TIPO DE ARTIGO: Observacional descritivo transversal
AUTORES: Henriques A.(1), Alves P.(2), Gomes M.(3), Neves V.(4)
RESUMO
OBJETIVO
O ambiente laboral é um contexto privilegiado de intervenção para proteção e à promoção da saúde dos colaboradores. Cabe ao profissional de saúde conhecer os determinantes de saúde da sua população, com o objetivo de atuar de acordo com as necessidades detetadas, nas prioridades estabelecidas, acompanhar as intervenções e avaliar resultados, num modelo dinâmico de intervenção contínua. Neste sentido foi objetivo deste estudo identificar determinantes de saúde em profissionais de saúde de um Serviço de Patologia Clínica.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com metodologia quantitativa, envolvendo 55 colaboradores, que se encontravam no desempenho de funções no Serviço de Patologia Clínica, de um hospital da região Norte de Portugal e decorreu entre abril e junho de 2012.
Com o objetivo de conhecer diferentes determinantes de saúde, destes colaboradores, foi aplicado um inquérito e consultadas duas aplicações informáticas, permitindo efetuar um diagnóstico de saúde dos mesmos, constituindo assim a base do planeamento de intervenções imediatas e futuras a serem desenvolvidas, pelo Enfermeiro do Trabalho.
Neste contexto, foram analisados alguns determinantes de saúde, nomeadamente hábitos tabágicos, alimentares, sono, atividade física e consumo de café; pressão arterial (TA); vacinação, presença de patologias e Índice de Massa Corporal (IMC), que condicionam positiva ou negativamente o estado de saúde. Foi também finalidade a deteção precoce de casos de tuberculose infeção latente. Adicionalmente foi estimado o risco cardiovascular nos próximos 10 anos, tendo como base de cálculo a Escala de avaliação de risco cardiovascular de Framingham.
RESULTADOS
A amostra constitui-se por 55 indivíduos. É uma equipa de trabalho jovem, com uma média de idades situada nos 42,9 anos, encontrando-se distribuída por 5 categorias profissionais e onde o género feminino é prevalente com 81,81%.
No que concerne ao estado vacinal, 80,0% dos colaboradores têm a vacina do tétano atualizada e 60,0% a primovacinação completa da hepatite B.
No que diz respeito ao número de refeições que ingerem por dia, a média situou-se nas 4,7 refeições e no número de cafés, a média foi de 2,1 cafés por dia.
A média de horas de sono por dia ficou nas 6,8 horas.
Metade dos colaboradores, 50,90%, pratica exercício físico.
Referiram hábitos tabágicos uma proporção considerável de colaboradores (34,54%).
Apresentaram o IMC dentro da variação normal 49,09%, 7,27% registou baixo peso e 29,07% apresentou risco associado de comorbilidades.
Relativamente à TA 65,44% apresentaram-se entre a TA Ótima (<120mmHg e <80mmHg) e a TA Normal (102-129mmHg e/ou 80-84mmHg) e 21,8% encontram-se nas categorias de risco.
O Teste Interferon Gamma Release (IGRA) foi negativo em 70,90% e positivo em 9,09%.
Relativamente à avaliação do risco cardiovascular em 10 anos, segundo a Escala de avaliação de risco cardiovascular de Framingham, verificou-se que 70,90% apresentou baixo risco para a doença cardiovascular, 1,81% risco médio e 1,81% manifestou alto risco.
Ainda segundo a mesma Escala, pudemos observar no que diz respeito à idade real superior à idade vascular/cardíaca e à idade real inferior à idade vascular/cardíaca a percentagem de colaboradores encontrada foi igual em ambas (34,54%). No que diz respeito à idade real igual à idade vascular/cardíaca o valor encontrado foi de 5,45% dos colaboradores.
CONCLUSÕES
O diagnóstico de saúde realizado a estes colaboradores permitiu mobilizar estratégias de prevenção da doença, promoção de estilos de vida saudáveis e fomentar ambientes de trabalho saudáveis e seguros.
Podemos inferir que o facto de ser um grupo privilegiado em termos de acesso a informação no âmbito da saúde, nomeadamente fatores de risco e a cuidados de saúde, poderá ter influenciado de forma positiva os resultados dos determinantes de saúde estudados.
Assim, o Enfermeiro do Trabalho, deve privilegiar nas suas intervenções não só a capacitação dos colaboradores para controlarem a sua saúde como para fazerem escolhas saudáveis, considerando o conhecimento prévio dos determinantes de saúde.
O Enfermeiro do Trabalho, ao agir positivamente sobre os determinantes de saúde, está a promover ganhos em saúde, permitindo melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, das instituições e da sociedade em geral.
