,14
Plásticos 5,360* ,300 ,000 4,45 6,27
Química 8,578* ,414 ,000 7,32 9,83
Têxtil 7,692* ,289 ,000 6,82 8,57

 

Tabela 8 – Metalomecânica e Metalúrgica com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Metalomecânica Alimentação 8,011* ,418 ,000 6,74 9,28
Cerâmica 10,200* ,419 ,000 8,93 11,47
Joalharia 12,353* ,693 ,000 10,25 14,45
Madeira 4,517* ,454 ,000 3,14 5,89
Plásticos 9,877* ,411 ,000 8,63 11,12
Química 13,095* ,500 ,000 11,58 14,61
Têxtil 12,209* ,403 ,000 10,99 13,43

 

Tabela 9 – Plásticos e Borrachas com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Plásticos Alimentação -1,866* ,242 ,000 -2,60 -1,13
Cerâmica ,323 ,244 ,890 -,42 1,06
Joalharia 2,476* ,603 ,001 ,65 4,31
Madeira -5,360* ,300 ,000 -6,27 -4,45
Metalomecânica -9,877* ,411 ,000 -11,12 -8,63
Química 3,218* ,367 ,000 2,11 4,33
Têxtil 2,332* ,216 ,000 1,68 2,99

 

 

Tabela 10 – Química com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Química Alimentação -5,084* ,375 ,000 -6,22 -3,95
Cerâmica -2,895* ,375 ,000 -4,03 -1,76
Joalharia -,742 ,668 ,955 -2,77 1,28
Madeira -8,578* ,414 ,000 -9,83 -7,32
Metalomecânica -13,095* ,500 ,000 -14,61 -11,58
Plásticos -3,218* ,367 ,000 -4,33 -2,11
Têxtil -,886 ,358 ,206 -1,97 ,20

 

Tabela 11 – Têxtil e Vestuário com os restantes setores

(I) ID_Setor (J) ID_Setor Diferença média (I-J) Erro Padrão Sig. Intervalo de Confiança 95%
Limite inferior Limite superior
Têxtil Alimentação -4,198* ,229 ,000 -4,89 -3,50
Cerâmica -2,009* ,231 ,000 -2,71 -1,31
Joalharia ,144 ,598 1,000 -1,67 1,96
Madeira -7,692* ,289 ,000 -8,57 -6,82
Metalomecânica -12,209* ,403 ,000 -13,43 -10,99
Plásticos -2,332* ,216 ,000 -2,99 -1,68
Química ,886 ,358 ,206 -,20 1,97

 

Tabela 12-Output subconjuntos homogéneos

ID_Setor N Subconjunto para alfa = 0.05
1 2 3 4 5
Química 547 77,73
Joalharia 175 78,47
Têxtil 2925 78,62
Cerâmica 1794 80,63
Plásticos 2225 80,95
Alimentação 1833 82,82
Madeira 932 86,31
Metalomecânica 415 90,83
Sig. ,463 ,996 1,000 1,000 1,000
São exibidas as médias para os grupos em subconjuntos homogéneos.
a. Usa o Tamanho de Amostra de Média Harmónica = 619,227.
b. Os tamanhos de grupos são desiguais. A média harmônica dos tamanhos de grupos é usada. Os níveis de erro de Tipo I não são garantidos.

 

(1)Tiago Teixeira

Aluno da ESTG- ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO- P. Porto Politécnico do Porto, CIICESI – Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação. Felgueiras. E-mail: 8100194@estgf.ipp.pt.

(2)Tatiana Teixeira

Aluno da ESTG- ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO- P. Porto Politécnico do Porto, CIICESI – Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação. Felgueiras. E-mail: 8150231@estgf.ipp.pt.

(3) Vera Ferreira

Aluno da ESTG- ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO- P. Porto Politécnico do Porto, CIICESI – Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação. Felgueiras. E-mail: 8150464@estgf.ipp.pt.

(4) Renata Moreira

Aluno da ESTG- ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO- P. Porto Politécnico do Porto, CIICESI – Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação. Felgueiras. E-mail: 8150511@estgf.ipp.pt.

(5) Inês Pereira

Aluno da ESTG- ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO- P. Porto Politécnico do Porto, CIICESI – Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação. Felgueiras. E-mail: 8150420@estgf.ipp.pt.

(6) Aldina Correia (autora responsável)

Professora da ESTG- ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO- P. Porto Politécnico do Porto, CIICESI – Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação. Felgueiras. Morada para correspondência: Rua do Curral – Casa do Curral, Margaride, 4610-156 Felgueiras. E-mail: aic@estgf.ipp.pt.

(7) Miguel Lopes

Professor da ESTG- ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO- P. Porto Politécnico do Porto, CIICESI – Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação. Felgueiras. E-mail: aml@estgf.ipp.pt.


Teixeira T, Teixeira T, Ferreira V, Moreira R, Pereira I, Correia A, Lopes M. Exposição dos Trabalhadores na Indústria Portuguesa ao Ruído: distinção entre setores industriais usando ANOVA. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2016, volume 2, 43-52. DOI:10.31252/RPSO.14.09.2016

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