DESCRITORES: Enfermagem do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Determinantes de Saúde, Escala de Framingham, Promoção da Saúde, Saúde Ocupacional, Local de Trabalho e Estilos de Vida Saudáveis.
INTRODUÇÃO
O meio laboral é um setting privilegiado de intervenção do enfermeiro não só no que se refere à proteção e à promoção da saúde dos colaboradores mas também contribuir para a sua motivação e realização pessoal e profissional. Uma vez na vida ativa, o colaborador pode obter cooperação na consecução do seu projeto de saúde/doença.
A legislação Portuguesa, estabelece por parte do empregador, a obrigatoriedade de desenvolvimento de atividades de vigilância, promoção da segurança e saúde dos colaboradores (Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro)(1).
De acordo com o Programa Nacional de Saúde Ocupacional 2009 – 2012 (Promoção e protecção da saúde no local de trabalho), apresentado pela Direção Geral da Saúde (DGS), a saúde ocupacional “(…) engloba a totalidade das intervenções médicas, técnicas e outras, que visam a protecção e a promoção da saúde dos trabalhadores nos locais de trabalho” (2).
A enfermagem tem vindo a assumir um papel relevante nesta equipa de saúde, tendo um âmbito de atuação bastante diversificado: na prevenção, promoção, controlo, manutenção e reabilitação em prol da saúde, desempenho, qualidade e segurança do colaborador.
A Organização Mundial de Saúde em 2001, citado por Antunes refere que “os enfermeiros do trabalho, trabalhando independentemente ou integrando equipas multidisciplinares, estão na linha da frente na proteção e promoção da saúde dos trabalhadores”(3).
Os determinantes de saúde são de grande importância como indicadores de avaliação da qualidade de vida e saúde dos indivíduos. Na sua etiologia reúnem um conjunto de fatores, muito ligados a estilos de vida pessoais, destes dependendo a saúde individual, mas também a coletiva(4). A literatura demonstra que intervir nos determinantes de saúde assume um grande potencial para reduzir o peso da doença e promover a saúde em geral, a curto, médio e longo prazo.
Desta forma, o Enfermeiro do Trabalho ao conhecer os determinantes de saúde, permite-lhe efetuar o diagnóstico de saúde com o objetivo de atuar de acordo com as necessidades detetadas e as prioridades estabelecidas, e posteriormente, acompanhar e avaliar resultados. Assim, pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, das Instituições e da sociedade em geral.
Este estudo teve como objetivo identificar/analisar determinantes de saúde em profissionais de saúde de um Serviço de Patologia Clínica.
MÉTODOS
O estudo descritivo, transversal, com metodologia quantitativa, decorreu de 23 de abril a 22 de junho de 2012, envolvendo os colaboradores que desempenham funções no Serviço de Patologia Clínica de um Hospital da região Norte de Portugal. A população corresponde a 64 colaboradores e a amostra estudada apenas 55, sendo os que se encontravam no desempenho de funções nos dias pré-definidos para a colheita de dados.
A colheita de dados foi realizada pela enfermeira investigadora com a colaboração da Enfermeira Responsável do Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SSHST), decorreu em cinco dias distintos nos meses de maio e junho. Por um lado, para não perturbar a dinâmica do serviço e, por outro, porque os colaboradores trabalham por turnos, pretendendo-se facilitar a presença dos mesmos nos dias estabelecidos. Inicialmente foram previstos quatro dias, contudo, não foi possível contactar com a totalidade dos colaboradores, no serviço, por se encontrarem ausentes por motivos diversos (férias, atestado por doença, trocas de horário de trabalho, deslocados pontualmente noutro Serviço ou Unidade). Assim, foi planeado mais um dia e agendada a vinda de colaboradores ao SSHST, na tentativa de reunir o máximo de dados dos colaboradores.
Para a colheita de dados foi utilizado o inquérito intitulado “Inquérito de Determinantes de Saúde”, já instituído no SSHST e duas aplicações informáticas, uma delas contempla o acesso ao processo individual e a outra aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, do colaborador, ambas apresentam níveis de acesso diferenciados e com password. O inquérito é adaptado de um questionário já validado, Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida e da Saúde (QVS-80), “(…) com o intuito de avaliar a qualidade de vida e saúde dos trabalhadores em vários aspectos”(5). Encontra-se organizado em quatro dimensões: informações pessoais, estilo de vida e saúde, avaliação do ambiente ocupacional e avaliação biométrica. Está subdividido em trinta e três questões de resposta fechada, umas de opção e outras de escala tipo likert. Não foi realizado pré teste, uma vez que este inquérito já se encontrava instituído no SSHST.
Os determinantes de saúde, nomeadamente, o número de refeições e o número de cafés ingeridos por dia; a qualidade e o número de horas de sono por dia; ser ou não fumador; a prática ou não de exercício físico semanal; ser portador ou não de diabetes mellitus e hipertensão arterial (HTA); foram extraídos das respostas dadas pelos colaboradores no inquérito, “Inquérito de Determinantes de Saúde”.
A avaliação da TA sistólica e diastólica foi obtida com auxílio do esfigmomanómetro digital existente no SSHST. Na análise dos dados, quando a TA sistólica e diastólica estavam em diferentes categorias, considerou-se a do valor mais elevado(6).
O IMC foi calculado com base na altura reportada pelo colaborador e o peso avaliado na balança do SSHST.
A atualização da vacina do tétano e da vacina da hepatite B, teve em consideração a avaliação do Boletim Individual de Saúde (BIS) e o Plano Nacional de Vacinação (PNV).
A avaliação da imunidade à hepatite B foi conseguida através da consulta do resultado da análise de sangue do Anticorpo contra a Hepatite B (Ac Anti-HBS), nas duas aplicações informáticas (processo individual e meios complementares de diagnóstico e terapêutica) existentes no SSHST.
O rastreio inicial de tuberculose infeção latente, foi obtido através da realização do Teste IGRA aos colaboradores(7).
A avaliação do risco cardiovascular em 10 anos foi determinada com base no Score de Framingham. Foi utilizada a calculadora interativa, com base no IMC e as seguintes variáveis: género, idade, TA sistólica, presença ou não de HTA, hábitos tabágicos e diabetes e o IMC. Foi opção utilizar esta calculadora, porque os fatores de risco predefinidos podem ser recolhidos de forma autónoma pelo Enfermeiro do Trabalho, assim como não implicou custos adicionais para o SSHST.
Posteriormente, com a pontuação apresentada, foi estimado o risco de acordo com os seguintes níveis: baixo (<10%), médio (10-20%) ou alto risco (>20%) de vir a desenvolver doença cardiovascular em 10 anos(8). Não foi calculado o risco cardiovascular de cinco colaboradores por apresentarem idade inferior a 30 anos, uma vez que o Score de Framingham não apresenta pontuação para estas idades(8).
O tratamento de dados foi efetuado no programa de análise estatística SPSS versão 17.0 (Statistical Package for the Social Sciences 17.0) e no programa Microsoft Excel 2007, tendo sido previamente elaborada uma matriz onde se inseriram e trabalharam os dados. Na análise dos dados, foram usadas técnicas estatísticas descritivas, como as medidas de tendência central (média, moda e mediana) e de dispersão (amplitude, variância e desvio padrão).
Todos os recursos necessários para o desenvolvimento das diferentes atividades planeadas eram preparados no SSHST, antes da partida para o Serviço de Patologia Clínica.
Os recursos foram suportados pelo orçamento anual do SSHST, uma vez que o estudo está inserido num estágio académico previamente autorizado pelo hospital e decorre no âmbito de uma atividade já implementada pelo SSHST.
RESULTADOS
É uma equipa de trabalho jovem (n=55), distribuída por cinco categorias profissionais (10 Médicos, 19 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, 10 Técnicos Superiores, 10 Assistentes Operacionais e 6 Assistentes Técnicos) e onde o género feminino é maioritário com 45 colaboradores. As idades estão compreendidas entre os 26 e os 61 anos de idade, situando-se a média nos 42,9 anos (DS = 9,6 anos de idade).
Esteve presente um colaborador com diabetes mellitus e com HTA.
Relativamente ao estado vacinal, 80,0% (n=44) dos colaboradores tinham a vacina do tétano atualizada e 60,0% (n=33) a primovacinação completa da hepatite B(11).
Do total de colaboradores com a primovacinação completa da hepatite B, 36,36% (n=20) encontravam-se imunes, Ac Anti-HBS≥100UI/l, 18,18% (n=10) com Ac Anti-HBS<100UI/l, portanto não imunes e 5,45% (n=3) não avaliaram a imunidade após a primovacinação completa(9).
No que diz respeito ao número de refeições que ingerem por dia, estas variam entre as 3 e 6 refeições, situando-se a média nas 4,7 refeições.
No número de cafés, a média foi de 2,1 por dia, oscilando entre os 0 e os 6 cafés.
O número de horas que cada colaborador dorme varia entre as 5 a 6 horas e as 7 a 8 horas por dia, situando-se a média nas 6,8 horas. No que diz respeito à qualidade do sono 69,23% refere usufruir de um sono reparador e 30,76% de um sono não reparador.
Aproximadamente metade não pratica exercício físico, sendo essa percentagem 43,63% e a dos praticantes de 50,90%. Não responderam a esta questão três colaboradores.
Referiram hábitos tabágicos 34,54% (n=19) dos colaboradores.
Apresentaram o IMC dentro da Variação Normal (18.5-24.9Kg/m2) aproximadamente metade dos colaboradores 49,09% (n=27), associado a um risco médio de comorbilidades e 12,72% (n=7) apresenta Pré-Obesidade (25.0-29.9Kg/m2) relacionado a um risco aumentado de comorbilidades(10). Classificado no nível de obesidade, apresenta 14,54% (n=8) de Obesidade Classe I (30.0-34.9Kg/m2) e 1,81% (n=1) de Obesidade Classe II (35.0-39.9Kg/m2), estando já associado um risco de moderado a grave de comorbilidades respetivamente(10). Regista também a percentagem de 7,27% (n=4) de Baixo Peso (<18.5Kg/m2), correspondente a um baixo risco de comorbilidades, mas com risco aumentado para outros problemas clínicos(10). É de referir um aspeto positivo, não se encontrou qualquer percentagem para a Obesidade Classe III (≥40.0Kg/m2), que corresponde a um nível de risco de comorbilidades muito grave(10). Contabilizaram-se 14,54% (n=8) de missings no que diz respeito à falta de dados relativos ao peso e/ou altura. De salientar que a média, encontrada para o IMC foi 24,42kg/m2, (DS = 4,91kg/m2), encontrando-se dentro da Variação Normal (18.5-24.9Kg/m2) associada a um risco médio de comorbilidades(10). O intervalo de variação foi de 17,91kg/m2 (máximo 35,12kg/m2 – mínimo 17,21kg/m2).
Relativamente à TA, 65,44% (n=36) dos colaboradores, apresentavam-se entre a TA Ótima (<120mmHg e <80mmHg) e a TA Normal (102-129mmHg e/ou 80-84mmHg) e 14,53% (n=8) encontravam-se nas categorias de risco (TA Normal-Alta e HTA Grau 2), com valores compreendidos entre os 130-179mmHg de TA sistólica e/ou TA diastólica entre 85-109mmHg(6). No que diz respeito à Hipertensão Sistólica isolada (≥140mmHg e <90mmHg) encontraram-se 7,27% (n=4) dos colaboradores(6). De salientar que nenhum colaborador apresentava HTA Grau 3 (grave) com valores ≥180mmHg e/ou ≥110mmHg(6). Foram contabilizados 12,72% (n=7) de missings por não avaliação da TA. No que se refere à avaliação da TA, a média da sistólica situa-se nos 119,54mmHg e da diastólica nos 73,14mmHg, correspondendo à categoria de TA Ótima (<120mmHg e <80mmHg)(6).
O Teste IGRA foi negativo em 70,90% (n=39) dos colaboradores e positivo em 9,09% (n=5)(7). Nesta caracterização contabilizaram-se 20,0% (n=11) de missings dos quais: 10,90% (n=6) foram justificados pela presença anterior de tuberculose pelo colaborador, 3,63% (n=2) por apresentarem registo recente no BIS do Teste de Mantoux e portanto, não foi efetuado o Teste IGRA e 5,45% (n=3) porque não realizaram o Teste IGRA.
Relativamente à avaliação do risco cardiovascular em 10 anos, segundo a Escala de avaliação do risco cardiovascular de Framingham, 70,90% (n=39) dos colaboradores apresentaram baixo risco, 1,81% (n=1) risco médio e 1,81% (n=1) alto risco para doença cardiovascular(8).
Não foi possível calcular o risco cardiovascular de 9,09% (n=5) dos colaboradores por apresentarem idade abaixo de 30 anos, uma vez que o Score de Framingham não apresenta pontuação para estas idades. Registaram-se 16,36% (n=9) de missings, por falta de dados relativos ao IMC e/ou TA. A média situou-se nos 5,49% do Score de Framingham, representativo de baixo risco para doença cardiovascular em 10 anos(8).
Ainda segundo a mesma Escala, pudemos observar que a idade real é superior à idade vascular/cardíaca em 34,54% (n=19) dos colaboradores; que a idade real é igual à idade vascular/cardíaca em 5,45% (n=3) e que a idade real é inferior à idade vascular/cardíaca em 34,54% (n=19)(8). A média das idades real e vascular/ cardíaca ficaram muito próximas, 44,7 anos e 46,2 anos, respetivamente.
DISCUSSÃO
O colaborador que reportou diabetes mellitus e HTA, referiu encontrar-se medicado com antidiabéticos orais e anti-hipertensores e demonstrou conhecimento de hábitos de vida saudáveis, adequados à sua condição de saúde/doença.
No que diz respeito à vacina do tétano dos 20,0% (n=11) de colaboradores que estavam em situação irregular 5,45% (n=3) atualizaram a vacina e 14,54% (n=8) não apresentaram o BIS.
Quando não existem registos da vacina do tétano ou se desconhece o estado vacinal, a mesma é administrada em 3 doses, em 3 períodos distintos (0, 1 mês, 12 meses). Se a primovacinação está incompleta ou a última inoculação foi há mais de 10 anos, deve completar o esquema até perfazer as 3 doses (primovacinação) e, depois, seguem-se os reforços de 10 em 10 anos(9).
Dos 40,0% (n=22) de colaboradores que ainda não tinham iniciado ou completado a primovacinação da hepatite B, 14,54% (n=8) já iniciaram, 5,45% (n=3) completaram-na, 3,63% (n=2) falta apenas uma dose da vacina para ficarem com a primovacinação completa, segundo o PNV, 14,54% (n=8) colaboradores não apresentaram o BIS e 1,81% (n=1) recusa efetuar a primovacinação.
A vacina da hepatite B é administrada em 3 doses, em 3 períodos distintos (0, 1 mês, 6 meses)(11). Quem apresentar título de Ac Anti-HBS≥100UI/l, está imunizado; título de Ac Anti-HBS<10UI/l, repete esquema vacinal e 3 meses depois análises; título de Ac Anti-HBS≥10UI/l e <100UI/l, faz uma dose adicional de vacina 4 a 6 meses depois da imunização primária, para se obter um título mais elevado e uma proteção mais duradoura e se foi revacinado mas continua a ter títulos de Ac Anti-HBS<10UI/l, “é um “não respondedor”, não deve voltar a ser vacinado. Deve ter cuidados acrescidos no âmbito da sua atividade”(9).
Os colaboradores que não apresentaram o BIS ou se encontravam com o mesmo desatualizado foram incentivados à atualização do mesmo de acordo com o PNV.
Assim, todos os contactos efetuados pelos colaboradores com o SSHST devem ser aproveitados para avaliar e promover o estado vacinal.
Relativamente à média de refeições (4,7 refeições) que ingerem por dia, os resultados aproximam-se do corroborado por Nunes e Breda, que defendem que “os alimentos devem distribuir-se ao longo do dia, por 5 a 6 refeições diárias, a intervalos regulares”(12).
A distribuição aconselhável das refeições diz respeito ao pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, meio da tarde, jantar e antes de ir para a cama(12, 13).
No que diz respeito à média de refeições ingeridas, por dia, estes colaboradores poderão ainda melhorar para atingir o recomendado (5 a 6 refeições diárias)(12). Foi planeada uma posterior reavaliação dos inquéritos para analisar qual ou quais as refeições em falta mais prevalentes.
É importante sensibilizar os colaboradores para evitar estar mais de 3 horas e meia sem ingestão de alimentos(13).
Na idade adulta, o objetivo de uma dieta saudável passa por assegurar que se mantem uma boa forma física, peso ideal, energia e vitalidade. A longo prazo, passa por minimizar o risco do aparecimento e curso de determinadas patologias.
No que respeita à ingestão de café (2,1 cafés), esta corresponde a um consumo moderado. A ingestão de “(cerca de 2 chávenas de café por dia) provoca um efeito estimulante, beneficia o nosso estado de alerta e reduz a fadiga”. No entanto, quando este consumo é em doses mais elevadas, podem ocorrer: cefaleias, irritabilidade, palpitações, entre outras, segundo a mesma fonte(14).
Reportando-nos à média de horas de sono por dia (6,8 horas) e à média de idades (42,9 anos), destes colaboradores, as necessidades de sono poderão estar comprometidas para alguns. De referir que“ entre os 20 e os 40 anos, a média de horas de sono por noite é de 8 horas”(15).
De acordo com os mesmos autores, não existe um número de horas exato que o organismo precise para dormir. Os limites oscilam entre as 5 ou 6 horas até às 9 ou 10 horas(15).
No que diz respeito à qualidade do sono, 69,23% dos colaboradores, refere usufruir de um sono reparador.
De acordo com a mesma referência, podemos inferir que o tempo necessário para um sono reparador varia de indivíduo para indivíduo. É importante perceber a causa do sono não reparador para se poder intervir. No entanto, algumas mudanças simples no estilo de vida podem ajudar a combater o problema. Um sono reparador é essencial ao ser humano, proporcionando bem-estar e qualidade de vida.
Eguchi, Pickering, et al., citado por Pereira, verificaram que o sono de curta duração (inferior a 7,5 horas) está associado a um risco aumentado de sofrer um evento cardiovascular(16).
Ainda segundo a mesma fonte, fazendo referência à National Sleep Foundation existe evidência de uma associação entre a duração do sono e uma série de patologias(16).
Ao nível do exercício físico denotou-se que é importante sensibilizar para a importância da atividade física para a saúde, tendo em consideração que 43,63%, dos colaboradores do Serviço não a pratica.
De acordo com o Programa Nacional de Combate à Obesidade, “se dividirmos a maioria da população em dois grandes grupos, os que não praticam qualquer tipo de atividade física e aqueles que a praticam, pelo menos, 3 horas e meia por semana, constatamos que mais de metade da população portuguesa não pratica atividade física regular, o que contribui para a pré-obesidade e obesidade”(10).
Ainda, segundo Silva et al., citado por Sampaio, Melo e Wanderley “a realização de exercício físico pode ajudar na prevenção de fatores de risco associados à doença cardiovascular e na redução dos sintomas da doença já instalada”(17).
Neste sentido, com o objetivo de incentivar a prática de exercício físico e facilitar o acesso a todos os colaboradores propõe-se: a celebração de protocolos com ginásios em diferentes áreas geográficas, fomentar iniciativas desportivas “Correr no Hospital” em parceria com outras Instituições e organizar um ginásio no perímetro do hospital.
A prevalência de fumadores de 34,54% é uma percentagem superior à determinada para a população portuguesa (19,7%), de acordo com o INS 2005/2006(18).
Atualmente, o tabaco é uma das drogas lícitas mais consumidas e de fácil acesso.
Assim, “apesar do vasto conhecimento disponível quanto aos efeitos aditivos e aos riscos para a saúde associados ao consumo de tabaco, muitas pessoas continuam a subestimar a dimensão e a gravidade dessas consequências”, como faz referência o Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo: Orientações Programáticas(19).
“O tabagismo resulta em duas a três vezes mais risco de morrer por doença Cardiovascular”, segundo Sá(20).
O seu consumo é um dos fatores de risco para 4 das 8 causas principais de morte no mundo: doenças cardíacas isquémicas, acidentes vasculares, doença pulmonar obstrutiva crónica e cancro do pulmão, segundo a revisão sistemática realizada por Oliveira, Valente e Leite(21).
O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo: Orientações Programáticas refere que está “cientificamente provado, de forma inequívoca, que a exposição ao fumo do tabaco provoca doenças, incapacidade e morte”(19).
É responsável pela poluição em ambientes fechados, levando a que os não fumadores, ao inalarem o fumo dos fumadores, tenham um maior risco de desenvolver doenças relacionadas com o tabagismo, de acordo com a mesma fonte(19).
Assim, embora a prevenção do consumo de tabaco nos jovens deva continuar, é também fundamental “reforçar as estratégias de promoção da cessação tabágica, como via de reduzir a prevalência de fumadores”, segundo o mesmo Programa(19).
Neste âmbito, existe uma consulta antitabágica na Instituição à qual os colaboradores podem recorrer tendo prioridade no atendimento, quando devidamente referenciados pelo SSHST. É também essencial fomentar campanhas de sensibilização antitabágica.
A percentagem de colaboradores com IMC dentro da Pré-Obesidade (25.0-29.9Kg/m2) situa-se nos 12,72% (n=7), bastante abaixo (39,4%) da referida no estudo de Carmo et al.(22).
Segundo o mesmo estudo 14,2% eram obesos (IMC superior 30Kg/m2) e os resultados obtidos foram um pouco acima deste valor, 16,35% (n=9) (22).
Em Portugal a prevalência média da pré-obesidade é de cerca de 34% e da obesidade é de 12%(10).
Um estudo Inglês realizado em homens concluiu que “quando o IMC estava acima de 22Kg/m2, a incidência de doença cardiovascular aumentou em 10% para cada elevação de uma unidade de IMC”, referido por Sá(20).
No que se refere ao Baixo Peso (<18.5Kg/m2), o valor encontrado foi de 7,27%, (n=4) estando acima do valor encontrado (2,4%) por Carmo et al. no seu estudo em 2007(22).
A média do IMC foi ligeiramente mais elevada no género feminino (24,61kg/m2) do que no género masculino (23,63kg/m2), corroborando com estes valores o INS 2005/2006(18). O documento refere que “a prevalência de mulheres com obesidade, 16,0%, era ligeiramente superior à verificada para os homens, 14,3%”(18). Contudo, estes valores encontram-se dentro da classe de Variação Normal (18.5-24.9Kg/m2)(10).
O total de pessoas com excesso de peso e obesidade em Portugal é de 52,4%, tendo sido verificado na última década um aumento de peso e da obesidade(23).
Segundo Viana e Sinde nos países desenvolvidos, a prevalência de excesso de peso e obesidade, assume proporções assustadoras com índices a rondar os 30% na Europa incluindo Portugal(24).
Atualmente é considerada um problema de saúde pública com impacto não só na esperança média de vida como na qualidade de vida, uma vez que está associada a outras doenças como as cardiovasculares, diabetes mellitus, entre outras.
A obesidade, sendo considerada um fator de risco modificável no desenvolvimento de inúmeras patologias, é mandatório não só sensibilizar para os riscos da mesma, bem como incentivar para a introdução de medidas corretivas.
A este nível é importante manter comportamentos alimentares saudáveis e a prática de atividade física regular. Os colaboradores passam grande parte do seu tempo no local de trabalho, realizam pelo menos uma refeição no hospital, sendo portanto um local privilegiado para a promoção de hábitos alimentares saudáveis e de vida mais ativa.
No que diz respeito à TA 14,54% (n=8) dos colaboradores apresentaram valores correspondendo a categorias de risco (Ta Normal-Alta e HTA Grau 2) com valores compreendidos entre os 130mmHg-179mmHg de TA sistólica e/ou 85mmHg-109mmHg de TA diastólica(6).
Foram contabilizados ainda 7,27% (n=4) de colaboradores com Hipertensão Sistólica isolada (≥140mmHg e <90mmHg) (6).
“A doença crónica mais frequente é a tensão arterial alta, tendo sido referida por 19,8% de residentes em Portugal”(18).
“A hipertensão arterial é o fator de risco mais prevalente na população portuguesa (…) deve obedecer a um processo criterioso e rigoroso de avaliação, diagnóstico e classificação“(6).
Contudo, esta foi uma avaliação ocasional. Para uma caracterização fidedigna são necessários valores médios de duas medições, realizadas em pelo menos 3 momentos distintos, após a deteção inicial de valores elevados de TA(6).
A média da TA, situou-se na categoria correspondente à TA Ótima (<120mmHg e <80mmHg)(6).
Contudo, “cabe aqui enfatizar que se tratam de valores médios e que qualquer medida de prevenção individual deve levar em consideração uma avaliação caso a caso dos sujeitos acometidos”(25).
As mudanças no estilo de vida são essenciais não só para o sucesso do tratamento como para o controlo da HTA. Assim, de acordo com Martins citado por Praça, mudanças como redução do peso corporal, do consumo de sal e da ingestão de bebidas alcoólicas, e a prática regular de exercício físico, ajudam a reduzir a TA(26).
Apesar de hoje em dia estas recomendações serem bastante divulgadas, as pessoas continuam a adotar estilos de vida de risco.
No que diz respeito à realização do Teste IGRA para despiste de tuberculose infeção latente, nos casos positivos, 9,09%, (n=5), foi excluída a doença ativa. Os colaboradores foram encaminhados mediante parecer médico, para um Centro de Diagnóstico Pneumológico, destes 3,63% (n=2) efetivaram tratamento de tuberculose latente e 5,45% (n=3) tiveram alta clinica. O diagnóstico precoce de tuberculose infeção latente reduz significativamente o risco de desenvolvimento de doença ativa e transmissão na comunidade. Assim, estamos a prevenir o aparecimento de novos casos de tuberculose, quando efetuamos os rastreios.
É importante sensibilizar para a problemática da tuberculose, neste sentido, foram realizadas ações de formação “Tuberculose Ocupacional”, interativas, onde foi possível o debate e o esclarecimento de dúvidas por parte dos colaboradores.
Na avaliação do risco cardiovascular em 10 anos, segundo a Escala de avaliação de risco cardiovascular de Framingham, verificou-se que com o mesmo número 1,81% (n=1) de colaboradores, estava representado o risco médio assim como o alto risco para a doença cardiovascular.
Este facto pode ser atribuído à média de idades: 42,9 anos. Segundo Barreto et al., referido por Rodrigues e Philippi, um estudo envolvendo 1712 indivíduos, no Estado de Minas Gerais, no Brasil, encontrou baixo risco cardiovascular, segundo a Escala de Framingham. “Da população com idade entre os 30 e 59 anos, mais de metade não ultrapassou a pontuação de 5%, ressaltando que há medida que a população envelhece, existe a tendência dessa percentagem aumentar”(27).
O Score de Framingham com maior frequência é 5,5%, representativo de baixo risco para doença cardiovascular em 10 anos, indo ao encontro do referido anteriormente.
A média situou-se nos 5,49% do Score de Framingham, corroborando com o estudo mencionado anteriormente.
Podemos observar que a idade real é superior à idade vascular/ cardíaca em 34,54% dos colaboradores (2 do género masculino e 17 do género feminino), a idade real é igual à idade vascular/ cardíaca em 5,45% dos colaboradores (1 do género masculino e 2 do género feminino) e que a idade real é inferior à idade vascular/ cardíaca em 34,54% dos colaboradores (3 do género masculino e 16 do género feminino).
A prevenção das doenças cardiovasculares deve ser uma prioridade, principalmente nos colaboradores que apresentam fatores de risco individuais, apesar da média alcançada.
A possibilidade de se estimar o risco absoluto num determinado período de tempo, permite adotar medidas preventivas, a nível das doenças cardiovasculares, dado relevante uma vez que estas são a principal causa de morte em vários países, nomeadamente, em Portugal. Neste contexto, com a avaliação dos vários fatores de risco, teremos oportunidade de identificar precocemente indivíduos de alto risco, motivar os indivíduos a aderir à terapêutica e, portanto, obter progressos no tratamento e apostar na prevenção do risco das doenças cardiovasculares(28).
Assim, o Enfermeiro do Trabalho, reúne uma excelente oportunidade de intervenção em proximidade com o colaborador, permitindo alcançar com base no processo de enfermagem, a melhoria do seu bem-estar, ajuda na consecução dos seus projetos de saúde/doença e obtenção de ganhos em saúde. O processo de enfermagem, possibilita ao Enfermeiro do Trabalho planear e decidir sobre as intervenções a desenvolver, permitindo sustentar a sua tomada de decisão, melhorando assim a segurança e a qualidade das suas intervenções.
CONCLUSÃO
O meio laboral é, por um lado, o local onde os colaboradores passam grande parte do seu tempo e, por outro, pode funcionar como espaço de informação e educação para a saúde, individual ou coletiva. Assim, torna-se evidente a necessidade crescente de intervenção em saúde no contexto laboral, tendo em consideração não só a qualidade de vida do colaborador, mas também a qualidade no trabalho e as condições em que este se desenvolve.
Neste âmbito, o Enfermeiro do Trabalho, tem uma área de atuação bastante diversificada na promoção e proteção da saúde dos colaboradores, na prevenção de acidentes e de patologias associadas ou agravadas pelo desempenho da atividade profissional, fomentando ambientes de trabalho saudáveis e seguros. Os resultados refletir-se-ão não só, na saúde, bem-estar, realização pessoal e profissional e na motivação do colaborador, mas também na produtividade da Organização.
O desempenho do Enfermeiro do Trabalho vai depender bastante da sua capacidade de colocar em prática, não só as intervenções interdependentes, bem como as autónomas. Assim, deve centrar-se nos processos de saúde/doença individuais dos colaboradores, ajudando-os a desenvolver processos de transição saudáveis, promovendo um nível máximo de autonomia e bem-estar(29).
Neste sentido, ao agirmos positivamente sobre os determinantes de saúde, isoladamente ou combinados entre si, estamos a promover ganhos em saúde, permitindo melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, das instituições e da sociedade em geral.
Estes determinantes de saúde, que influenciam o estado de saúde, também permitem a tomada de decisão, levando à formulação de diagnósticos de enfermagem. Assim, com o conhecimento dos mesmos, foram planeadas e implementadas intervenções no âmbito da prevenção e promoção da saúde para estes colaboradores, nomeadamente, desenvolver atividades no âmbito da promoção da vacinação, incentivar hábitos alimentares saudáveis e combate à obesidade, estimular a prática de exercício físico, fomentar a cessação tabágica e alertar para os riscos das doenças cardiovasculares. Em todo este processo o colaborador teve não só um papel ativo como foi considerada a sua tomada de decisão.
O Enfermeiro do Trabalho, deve estabelecer um clima de empatia, adequar a informação ao colaborador, assegurar que teve oportunidade de esclarecer dúvidas e colocar questões, bem como encorajar o contacto com o Enfermeiro do Trabalho sempre que o entender.
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(1) Henriques A.: Serviço de Formação, Ensino e Investigação – Centro de Formação e Ensino. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE. Vila Nova de Gaia, Portugal
Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE. Vila Nova de Gaia, Portugal
(2) Alves P.: Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Católica Portuguesa. Porto, Portugal
(3) Gomes M.: Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE. Vila Nova de Gaia, Portugal
(4) Neves V.: Serviço de Medicina Interna. Hospital das Forças Armadas – Polo Porto. Porto, Portugal